Alana Peterson Entramos no meu quarto e fecho a porta. Erick olha ao redor, olhando tudo que é possível. Em buscar da certeza que estou bem, se ainda não reclamou da escolha do hotel significa que a escolha foi certa. Ao contentar com o que ver, suspira balançando a cabeça, virando para me ver dá um meio sorriso. — Será que posso abraçar minha irmã?Reviro os olhos.— Como se eu fosse negar.Erick sorri e de braços abertos me recebe para um abraço. Deito a cabeça em seu peito e fecho meus olhos, envolvendo os meus braços em sua cintura. Erick beija minha cabeça, podemos ter as nossas desavenças e sempre está discordando de algo, mas não recusaria seu abraço.— Está tudo bem? — Pergunta, me mantendo firme em seus braços. — De longe parecia que vocês estavam discutindo.— Diogo não queria me abraçar. — Resmungo. — Ele está me acusando que o troquei pelo Andrey. E desde quando você e Andrey são próximos?Me afasto um pouco para olhar em seu rosto, mas me mantenho por perto.— Não somos
Logan OconnorOs últimos dias foram se passando mais rápido do que eu esperava, em meio a correria. Todas as empresas envolvidas querendo dar o seu melhor nas horas que restavam, Éden foi visto poucas vezes e em todas parecia não estar muito bem de saúde. Ela não queria tocar no seu nome na minha frente, mas eu notava facilmente a sua aflição e preocupação pelo pai. Claro que não diria para Alana que a morte do seu pai seria um presente maravilhoso para mim, não querendo desejar mal a ele, é claro. Nem tenho motivos, não é? Infelizmente ainda assim Éden é o pai de Alana.Evitamos falar sobre ele quando estamos juntos, então é justo me manter neutro em sua presença. Porém, de mim ela não encontraria palavras de conforto em relação ao Éden. Impossível!— Último dia. — Diogo diz em um suspiro.Ele conta os segundos para se afastar dessa rotina. As chances de convencê-lo a pelo menos fazer algumas fotos como modelo fotográfico serão mínimas.— Último dia. — Repito suas palavras.Olha ao r
Logan OconnorNão consigo ficar parado, não consigo me sentar para dialogar sem senti que eu não estou fazendo absolutamente nada para achar a minha filha. Stella voltou para casa logo após o desfile, são algumas horas de voo. Quando ela teve a certeza de que Valentina havia sido sequestrada, eu estava no avião a caminho de Los Angeles com Alana.Grande parte do meu pessoal está em Moscou, muitos preferiu ficar e descansar para depois seguir viagem de volta ou até mesmo seguir para outro lugar. Scott é um deles e Diogo também, ambos estão ciente sobre sequestro da Valentina. Stella tentava não chorar em uma tentativa falha, mas sendo acudida pelo noivo.— Você precisa comer… Alana coloca a mão em meu braço.— Estou sem fome.Há pessoas de minha confiança a procura da minha filha. Parece que não é o suficiente, não importa o que faça. Tudo que sabemos é que Valentina estava na casa da vó dela, mãe da Stella, quando um dos nossos seguranças foi buscá-la para levar para a casa da Stella,
Alana PetersonOuço Stella me chamando, não paro, apenas pego a minha bolsa em cima do sofá, deixando tudo para trás. Minha cabeça dói, tontura me atinge, fecho as minhas mãos em punho quando começo a sentir a tremedeira. O motorista de Logan prontamente vai até o carro quando me ver, não queria ir com ele, não queria fazer parte de nada que pertence a Logan. Mas não tem condições alguma de chamar um carro de aplicativo, e meus pés me guiam para dentro do carro. O sentimento é único: tem que sair daqui.Não posso deixar que as palavras de Logan me sufoquem, quero acreditar que está nervoso e tudo que falou foi da boca para fora. Claro que ia considerar que meu pai fizesse isso, Éden não é esse monstro. Não é esse tipo de pessoa! Logan está com raiva, sua filha foi sequestrada e por mais que as suas palavras tenham doído… Porque doeu! Posso não ser mãe, mas tenho sentimentos, tenho empatia. É a Valentina! Pode não sei a minha filha, sou a sua madrasta e ela é minha enteada, mas a amo c
Alana Peterson— Uma criança foi levada sem o consentimento dos seus pais. — consigo dizer. — Os pais dessa mesma criança estão desesperados sem saber o que está acontecendo com ela. — Meu peito dói pela decepção que sinto deles. — Uma criança de 3 anos!Olho para Tabita. Tão frágil e ainda assim concordando com as atrocidades que Éden faz. — Se fosse eu no lugar da Valentina? — as palavras sai do fundo da minha garganta ressecada. — Como você se sentiria mãe? Como você se sentiria alguém tirando sua filha de você?O suspiro desdenhoso de Éden faz com que fecho meus olhos. Não seja fraca…— Não seja fraca. — sorrir, amargurada. Acertando encher as suas palavras. — Já falei que a garota está bem. Falei com você, escolheu não ouvir. Falei com aquele cretino e ele tomou a mesma decisão. Não se brinca com um…— Peterson. — Sussurro nosso sobrenome.Seu olha vitorioso me enoja.— Ele escolheu mexer com a minha filha primeiro.Nego.— Fui eu que escolhi ir para Secrennor, eu que aceitei fi
Logan OconnorPerco a noção do tempo ao sair do quarto de banho tomado, foi alguns minutos que me pareceu horas. O tempo suficiente para odiar, me culpar e sentir todas as piores emoções. Meu peito queima, é como se tivesse levado um tiro. Passo a mão pelo cabelo respirando fundo e desço as escadas na esperança de ter alguma notícia da minha filha. Stella se levanta quase que imediatamente quando termino de descer as escadas.— O que aconteceu lá em cima? — Exigiu saber.Mexo a cabeça de um lado para o outro me alongando e passo por ela sem dar uma resposta de imediato. — Nada.Stella dá uma risada sem humor. — Esse “nada” me pareceu muita coisa quando Alana passou por aqui. — Stella, não se envolve. — Théo pede.— Logan…— Escuta o seu noivo, Stella. — A interrompo, olhando irritado.Já temos muita dor de cabeça para ela vim discutir algo desnecessário nesse momento. Stella faz que não e solta um sorriso, por que ela está sorrindo? — Pensei que a amava.— Stella…— Não, não tenho
Logan OconnorA médica nos olha, percebendo nossas reações. Ela suspira e pede desculpas.— Vocês não sabiam? Meu Deus, desculpem. — Abaixa a cabeça por alguns segundo antes de voltar com a postura profissional. — Alana Peterson está grávida de dois meses, imagino que você seja o pai. Então… meus parabéns ao casal.Contínuo atordoado com suas palavras. Alana está gravida. Ela está esperando um filho meu, a olho. A expressão em seu rosto mostrando que está tão surpresa quanto eu. Não era o esperado, mas é algo que poderia acontecer.— Um… bebê. — Sussurra.— Você não percebeu alguma mudança? A sua menstruação.Alana faz que não. — Não, até agora.Se ela não percebeu, imagina eu. Passo uma mão pelo queixo e a outra coloco na minha cintura, dando alguns passos aleatórios. Alana chama nossa atenção quando começa a chorar baixinho, seu rosto que não havia sido secado das lágrimas anteriores. Vê-la chorar me causar aflição, agoniada vendo ela tão frágil. Não penso duas vezes em ir até ela,
Alana Peterson Acaricio minha barriga por uma pequena fração de segundos, é tempo suficiente para lembrar o que estou fazendo e parar. Me sinto estranha e fraca, como por causa dele… ou dela. Porque fome mesmo eu não sinto, não quero falar e tampouco sair dessa casa. Minha vida mudou completamente, saiu dos trilhos em uma velocidade máxima. Não sou uma Peterson, muito menos sei qual é realmente a minha história. Se meus pais biológicos estão vivos ou não, essa parte não deveria importar, não me quiseram. E agora existe um bebê no meio disso tudo.Um bebê no início de uma carreira que parece estar destinada ao fracasso.Queria dizer que estou sendo forte pelo bebê que carrego, mas estou me sentindo tão inválida e suspensa em um penhasco gigantesco. Nunca estive no controle da própria vida e agora tenho que cuidar e orientar uma vida que está crescendo dentro de mim. Pisco lentamente, olhando a parede do quarto há horas, é mais interessante que a minha vida. Durmo e acordo, não faço a