Meu Chefe Viúvo com 3 Anjinhos
Meu Chefe Viúvo com 3 Anjinhos
Por: Gabriela Jervais
CAPÍTULO UM

ALBERT

— Albert?! Acorda meu amor. -escuto Raquel me chamando. Ela sempre faz isso pela manhã. Abro meus olhos, mas ela não está ali. Levanto-me rápido, a procuro no banheiro.

— Raquel? -grito seu nome. Ela não me responde.

— Raquel meu amor, onde você está? -abro a janela e ela também não está no jardim. — Aonde você está? -caio de joelhos desesperado por não te-la encontrado.

Minhas lágrimas inundam meu rosto.

***

— Albert?! Acorda. -minha mãe está ao lado da minha cama me chamando. — O que foi? Você está chorando filho?

— Estava tendo um pesadelo horrível. Eu chamava por Raquel e ela não aparecia, fiquei desesperado.

— Filho. Raquel realmente não está mais conosco. -minha ficha cai. Raquel se foi faz quatro anos. E ainda me sinto assim, como se um buraco estivesse no lugar do meu coração.  — Não fique assim filho, vá se trocar e desça para comer com seus filhos. 

— Tudo bem, mãe, já desço.

Vou para o banheiro, deixo as águas escorrerem por meu rosto levando minhas lágrimas junto. Chorar em frente aos meus filhos não é uma opção, eles já sofreram e sofrem demais com a ausência dela.

O meu melhor terno é o preto de sempre que me faz lembrar todos os dias que Raquel não está mais comigo.

Minha familia está toda reunida em volta da mesa, meus pequenos e meus pais que vieram morar comigo após o falecimento da Raquel. Eles acham que não consigo cuidar das crianças direito. O que não é uma mentira das maiores. Após tudo, não consigo me conectar com eles, quando os vejo eu a estou olhando, cada um com uma particularidade dela.

— Albert, você tem pensado sobre a proposta que fiz para você? Já está na hora de decidir o que vai fazer da sua vida. Se quiser assumir a empresa, me mostre que está pronto para seguir em frente.

— Pai aqui não é o momento para conversar sobre essas coisas.

— Aqui é, sim, o momento certo. Não são crianças? O pai de vocês não deveria arrumar uma namorada?

Max e Anne fecham o semblante enquanto Bem, todo feliz, diz que sim. Ele era apenas um bebe quando aconteceu tudo. Max e Anne já entendiam alguma coisa sobre a mãe, então para eles as coisas foram e são um pouco mais difícil.

— Seu avô está apenas brincando meus amores, vão acabar de se arrumar para irem a escola.  

Eles saem da mesa.

— Pai já disse que não é para falar dessas coisas na frente deles.

— Eu já me cansei de ficar com tatos perto deles, eu já te disse. Ou você se casa para ter a empresa toda para você ou vou ter que deixar para seu irmão.

— Mas ele é um irresponsável pai!

— Já estavam falando de mim família? Bom dia para vocês também! É por isso que senti minhas orelhas pegando fogo. Bom dia, irmãozinho.

Meu irmão é 10 anos mais novo que eu, mas não quer nada na vida além de baladas, álcool e mulheres. Meu pai está me colocando contra a parede me forçando fazer uma escolha, a empresa de tecidos que sempre trabalhei será minha ou em pouco tempo após ir parar nas mãos do meu irmão será resumida a pó.

— Estávamos falando de quanto você é babaca Neithan. E acabara com a empresa rapidinho depois que assumir.

— Então você já está entregando-a para mim? Que beleza, já temos um vencedor papai.

Ele diz sentando-se ao lado da mamãe.

— Vocês se decidam, enquanto ainda estou bem vou indo para a empresa, espero vocês lá.

— Daqui a pouco chego lá para dar oi para aquela sua secretária gostosa.

Neithan se refere a Helena, a secretária do meu pai. Ela já trabalha para nós a um tempo, sua mãe é costureira e tem uma dívida com a empresa, pois a mesma pegava tecidos conosco e não conseguindo pagar Helena veio trabalhar para pagar a dívida da mãe.

Ela trabalha muito bem, sempre cuidadosa e atenta com seu trabalho e com meu pai.

— Vou com você, pai, já acabei aqui. -digo e sigo meu pai.

Dentro do carro o questiono sobre esta atitude de dar a empresa para Neithan.

— Eu já te disse Albert. Estou fazendo isso por você, lá na frente você vai me agradecer pela atitude que estou tomando hoje. Detalhe... Te dou um mês para resolver isso! Este é o momento em que estarei me aposentando, então se não quiser ver tudo pelos ares se apresse.

Fico pensativo. Como agradeceria ele? Sendo que ele quer que eu coloque outra mulher na minha casa e de Raquel, que outra mulher cuide de meus filhos, aqueles que Raquel sempre cuidou com tanto carinho e quis cada um deles. Não posso deixá-los na mão de ninguém. Ninguém poderia cuidar deles como ela.

Na minha opinião ele acabará com essa ideia de casamento rápido, quando ele ver que Neithan não é capaz de cuidar de tudo, ele não teria coragem.

***

— Bom dia. -Helena nos cumprimenta.

— Helena, por favor marque uma reunião para hoje, com todos os funcionários no fim da tarde.

— Ok senhor.

— Por que quer uma reunião com todos, pai?

— Você saberá na hora certa. Agora vamos ao nosso trabalho. Te vejo mais tarde, não se atrase.

Passo o dia todo esperando a reunião e as declarações de meu pai. O que ele poderia falar que precisaria da presença de todos?

***

— Helena? Você sabe sobre o que meu pai vai falar na reunião hoje? -tento tirar algo dela.

— Desculpa senhor. Mas o presidente não me disse nada. Então não sei do que se trata a reunião de hoje.

***

Esperar é a única opção. 

***

— Boa tarde, gente. Hoje chamei vocês aqui porque tenho uma notícia para dar. Vocês sabem que nossa empresa tem uma grande história e todos vocês fazem parte disso, dessa construção. Então, não tem como vocês não serem os primeiros a saberem da minha decisão. Daqui a exatos um mês estarei me aposentando do cargo da presidência, estarei aproveitando minha vida com a minha linda esposa. Quem assumira meu lugar vocês saberão mais a frente. 

Ele faz isso para me pressionar. O que pensei que seria apenas um blefe se faz verdade. Não sei o que posso fazer diante disso.

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