Dylan— Que porra você pensa que está fazendo?— Pegando o que eu quero — ela respira, esmagando seus lábios macios nos meus mais uma vez.Por um momento, considero prender aquele lábio inferior carnudo entre os dentes.A diabinha de um metro e meio e boca suja com olhos hipnóticos está me escalando como se fosse seu próprio Everest, lutando para se agarrar. Tenho que dar um crédito a ela por ser ousada, apesar da nossa diferença de tamanho.Antes que eu registre isso completamente, minhas mãos estão tateando seu vestido frágil, o desejo se sobrepondo a todos os pensamentos coerentes. Ela poderia muito bem estar nua, e eu só preciso de uma boa foda para abafar a voz monótona do Dr. Rosso rangendo sem parar em meu crânio. Falando sem parar sobre seu chamado “prognóstico”.Esta noite, ela é exatamente o que eu preciso – sem amarras, pura e crua porra. Parece que todas as mulheres no meu bar estão circulando como um tubarão faminto, com os olhos fixos no prêmio: a proposta de casamento d
AlyssaMeu coração pula do meu peito com a adrenalina. Eu mal me reconheço. Sou fraude em saltos de grife falsos. Uma estranha na minha própria pele.É incrível como apenas algumas horas de loucura podem virar o seu mundo inteiro de cabeça para baixo.Esta manhã, se você tivesse me perguntado sobre meus grandes planos para a noite, eu teria dito com segurança que estava destinada a uma noite glamorosa esparramada no sofá, pronta para mais um dia monótono com minha irmã mais nova, Mila. Vestida com meus moletons mais tragicamente furados e minha pior roupa íntima.Estaríamos enfiando batatas fritas na boca, enquanto fingimos que temos uma vida incrível de milionárias.Mas em vez disso, aqui estou eu.Presa contra a parede do banheiro de um clube chique por um playboy milionário. Meu coração martelando enquanto eu atravesso a linha entre o pânico absoluto e a excitação distorcida.É o tipo de decisão questionável que você toma quando não está pensando direito.Seu antebraço musculoso pr
AlyssaÁgua escaldante bate em meu rosto até que o banheiro se enche de vapor. Preciso do calor para escaldar a culpa que me come viva depois do que fiz esta noite.— Por que você está monopolizando o banheiro? — A voz de Mila corta o vapor. — Eu preciso fazer cocô!— Espere aí — eu resmungo, fechando a torneira antes de me transformar em uma lagosta humana. Enrolo-me numa toalha, resistindo à vontade de derreter numa poça triste no chão e soluçar histericamente durante uma semana seguida. Eu me sinto estranhamente suja, como se tivesse tomado um banho de lama. Pelo lado positivo, tenho o dinheiro. Posso pagar a demônio da casa de repouso amanhã. Os cuidados da mãe seguirão. Por agora. E eu também não tenho mais uma dívida com aquele desgraçado do Ethan. Aquele homem é um demônio, que me fez virar uma criminosa.Eu desembaço o espelho e encontro meu próprio olhar. Tento respirar fundo, algo mais substancial do que os suspiros superficiais que tenho bufando o dia todo.Eu nem sei se m
DylanEu estava bêbado pra caralho, nem sei como conseguir chegar ao meu quarto de hotel no clube. Tive que beber um pouco mais depois de levar um chute na bunda de uma desconhecida.A pior parte de dormir em uma suíte é arrastar minha bunda para cima antes do amanhecer para fazer a caminhada da vergonha com as roupas amarrotadas da noite passada. Não admira que a equipe fofoque.Esse padrão está ficando velho. Trabalho muito, depois bebonaté ficar inconsciente, desmaio na minha suíte particular, às vezes depois de uma foda, e então acordonme sentindo exponencialmente pior do que antes. Me recupero e repito.Eu sei que estou arriscado, porque meu futuro posto requer que eu tenha um caráter impecável. Sem escândalos. Mas fazer isso na minha propriedade me dá a segurança que ninguém descobrirá as minhas aventuras.Eu também não iria beber um pouco mais, iria para cama mais cedo. Mas ser afastado no meio de uma transa na noite passada foi um novo ponto baixo. Isso nunca aconteceu antes e
DylanVou até a mesa da segurança, com a mandíbula cerrada, e encontro segurança com os pés para cima, rindo com a boca cheia de pizza, indiferente quando me aproximo. Idiota inútil. Não admira que alguém tenha saído valsando com meu Porsche.Bato as mãos na mesa. — Ei.Ele pula tão alto que seu copo gigante de refrigerante sai voando e encharca as calças. — S-sr. Evans! — ele gagueja, com a boca suja de pizza.. — Senhor, eu não vi você... — Claramente — eu o interrompo. — Talvez se você mantivesse os olhos nos monitoresem vez da TV, você teria visto quem saiu daqui com meu Porsche. Seu rosto perde a cor. — S-seu Porsche? — Ele verifica a câmera de segurança, e vê a minha vaga vazia. — Oh Deus. — Parece que ele está prestes a vomitar ou mijar. Talvez ambos.Eu me inclino para perto, minha voz baixa.— Você responderá por isso mais tarde.Ele tropeça, encharcado de refrigerante, e por uma fração de segundo parece que vai protestar. Mas então ele vê a expressão em meus olhos e pensa
DylanAntigamente, os longos banhos eram minha escolha para lavar as merdas do dia. Mas isso foi antes de eu receber o tipo de notícia que faz você repensar tudo. Saúde é riqueza? Sim, aprendi isso recentemente e forma mais dolorosa. Aperto a mandíbula enquanto a água escaldante bate nas minhas costas, deixando minha pele com um tom de vermelho que grita por misericórdia. Eu aqueço mais.A música pulsa no som surround, o baixo pulsante vibrando os azulejos como uma batida de coração. As palavras daquele maldito médico continuam repetindo na minha cabeça, não importa o quão alto eu aumente o volume.— Cada caso é único — disse ele. — Não podemos prever como isso irá progredir. Tudo o que podemos fazer é tentar administrar.Geralmente sou excepcional em manter minhas emoções sob controle. Como quando uma cobra que trabalha conosco há anos me apunhala pelas costas – sim, fico chateado, mas depois sigo em frente. Não adianta ficar pensando nisso. O mesmo vale para a imprensa ruim – aceit
DylanNosso sedã serpenteia pelo trânsito caótico da Califórnia, parando em frente ao nosso clube luxuoso. Aquele é meu empreendimento favorito e carrega nosso nome estampado em dourado na frente.Cada vez que coloco os olhos nele, sinto um orgulho profundo e feroz em meu peito. É um maldito monumento no horizonte, um tributo gigante ao império que construímos do zero.Lembro-me da primeira vez que o vi imortalizado em algum estande de arte na calçada – me custou dez dólares, mas dei cem de gorjeta ao artista. Ainda tenho emoldurado no meu banheiro privativo.Somos recebidos por um circo da mídia: repórteres e equipes de filmagem isolados atrás de barricadas, celebridades e políticos se vangloriando de seus quinze minutos de fama antes de irem ao open bar.Saio do carro e é um caos. Microfones enfiados na minha cara, repórteres gritando uns com os outros como um bando de hienas. Um idiota tenta escorregar por baixo da corda e quase acaba comendo a calçada.— Senhor Evans, você termino
DylanFaz uma hora que sou oficialmente solteiro, e agora eu preciso competir pela atenção do pai de Marcely, o governador. Essa relação era importante para mim, porque ele teria orgulho de me lançar como seu sucessor em dois anos, mas agora meu casamento por conveniência foi pelo ralo e eu teria que arrumar um jeito de lidar com a fúria do meu pai.Esse cargo político não me interessa, mas meu pai daria a vida por isso. Eu estou filiado ao partido desde que saí do colegial. Estou usando o meu charme no piloto automático agora - rindo de piadas terríveis, acariciando egos a torto e a direito. O álcool está fazendo a sua parte, relaxando todo mundo.Esta noite, porém, a máscara parece sufocante. Esses eventos costumavam ser fáceis. Agora a conversa fiada banal irrita, minhas habilidades sociais me corroendo a cada dia.Se os médicos estiverem certos, pode chegar um momento em que eu não consiga mais jogar esse jogo.Pego outro uísque, tendo perdido a conta em algum lugar entre o discur