[8 anos antes] Os lábios quentes e gostosos de Carter desceram para o meu pescoço na medida em que ele ia me empurrando em direção à cama. Arfei, me agarrando em seus braços fortes, sentindo uma necessidade enorme de arrancar toda a roupa que cobria meu corpo. Estava fervilhando, e precisava de alguma forma de dar fim a esse fogo que subia e atingia em cheio o meio das minhas pernas. — Você está tão gostosa com essa saia que eu te foderia sem nem tirar ela. — Não ouse! Fico mil vezes melhor sem roupa. Ele sorriu contra a pele dolorida por conta de suas pequenas mordidas, e então se afastou minimamente para poder olhar para o garoto que estava parado na porta. Logan tinha as mãos atrás das costas, seus olhos curiosos não se desviaram de nós, mas a tensão podia ser sentida exalando por seus poros. — Eu preciso jogar uma água no corpo antes. Já volto. Cuide bem dele, princesa. De confuso, a feição de Logan passou a ser de espanto com a certeza de que ficaria sozinho com
[8 anos antes] O que eu estava prestes a fazer? Porra! O que eu ia fazer? Joguei a água da torneira em meu rosto e voltei a me encarar no reflexo do espelho. Até o banheiro da insuportável tinha o cheiro doce e inebriante dela. E o beijo… Que caralho de beijo! Que cacete de lábios gostosos e doces. Deveria ser o sabor da bebida, ou de alguma bala, ou sei lá. Ela só… só era muito gostosa. E ter a certeza disso começava a ser um enorme problema. — Vem logo, Logan! — O tapa de Carter na porta me despertou de um torpor. Vi seu reflexo também no espelho, e enxuguei minhas mãos na toalha pendurada em um suporte na parede. — Carter… Ela é sua namorada. — A namorada com quem vivo em um relacionamento assim há um ano. Você não vai ser o primeiro, cara. Na verdade, você vai ser o primeiro no qual eu confio de olhos fechados. Para de ser bobo. Depois disso ninguém aqui vai te cobrar alguma coisa. É só pra curtir o momento, e nada mais... Mas claro, se não quiser mesmo, aí a gent
[8 anos antes] Cinco minutos silenciosos passaram e ele não havia voltado. Não queria assustar Logan, mais do que já aparentava estar assustado, mas tudo indicava que Carter não iria mesmo subir para o quarto. — Eu vou descer pra trazer ele de volta. Se tiver encontrado a Maggie ou mais alguém interessante, ele vai demorar. Me levantei ajeitando minha saia e o cabelo, mas o garoto também se levantou, ajeitando a cueca e vestindo a calça com uma rapidez desnecessária ao meu ver. Não é como se eu fosse abusar do corpo dele sem sua permissão. Eu podia ser sem escrúpulos, mas sabia o que era limites.— Fique aqui. Eu vou e volto em um minuto — garantiu já caminhando até a porta. — Tem certeza? Se a Maggie estiver com ele, é capaz de te convencer a ficar também. E daí eu perco os dois. Sorri provocando, e no fim, isso era quase que uma verdade.— Eu volto! — declarou com bastante convicção. — Ok. Só não demore. E se alguma coisa tiver acontecido, me avise que eu desço. — Certo…E
[8 anos antes] Chupar uma boceta. Tarefa nada tão complicada para mim, que já tinha treinado algumas vezes. Mas… Chupar a dela, era completamente amedrontador porque… eu não queria decepcionar. Após permanecer com a boca ali, entre suas coxas, ouvindo ela gemer da forma mais perfeita possível, passei a língua bem devagar pelo clitóris inchado e senti meu pau latejando dentro da cueca. Eu estava duro de novo, e dessa vez precisava me enfiar em Kalid. Não sabia qual era essa tão famosa e intensa sensação de estar dentro de alguém, mas saberia logo. Tinha que saber. E tinha que ser com ela. — Quero mais, Logan — resmungou após soltar um gemido melodioso, e precisei levantar a cabeça para entender o que a gatinha manhosa estava pedindo. Caralho! Kalid estava perfeita com o rosto todo corado e os olhos cheios de lágrimas. Eles exalavam tesão e luxúria. Ela era um pecado. O meu pecado particular. — O que você quer mais, Kali? Lentamente fui subindo e me ajeitei em
[8 anos antes] Três vezes. Exatamente três vezes eu errei e criei segredos. Porra! Logan Baker? O único que eu não deveria ter provado? Tinha sido um erro. Engoli em seco passando a mão pelos fios de cabelos bagunçados. Senti por um momento o incômodo no couro cabeludo e me lembrei do porquê de estar dolorido. Ele me fodeu de quatro. Agarrou os fios da mesma forma em que me pegou pelo pescoço. Bruto. Forte. Sem piedade. E me deixou marcada e dolorida, para não me esquecer do que fizemos. Foi o que sussurrou em meu ouvido. E eu gostei. Na verdade, eu amei a sensação de ter seus dedos envoltos em meu pescoço, me tirando o ar, da maneira exata como fazia comigo frequentemente sem nem precisar me tocar. Aquele desgraçado me arrancava o ar. Percebi que só meus movimentos para sentar sobre a cama não foram suficientes para acordá-lo, e vendo os primeiros raios de sol atravessando a janela, tirei a coberta de cima das minhas pernas e me levantei de mansinho. O
Ela sumiu. A insuportável simplesmente sumiu. Não deveria ter dito que ia pra cidade para uma consulta, agora ela tinha se aproveitado da minha saída para fugir, e eu não fazia a menor ideia de para onde ela poderia ter ido. O cemitério, talvez. Mas não era uma certeza. — Alô? — Bob, meu amigo que agora morava há quase quinhentos quilômetros dali, atendeu. — Oi. É o Baker. Preciso da sua ajuda. — Nossa, que forma mais gentil de desejar bom dia, boneca! — caçoou rindo. — Vai falando. Deixei meu corpo despencar no sofá da sala e bufei, passando a mão livre pelo cabelo que estava grande demais.— Preciso que encontre uma pessoa. Ela saiu com a moto do Carter. Não sei para onde foi, com quem foi, e… tenho que achar ela, Bob. Ele suspirou, e eu imaginei que entendesse minha preocupação. Todos os amigos de Carter sabiam o quanto ele e Kalid eram apaixonados. Desde que pararam com a loucura de seguir em um relacionamento aberto, as coisas entre eles ficaram… perfeitas. É, não sei se
Como é que se vive o luto tantas vezes? Será que era errado eu estar cansada? Porra. Estávamos falando de três mortes que me arrasaram e arrancaram pedaços de mim e da minha vida. Primeiro foi minha mãe. Eu era pequena mas sabia o que estava acontecendo. Eu vi o corpo dela sendo retirado da água. Eu sofri com sua ausência e me senti deixada no mundo, sozinha e sem amor. Depois foi o meu pai, que "se matou" para mim antes de, de fato, ter sua vida arrancada na guerra. Eu sentia raiva e amor na mesma medida. O amava porque tinha sido ótimo na minha infância. O odiava porque me abandonou assim como deixou a mamãe quando ela estava grávida. Ele partiu em um ano tão complicado… Se foi, em um ano em que eu só precisava de um colo e um abraço. E então, a minha base sólida em meio ao caos também sumiu. Carter, o único que se importava de verdade comigo, morreu naquele bombardeio. Como viver tantas e tantas vezes essa mesma dor? Eu poderia jurar que era uma maldição, mas ainda
[8 anos antes] Culpa é a porra de um sentimento horrível. Você fica sempre em cima do muro. Contar ou não contar a verdade? Omitir e correr o risco de um dia ser desmascarado, ou falar logo de uma vez e levar um soco na cara além de perder uma amizade?A dúvida me corroía, mas parecia não afetar Kalid em nada. Ela não estava preocupada com a situação. Nem um pouco. Eu estava. — Que estranho…Fechei a porta do armário da cozinha, onde eu havia acabado de guardar os pratos, e voltei meu olhar para Maggie que tirava o lixo. — O que foi? Uma caixinha pequena foi balançada no ar para que eu visse, mas não entendi qual era o problema. — Pílula do dia seguinte. Mas… A Kali tem a regra do "nada de sexo sem preservativo". Será que o Carter se drogou a tal ponto? Logo ele, que leva tudo ao pé da letra? A incógnita estava estampada na testa da loira e eu começava a ficar pálido. Kalid, além de filha da puta, era uma irresponsável de patente maior. Como ela deixa a prova do crime bem