Helena sai da sala de Albert transtornada com o que acabara de acontecer, não acredita que seu chefe poderia fazer tal proposta.
— Está tudo bem Helena? -Andreia pergunta curiosa.
— Eu espero que sim. -esse é o máximo de resposta que ela pode dar no momento.
"Meu Deus. Ele só pode estar ficando louco."
Helena chega a sua mesa e o presidente a está esperando.
— Me acompanhe por favor Helena.
"Sabia! Ele falou que estava tudo bem 'namorar' uma empregada, mas, no fundo, não é o que ele quer. E o que eu tenho a ver com isso?"
— Bem Helena... Eu... fico muito contente com esse relacionamento do meu filho. -ele se senta ao lado dela. — Você já deve imaginar o tanto que ele sofreu quando Raquel se foi. E dar um passo assim é uma coisa muito grande. -ele segura suas mãos. — Espero que você possa fazê-lo feliz e vice-versa. Você sempre foi uma moça que admirei demais. De boa índole.
Helena fica sem reação.
— Tenho uma ideia. Vou você e Andreia de lugar. Assim vocês ficam mais perto um do outro.
— Não senhor. Não precisa.
— Não precisa se sentir envergonhada. Eu entendo.
Ele pega seu telefone envia algumas mensagens e pronto.
— Está feito. Agora você trabalha para meu filho. Quer dizer seu namorado.
"Ele está realmente feliz com isso! Como eu vou sair dessa?"
— Comece a arrumar suas coisas. Você já vai para a outra sala hoje.
***
Helena liga para sua amiga Sophie.
— Preciso de sua ajuda. Estou ferrada.
— O que foi? Aconteceu algo?
— Sim. Mas não tem como falar pelo telefone. Posso ir a sua casa depois do serviço?
— Claro. Precisa de álcool?
— Pode ter certeza que sim.
Helena organiza suas coisas e se muda para seu novo local de trabalho. Deixando a maioria da empresa sem saber o que aconteceu. Principalmente Andreia. Que corre para a sala de Neithan.
— Ei! O que aconteceu para mudarem meu local de trabalho?
— Hum! É uma coisa que não posso falar no momento.
— Você tem certeza que não quer me falar nada? -ela se senta em seu colo e mexe em seu colarinho.
— Não faz isso aqui! Já falei que alguém pode entrar a qualquer momento.
— Não se preocupe. Eu tranquei a porta. Venha aqui.
Ela começa a beijá-lo ardentemente. Neithan coloca Andreia sobre a mesa jogando algumas coisas no chão. Seus beijos ficam ainda mais rápidos e o desejo de seus corpos fala mais alto.
— Não vou ser mais sua secretária! Você não está triste? Como vamos fazer isso sempre que quisermos? -ela diz em meio a pegação.
— Você pode aparecer assim como fez agora.
— Mas e a sua nova secretária? Como vai fazer com ela? Ela vai estar aqui?
— Ela é namorada do meu irmão, fica tranquila.
Andreia para.
"Consegui o que queria!"
A informação que fora buscar.
— Nossa... Isso é segredo... não conte para ninguém. -ele diz. --Vamos voltar de onde páramos.
— Não posso... tenho que continuar arrumando minhas coisas. Depois continuamos.
Andreia deixa Neithan na sala. O que ela queria ela conseguiu, sempre que deseja saber algo em relação à empresa ela vai até Neithan o seduz e como ele não pensa em nada apenas sexo e diversão ele acaba falando.
"Não acredito que Albert está namorando aquela menina sem graça e sem sal. Por conta dela ele me trocou?"
***
Helena chega a pequena 'casa' de Sophie. Um cubículo que ela consegue pagar com o salário de garçonete.
Helena conta tudo o que acontecera com Albert. E que nunca faria uma coisa dessas.
— O olhar do pai dele me fez sentir pena amiga.
— Eu sei Helena. Mas não seria nada mal ficar três meses com aquele gostoso e ainda ficar sem a dívida da sua mãe.
— Não posso fazer isso. Eu preciso é ganhar mais dinheiro e sair da empresa. Vê se consegue uma vaga lá no bar. Já vai me ajudar a pagar as contas.
— Beleza. Assim que falar com meu chefe mando mensagem. Você não deveria estar na faculdade e finalizando as seu TCC?
— Deveria. Mas hoje não vou conseguir pensar em nada.
As duas bebem, conversam, se divertem e acabam dormindo no chão da pequena sala, bêbadas.
***
O telefone disperta.
— Merda!! Olha a hora Sophie. Estou atrasada.
— Ei sua louca, hoje é sabado. Não é dia de trabalho.
— Aiii. É verdade…
Elas se acabam de rir e voltam a dormir.
***
Helena avisa sua mãe de que conseguira um bico no bar em que Sophie trabalha... E que voltaria para casa apenas na segunda após o trabalho.
***
O bar cheio, Helena não tem tempo nem de ver o celular e as mensagens que Albert enviara para ela perguntando se ela aceitara o acordo. Importunações pela beleza e o jeito nada convencional de Helena a faz ficar com raiva dessa situação.
Na saída do bar... Alguns rapazes começam a mexer com elas. Um deles tenta passar a mão em Sophie que dá um Mata leão no mesmo. Espantando os demais.
— Onde você aprendeu isso amiga?
— Trabalhando em um bar com gente bêbada e chata é sempre bom saber autodefesa.
— Legal. Preciso saber disso também.
O final de semana corre tranquilamente para as duas, sempre com alguns idiotas achando que tem poderes sobre mulheres.
***
Pela manhã da segunda Helena chega ao trabalho confiante de que Albert desistira daquela loucura toda.
O que não acontece.
— Você já se decidiu? -ele pergunta.
— Eu não vou fazer parte disso. Seu pai me chamou no outro dia e me disse o quão feliz estava com isso. Não posso mentir para ele... E nem você deveria permitir tal coisa.
— Bom... Não sei se você tem escolha... Você acha que trabalhar em um bar vai te ajudar a pagar todas as suas dívidas.
— Você anda me seguindo?
— Quando eu quero eu posso saber tudo. Você quer continuar a correr o risco de homens bêbados ficarem em cima de você.
— Eu não acredito que estou ouvindo isso. Você é maluco.
— Aqui. -ele tira da gaveta um contrato. — Aqui está um contrato de namoro. Três meses… Só isso. E se você aceitar, as dívidas de sua mãe acabam e as parcelas de sua faculdade com tudo que engloba ficam quitadas até você se formar.
— Até isso você foi atrás, da minha faculdade? Jamais eu vou fazer isso!! -ela grita, pega o contrato e rasga. — Nunca vou me rebaixar a isto!!!
Helena sai da sala e liga para sua mãe, ela está determinada. — Mãe eu não posso mais trabalhar neste lugar. Tenho certeza que vamos conseguir outra forma de pagar nossas dívidas. -do outro lado do telefone sua mãe está chorando. — Mãe?! O que aconteceu mãe?— Filha. Compraram a casa. O novo dono aumentou o aluguel. Se não pagarmos o dobro do que já pagamos, ele falou que temos três dias para sairmos. O que vamos fazer? Não temos dinheiro para um aluguel mais caro... e nem para onde ir."Merda! Que grande bosta está minha vida!" MENSAGEM PARA SOPHIEAMIGA... ESTOU SEM SAÍDA. ME AJUDA.MENSAGEM DE SOPHIEHELENA… JÁ DISSE QUAL É A MINHA OPINIÃO. VOCÊ NÃO TEM NADA A PERDER. SÓ A GANHAR. ABRA MÃO DO SEU ORGULHO E FAÇA O QUE TEM QUE SER FEITO. ACEITA E VÁ SER FELIZ UM POUCO. SE PERMITA. "Sophie tem razão. Me sinto mal por enganar tanta gente. Mas nesse momento preciso pensar em mim e na minha mãe."Ela volta para a sala de Albert. — Nossa!!! Você voltou mais rápido do que eu imaginava.
— Posso ir embora se não quiser continuar, não tem problema algum. -Helena diz.— Claro que não! Já estamos aqui, não temos como voltar.Helena desanima. Ele não desistiria daquilo.— Não faça essa cara de descontente só porque você não conseguiu o que queria. Coloque um sorriso em seu rosto. -Albert diz.A entrada deles enche a sala fazendo todos os olhos se voltarem para eles. Anne e Max se recusaram a participar do que eles chamam de “bobagem”. Bem é o que não entendia de nada que estava acontecendo ao redor, tirava um belo cochilo em seu quarto agarrado com seu bichinho de pelúcia.— Meu Deus! Meu Deus!! -Neithan diz de boca aberta. — Agora eu entendo ainda mais o porquê de você escolhê-la meu grande irmão. Ela é perfeita! Não é muito seu estilo não é?— Deixa de ser inconveniente Neithan e respeite sua cunhada. -sua mãe diz dando um tapa em seu ombro.— Sim mãe, eu super respeito minha cunhada. E como respeito. -Neithan sempre é claro e direto com seus desejos. E no momento ele e
Helena fica passando frio aguardando a resposta de Albert do lado de fora do hotel. A esperada resposta não vem!"O que eu vou fazer? Não dá para ficar aqui esperando nesse tempo gelado!"— Helena? É você? -a voz que soa em suas costas é familiar para ela. Seus ouvidos reconheceriam de longe. “O quê?”— Eduard? -ela se vira surpresa.— Não acredito que você esteja aqui. Meu Deus! Quanto tempo faz? -um tanto quanto surpreso ele responde.— É... -ela gagueja.— Como o tempo foi generoso com você, está ainda mais linda. Que saudade. -ele enlaça seus braços em torno dela, correndo discretamente seus dedos por suas curvas. — Faz muito tempo mesmo. O que está fazendo aqui? -ela pergunta sorrindo e tirando aquelas mãos rápidas.— Você conhece minha mãe né?! Evento beneficente, essas baboseiras todas. Ela sempre quer estar no meio de pessoas com grana. Infelizmente sou obrigado a estar junto. E você, o que está fazendo aqui?— Vim acompanhando uma pessoa também, mas acho que ele não consegu
Helena olha para Albert pensando na resposta ideal para aquele momento.-Sim. -ela diz sem graça.-Desculpa por atrapalhar vocês... aproveitem hoje.Albert sai levando Helena com ele, eles se entreolham. -O que achou? Falei bem? Te defendi a altura?Helena não fala nada.-Ei? Fiz algo de errado? -ele se vira para ela.-Não. Você foi ótimo! Obrigada por me ajudar e me defender de alguma forma.“Não me lembro de um homem me defendendo assim.”-Tudo bem. Eu não gosto de pessoas que se acham melhores por terem mais dinheiro. Isto não é o certo.Eles seguem até a mesa. Durante as apresentações a mãe de Albert pega o microfone do anfitrião para dar uma notícia que a estava deixando muito feliz.-Queridos, ótima noite para vocês. Estou contente com este evento e com a presença de todos. Vocês devem estar se perguntando o porquê de estar aqui na frente de todos. Estava cumprimentando alguns familiares e passando por entre as mesas e casou de ouvir uma coisa que fez meu coração explodir. Não
-Você e seus joguinhos de novo. Com isso, olha onde você nos enfiou com toda essa bagunça. Vamos acabar logo com isso vai.-Um ano Helena. -ele se aproxima dela. -Vamos ficar casados por um ano e acabamos com tudo. Eu te prometo.-Casar? Sabia que era louco, mas já está passando dos limites.-Se você aceitar este um ano casada, a casa que você e sua mãe vivem poderá ser de vocês.Ela não entende o que Albert fala.-Bem.... você entenderá. -ele se senta perto dela. -Quando aquela minha ideia de namoro surgiu, eu vi você relutante. Com isso pedi para o Smitt procurar tudo relacionado a você e a todos a sua volta. Surpresa!!! Sua casa estava a venda, eu comprei!!! Se você quiser ter aquela casa para sua querida mãezinha, e ainda por cima não ser despejada, só ficar casada comigo por um ano. Podemos colocar mais coisas no contrato se você quiser. Mais dinheiro? Eu acrescento. Vai Helena, será coisa rápida e é uma proposta única. Quando conseguiria comprar uma casa como aquela? Iria demora
Albert vai até a casa de Helena buscá-la para aproveitarem o dia que ela passou bons tempos preparando para aproximar-se das crianças. Ela sai e parece andar em câmera lenta, com um vestido florido que destaca ainda mais sua beleza. O olhar que Albert tem dela é de uma bagunça que dominava a todos ao seu redor, como se fosse engolido por uma loucura que ela não tem controle. Era o oposto com Raquel, a calmaria era tanta, ele sentia saudade disso, daquela paz que sentia quando apenas olhava para Raquel. Helena para Albert era como se estivesse com o próprio Neithan, tão caótica quanto, quando Neithan nasceu, naquele momento acabou a calmaria na vida dele. Sempre dera muito trabalho para Albert, carregar a paz de sua casa o tempo todo era muito cansativo."Agora ter duas pessoas caóticas ao meu lado me deixa completamente confuso, não consigo nem pensar direito."No carro, Max e Anne estão com seus colegas, e Bem, que de tão ansioso não dormiu nada na noite passada. Albert finge que n
— Há muito tempo não via meus filhos tão felizes assim, Helena. Acho que se divertiram mesmo. Muito obrigado por pensar com carinho neles, por mais que eu e você não tenhamos um relacionamento de verdade e uma relação amigável. -Albert diz enquanto vai deixar Helena em casa. — Brincaram tanto que capotaram de tão cansados. Foi muito legal. -ele quer continuar falando, mas sua voz fica embargada. — Eu… eu te agradeço de verdade, do fundo do meu coração, pelo que tem feito a minha família."Observo Albert falar me olhando com aqueles seus olhos verdes brilhantes. E só me dou conta agora do quão deve ter sido sofrido sua vida após a morte de sua mulher. Ser deixado para trás com três crianças não deve ter sido nada fácil. Encarar seus pequenos rostos todos os dias, rostos esses que são um pedaço de Raquel pela casa." Por um instante, Helena se coloca no lugar de Albert e seu coração se entristece. "Eu não saberia lidar com este tipo de situação." — Você não precisa agradecer por nada
ALBERT Helena demora um pouco para me responder, não que eu estivesse esperando, mas assim que meu celular vibra, eu pego rapidamente, e a mensagem não é tão legal quanto eu esperava.MENSAGEM DE HELENAQUE BOM! ESPERO QUE DAQUI PARA FRENTE AS COISAS MELHOREM PARA VOCÊ. PORQUE AQUI EM CASA NÃO SEI COMO AS COISAS VÃO FICAR, MINHA MÃE FICOU SABENDO DO NOSSO BENDITO "RELACIONAMENTO" E ELA NEM ESPEROU PARA PODER EXPLICAR E TAL, SAIU, E ME DEIXOU FALANDO SOZINHA. ACREDITA?MENSAGEM PARA HELENAPUTS, E AGORA? TENHO QUE TER UMA CONVERSA COM ELA PARA ELA NÃO FICAR PENSANDO QUE VOCÊ É SÓ UM PASSATEMPO.Dou risada com minha brincadeira.MENSAGEM DE HELENAVOCÊ É UM PALHAÇO. NÃO PRECISA FALAR COM ELA, EU VOU RESOLVER, FICA TRANQUILO. VOU DESCANSAR, O DIA FOI CHEIO, BOA NOITE, CHATÃO.Sorrio novamente. E faço o mesmo, vou me enfurnar na minha tristeza do dia, entrar no meu quarto e sentir a falta do meu amor.Pela manhã, o clima de casa parecia outro. Dava para ouvir a risada do meu quarto, fique