_______________________________________________RICK Eu pude senti-la se arrepiar. Esperei que ela se afastasse, mas não aconteceu. Acariciei um lado e depois o outro. Passando os dedos pela trilha aonde a calcinha marcava, ela permaneceu curvada como se me desse permissão para brincar um pouco mais. Eu me levantei, já não comandava mais o meu corpo e nem os pensamentos imorais que me rodeavam. Minhas mãos passaram para a sua costela, me coloquei atrás dela deixando que sentisse o quanto eu estava excitado, passei minhas mãos pelas suas costas e alcancei o seu busto... Arqueei meu corpo contra o dela e com uma das mãos alcancei seu pescoço, apertando-o de uma forma que não a machucasse. Senti sua respiração ofegante contra minha mão e então ela levantou o corpo e ao ritmo da musica começou a rebolar colada a mim. Meu hálito agora queimava seu pescoço e eu podia perceber que seus olhos estavam fechados. Não me dei ao luxo de fechar os meus porque queria vê-la o máximo que eu pudesse. Se
_________________________________________________RICK — Oi mãe. — Atendi ainda sonolento. — O que está fazendo, meu bem? — Ela perguntou do outro lado da linha. — Eu estava dormindo. — Falei me sentando na cama e me espreguiçando com a mão livre. Encarei a desconhecida adormecida ao meu lado. — Quero tomar café com você. Está em casa? — Ela disse. — Hum. Não. — Respondi encarando o ambiente a minha volta. Eu nem sabia onde eu estava. Como sempre. — Pode me encontrar na Starbucks do centro? — Ela falou. — Onde você está? — É uma boa pergunta. — Resmunguei. — Posso sim, mamãe. — Não me vá dizer que está na cama de uma desconhecida qualquer. — Ela bufou. — É domingo de manhã, mamãe. Lembra-se das lições católicas. Já foi a missa hoje? — Revirei os olhos agradecendo por não estar a sua frente. Levantei-me. — Você não toma jeito mesmo. — Ela suspirou. — Te espero na Starbucks, as 10h00min. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela desligou. Já eram 9h00min e eu nem sequer s
_______________________________________________RICK — CORTA! —O diretor gritou! — PERFEITO. PERFEITO! — Ele disse entusiasmado! Havia uma semana que tínhamos iniciado as gravações, desde então não precisávamos mais sair juntos pela manhã. Não havia mais um clima pesado durante as cenas e muito menos tensão. Tudo havia se tornado, de certa forma, mais leve entre a gente. E eu não sei dizer quando foi que isso aconteceu. Só que aconteceu... No intervalo fui até atrás do set junto com o Ron para beber nosso Uísque costumeiro. — Você não a levou para cama, né? — Ron me perguntou. —É claro que não. — O encarei com uma careta. — Estranho! — Ele disse agora com uma expressão confusa no rosto. — O quê? — Arqueei uma das sobrancelhas. — A química. Você nem sequer a levou para cama. Mas a forma como olha pra ela... — Ele fez um chiado com a boca. — O que você está querendo dizer com...? — Repeti o som que ele fizera. — Que sinto algo no ar. — Ron falou balançando a cabeça com um sorriso
_______________________________________________RICK — CORTA! —O diretor gritou! — PERFEITO. PERFEITO! — Ele disse entusiasmado! Havia uma semana que tínhamos iniciado as gravações, desde então não precisávamos mais sair juntos pela manhã. Não havia mais um clima pesado durante as cenas e muito menos tensão. Tudo havia se tornado, de certa forma, mais leve entre a gente. E eu não sei dizer quando foi que isso aconteceu. Só que aconteceu... No intervalo fui até atrás do set junto com o Ron para beber nosso Uísque costumeiro. — Você não a levou para cama, né? — Ron me perguntou. —É claro que não. — O encarei com uma careta. — Estranho! — Ele disse agora com uma expressão confusa no rosto. — O quê? — Arqueei uma das sobrancelhas. — A química. Você nem sequer a levou para cama. Mas a forma como olha pra ela... — Ele fez um chiado com a boca. — O que você está querendo dizer com...? — Repeti o som que ele fizera. — Que sinto algo no ar. — Ron falou balançando a cabeça com um sorriso
_________________________________________________RICK — Não... — Falei respirando fundo. — Desculpe interromper, pessoal. — Jilean apareceu ao meu lado. — Eu queria só te lembrar que se demorarmos mais, vamos nos atrasar. — Ela encarou a Jessica de cima abaixo quase me fazendo rir. — Eu me chamo Jilean. É que marcamos de visitar um orfanato na hora do almoço. Até compramos brinquedos, precisam ver. Foram semanas para conseguir agendar uma visita e eu não quero perder, querido. — Ela disse passando o braço ao redor do meu. — Orfanato? Que gesto bonito. — Jessica falou. Como alguém conseguia sorrir por tanto tempo sem sentir dor? Ela realmente não havia mudado nada. — Ah sim. — Jilean tomou a palavra. — O Rick tem dessas. A ideia foi dele. Estamos a semanas tentando tirar um tempinho para fazer isso, trazer um dia de alegria para crianças órfãs. — Ela falou com um ar dramático e apaixonado colocando a mão sobre o coração. — Ah filho, fico feliz de saber que está fazendo algo útil. —
_______________________________________________RICK — Qual o nome da esposa do Dylan? — Ela perguntou. — Bella. — Respondi focado na estrada. — E há quanto tempo eles se conhecem? — Se ajustou no banco do carona. — Cinco anos. — Respondi me lembrando do inicio do relacionamento dos dois. — Nem tanto tempo assim. — Ela resmungou. — Nem tanto tempo para um casamento? — Eu a encarei por alguns segundos e voltei a prestar atenção na estrada. — É. — Ela assentiu. — Nunca é tanto tempo para um casamento. — Falei sorrindo. — Mas para eles dois, é como se fossem um casal há uma eternidade. Eu cresci com o Dylan, mas não me lembro do Dylan sem Bell e da Bell sem Dylan. — Dei de ombros. — Eles se completam, se encaixam, como se fossem um só. E acho que é o único relacionamento que vejo a verdadeira felicidade. Sem expectativas, sem opressão, só felicidade, pura, simples e sincera. — Então já são casados de alma... — Ela falou. — É tipo isso. São lindos juntos. — Falei sorrindo ao me
______________________________________________JILEAN — Como você conseguiu? — Ele me perguntou em tom baixo. — Famílias julgam. Desconhecidos escutam. — Pisquei pra ele. — Ela só precisava de alguém que não a julgasse por estar ansiosa. É um dia decisivo na vida dela. — É. — Jack assentiu. — Eu definitivamente amo você. — Ahh Jack, meu ego é algo irreversível. Uma vez inflado, nunca mais poderá voltar atrás. — Eu brinquei. Ele riu. — Preciso ver algo. — Ele disse me dando um beijo na bochecha e seguindo em frente, me deixando ao lado do Rick. Rick entrelaçou seu braço ao meu. — Você é uma caixinha de surpresas. — Ele falou encarando o corredor à frente com um sorriso de canto. — Você não tem idéia. — Eu disse me lembrando da Nyx. — Te recompensarei por tudo isso. — Ele disse me encarando por alguns segundos. — Minhas exigências são incrivelmente altas. — Brinquei com um sorriso de canto. — Eu gosto de desafios. — Ele sorriu. — Já é um bom começo. — Eu retribuí seu olhar e
_________________________________________________RICK Eu sorri. Foquei minha atenção aos seus dedos. A sensação do seu toque. E então me lembrei de uma voz sussurrando ao meu ouvido na sala 12. Era a mesma voz. A sensação do toque o mesmo. Eu a encarei analisando suas feições e ela sorriu pra mim. Os mesmos olhos castanhos claros... Os noivos apareceram me tirando de meus devaneios. — Olá a todos. — Dylan nos cumprimentou. — Eu preciso dizer... — Bell falou ficando entre eu a Jilean. — Que ela é a melhor escolha que você fez em sua vida. — É... — Eu suspirei e sorri. Não adiantaria esclarecer naquela altura do campeonato, principalmente na mesa com os meus pais. E eu estava começando a acreditar nisso. — Vem, vamos dançar. — Ela falou pegando nossas mãos ainda entrelaçadas e nos salvando daquele martírio. Nos levantamos e fomos para a pista de dança e então o Jack apareceu animado e tornou tudo o mais divertido possível outra vez. Eu simplesmente me esqueci do episodio com meus