Capítulo XII

Não sei a que horas peguei no sono, depois de entrar na banheira e ficar mergulhada até o nariz por horas, fui para a cama e me joguei nela. Eu queria acabar com aquele pesadelo, não podia pensar pois não queria procurar soluções ou motivos que justificassem Marcos ter sido um cretino comigo. Se o fizesse poderia acabar entendendo e o perdoando.

Era isso o que meses de terapia tinham me feito enxergar, aparentemente eu não queria quebrar o elo com Marcos, eu precisava odiá-lo, ou do contrário nada me ligaria a ele.

— Já chega! — gritei comigo. — Não preciso de elo nenhum, meu ódio por ele não é infundado. — repeti, encarando o teto.

Joguei as cobertas para o lado decidida a mostrar para meu pai que não desistiria dele. Já tinha perdido minha mãe, não o perderia também.

Enquanto descia as escadas barulhos vindo do jardim me chamaram a atenção. Seria um milagre meu pai ter acordado sóbrio e com pique suficiente de cuidar do jardim à essa hora. Se fosse isso me dizia que ele estava melho
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