Renzo Percebo dois homens passando por mim, indo na direção do quarto de Yulia, com um deles segurando um buquê de rosas. Imediatamente, minha atenção é capturada pela cena, e um instinto protetor se acende. Decido segui-los discretamente, mantendo uma distância segura enquanto observo seus movimentos em direção ao quarto de Yulia.A poucos metros do quarto de Yulia, o buquê é jogado no chão, e uma arma com silenciador fica em evidência, enquanto o segundo homem tira uma arma da cintura. Meus instintos falam mais alto quando um deles está prestes a abrir a porta do quarto. Atiro, atraindo assim a atenção do outro homem, que responde atirando na minha direção.Gritos ecoam no corredor enquanto trocamos tiros, a tensão aumentando a cada disparo.Tenho a impressão de que meu coração para por um momento quando atiram contra a porta diversas vezes, fazendo-me lembrar apenas de Yulia deitada na cama. Continuo atirando, conseguindo atingir um dos homens; o outro, se vendo encurralado, foge,
Yulia Me mantive em silêncio durante o trajeto para casa, encolhida no banco do carona.Percebia o olhar de Renzo na minha direção de vez em quando, como se quisesse ter certeza de que eu estava bem e não surtando pelo fato de quase ter sido morta. Nunca fiquei tão feliz por querer tomar um café, pois no final das contas, foi o que salvou a minha vida.Não esperei Renzo terminar de estacionar o carro. Desci do veículo e me dirigi à porta, diminuindo meus passos ao encontrá-la entreaberta. Meus olhos vagaram pela sala de estar revirada, com objetos quebrados e outros largados pelo cômodo. A visão da desordem dentro de minha casa despertou uma mistura de frustração e preocupação, e eu me apressei a entrar, tentando entender o que havia acontecido na minha ausência.— Kate — Chamo, imaginando que ela deveria estar prestes a redecorar o lugar ou algo do tipo — Kate? — insisto.Olho para Renzo parado na porta, esperando que por alguma razão ele soubesse o que tivesse acontecido ali.— Fiq
Renzo — Não vou dormir nesta espelunca — Yulia reclama, parada na porta do quarto do motel.Aquele quarto de motel não era diferente de alguns que havia frequentado nos últimos meses. Os lençóis eram questionáveis, assim como o carpete gasto e o banheiro com luz amarela. Não duvidava que fosse algo assustador para Yulia, já que não deveria frequentar ambientes como aquele.— Você nunca... — Hesito, sem saber como abordar a questão que havia surgido em minha mente e que temia ouvir a resposta. Não tinha mais vinte anos e, poderia infartar com mais facilidade — esteve em um quarto de motel? Ela me olha incrédula, abrindo e fechando a boca sem conseguir formular uma frase.— Por acaso tenho cara do quê? Prostituta?! — Respiro aliviado — Não sou como a Kim, com certeza ela já esteve em lugares piores que este.— E quem é essa Kim? — Não que me importasse, mas queria puxar conversa e a fazer entrar naquele quarto. E quem sabe até tomar um banho e... ficar só de calcinha e sutiã.Sacud
Yulia Sentada nos pés da cama, espero Renzo sair do banheiro. Quando finalmente isso acontece, ele passa por mim rapidamente, evitando olhar na minha direção, indo para a porta.— Onde você vai? — pergunto confusa.— Comprar comida — diz antes de fechar a porta atrás de si, me deixando sozinha em um quarto duvidoso.Sem alternativa, acabo por ceder e vou tomar banho naquele lugar. Me xingo mentalmente quando percebo que não peguei sequer uma muda de roupa, mesmo que lembrasse, Renzo me arrastaria para fora de casa alegando que precisava ficar segura. O vestido de Gina estava nojento, impregnado com diversos odores diferentes, mas o mais forte era de cigarro. Acabo sendo obrigada a lavar minha calcinha, já que era a única que tinha. A situação desconfortável era um lembrete constante da minha vulnerabilidade e da necessidade de encontrar respostas para o que aconteceu, principalmente em saber se Kate estava bem.Depois de um banho quase revigorante, me enrolo em uma toalha que parece
Renzo Se tivesse que bater outra punheta, iria arrancar meu pau fora.Havia sido jogo baixo Yulia vestir uma das minhas camisetas e ainda por cima dizer que não estava usando calcinha. Apenas uma camiseta que impedia de seu corpo ficar totalmente nu.Uma droga de camiseta, me impediu de tocar seu corpo quando se deitou de costas para mim, a bunda arrebitada na minha direção, com o tecido a cobrindo parcialmente.Mesmo após as punhetas, meu pau continuava a doer, como nunca doeu. Mesmo quando passava muito tempo sem trepar, sempre arrumava alguém para resolver este problema e a única pessoa que poderia me ajudar naquele momento, era minha pequena Yulia.Cubro meu rosto com as mãos, inspirando e expirando, tentando encontrar em meio aos meus hormônios praticamente em ebulição um ponto de paz.Estava prestes a enlouquecer e caso isto acontecesse, a culpa era inteiramente de Yulia. Poucas horas depois do dia amanhecer, tomo um banho gelado, permanecendo em baixo do chuveiro mais tempo
Yulia A primeira coisa que vejo ao abrir os olhos, é um bilhete de Renzo, com uma caligrafia que mais parecia um rabisco, no qual precisei ler duas vezes para entender que era para ficar no quarto e que ele iria tentar não demorar.Bufo, sentando na cama, os olhos vagando pelo quarto silencioso, antes de se fixar no telefone e ligar para Kate.— Oi, aqui é a Kate, se for algo importante, deixa uma mensagem — Franzo o cenho, mantendo meus olhos fechados, enquanto as lágrimas ameaçavam molhar meu rosto.— Oi — murmuro — Onde você está? Estou preocupada — Definitivamente naquele momento estava de fato preocupada. Kate não deixava o celular descarregar, era um acordo que tínhamos. E se não pudéssemos falar, partíamos para o passo seguinte: mandar uma mensagem. Fungo, deixando o telefone de lado, entrando no banheiro em seguida. Não me senti renovada após o banho, mas me sentia limpa, principalmente depois da noite inquietante que tive ao lado de Renzo. Com uma toalha seca em volta do c
Renzo Estudantes se espremiam a medida que passava por elas, com a sensação de que o corredor estava mais estreito desde a última vez que estive ali. Paro diante da porta, batendo duas vezes. Poucos segundos se passam, até que a porta abre um pouco. Ergo as sobrancelhas, ao encontrar o rosto de Giana.— O que está fazendo aqui? — pergunta em tom ríspido.— Vim pegar algumas coisas de Yulia e... — Coloco meu pé na fresta, no momento em que ela está prestes a fechar a porta — conversar com você — Empurro a porta, entrando no carro.— Ei! — Fecho a porta atrás de mim, meus olhos vagando pelo cômodo com duas camas de solteiro, antes de se fixar na garota na parede oposta ainda de pijama, dado o horário próximo a primeira aula — Não tenho nada para conversar com você e falando da Yulia, onde ela está? E por que nem ela e nem a Kate atende o celular? Ando até a cama de Yulia, pegando o celular descarregado de baixo do travesseiro, erguendo-o para que ela o visse.— Talvez por quê o celu
Yulia Ele estava sobre mim, apertando meu pescoço com força. A pressão não demora a incomodar, além de impedir que respirasse.Tento me livrar da pressão, me debatendo em baixo dele, conseguindo apenas me cansar mais facilmente enquanto a pressão continuava. Os dedos dele se fecham mais um pouco e a pressão aumenta, fecho meus olhos obrigando meu corpo a respirar, mesmo sendo impossível, a medida que sentia lágrimas escorrendo pelo canto dos meus olhos.— Pai, vou me atrasar — Resmungo, acompanhando ele até a sala de estar — Gina já está lá fora me esperando — argumento. — Ela pode esperar mais alguns minutos — diz se virando para mim — Preciso que aprenda uma coisa. Solto o ar dos pulmões impaciente, o show começaria em menos de uma hora e nem estávamos na metade do caminho. Por causa da última aula na universidade, havia atrasado completamente todo o nosso cronograma e Gina acabou tendo que se arrumar no carro, enquanto dirigia para a minha casa para eu vestir alguma coisa decen