CAPÍTULO CINCO

— Posso ir embora se não quiser continuar, não tem problema algum. -Helena diz.

— Claro que não! Já estamos aqui, não temos como voltar.

Helena desanima. Ele não desistiria daquilo.

— Não faça essa cara de descontente só porque você não conseguiu o que queria. Coloque um sorriso em seu rosto. -Albert diz.

A entrada deles enche a sala fazendo todos os olhos se voltarem para eles. Anne e Max se recusaram a participar do que eles chamam de “bobagem”. Bem é o que não entendia de nada que estava acontecendo ao redor, tirava um belo cochilo em seu quarto agarrado com seu bichinho de pelúcia.

— Meu Deus! Meu Deus!! -Neithan diz de boca aberta. — Agora eu entendo ainda mais o porquê de você escolhê-la meu grande irmão. Ela é perfeita! Não é muito seu estilo não é?

— Deixa de ser inconveniente Neithan e respeite sua cunhada. -sua mãe diz dando um tapa em seu ombro.

— Sim mãe, eu super respeito minha cunhada. E como respeito. -Neithan sempre é claro e direto com seus desejos. E no momento ele estava desejando Helena.

— As crianças vão descer ou não? -Albert pergunta irritado.

— Então... eles… -sua mãe tenta responder sem ofender Helena. E a mesma percebendo entra no assunto.

— Albert, eles precisam de seu próprio tempo para se acostumarem com tudo isso, são coisas novas acontecendo. Deixe eles no canto deles. -Helena diz.

Albert olha contente para Helena por sua fala e compreensão. O silêncio é logo quebrado com os passos de Bem correndo pela casa. Direto para Helena.

— Oi tia!! O que é tudo isso? -Bem aponta para as tatuagens dela.

— Hum!! Deixa eu ver se falo para você. -ela se agacha para ele poder olhar melhor. — Isso são alguns desenhos que achei muito bonito, e de tanto que gostei decidi colocá-los em mim. O que você achou? Gostou?

Sorrindo Bem responde. — Nossa!!! Isso é muito legal. Pai. -ele pega seu pai pela mão e chacoalha. — Pai. Quero colocar desenhos em mim também. -todos riem de sua fala.

— Claro filho, quando você crescer poderá colocar os desenhos que quiser ok? Agora vamos comer tá bom!?

— Tudo bem. Tomara que eu cresça bem rápido.

O restante da noite Bem passou agarrado em Helena se divertindo e rindo com ela.

Max e Anne por terem lembranças de Raquel não aceitam o relacionamento do pai com ninguém, já Bem por não lembrar e compreender as coisas, se tornou doce e atencioso com o pai, mesmo Albert tentando manter distância deles.

***

Andreia conversando com algumas colegas de serviço deixa escapar o relacionamento de Albert e Helena, e os rumores dentro da empresa começam a se espalhar como fogo em palha seca. Podendo queimar qualquer um que esteja na frente.

Como quem não quer nada Andreia vai até Helena. — É verdade Helena?

— O que Andreia?

— A história que está se espalhando pela empresa toda! Que você e o senhor Albert estão se pegando. E que foi por isso que ele colocou você como secretária dele e me tirou.

“As fofocas começaram a se espalhar. Mas quem poderia ter feito isso?”

— Não!!! Eu não tenho nada com ele. Jamais, é meu chefe. Ele é só o meu chefe!!

"Safada! Mentindo e nem fica vermelha." -Andreia pensa.

— Pode me falar eu não vou contar pra ninguém. Sei que nunca tivemos proximidade e tal, mais eu queria estar mais próxima de você. Sempre gostei de você, só ficava sem jeito de me aproximar.

— Não! Não temos nenhum relacionamento além de patrão e empregada. É só conversa das pessoas por conta dessa mudança, que eu nem sei porque aconteceu.

Helena tenta tirar seu foco dela, e desse assunto. Por um momento consegue não ser o centro das atenções. Mas não dura muito.

***

No primeiro mês de um falso relacionamento poucas visitas foram feitas a família de Albert, tudo para manter a maior descrição possível e que os laços não fossem ficando estreitos. Por mais que Helena desmentia as convernsas na empresa, não se falava de outra coisa além desse relacionamento. Como ela era esperta em fisgar o dono da empresa e assim por diante. Algumas ressalvas pelas pessoas que preferiam Neithan. O terceiro mês que seu pai lhe tinha dado para organizar sua vida e para ele poder se aposentar estava se aproximando.

***

— Farei uma grande festa para marcar este meu encerramento de trabalho.

— Pai não tem necessidade de fazer isso. -na mesa de jantar Albert diz.

 — De jeito nenhum Albert. Seu pai fez aquela empresa se transformar no que é hoje. Nada mais justo que fazer uma grande festa para marcar essa fase da sua vida.

Do contra com essa decisão pelo menos algo bom Albert queria tirar disso, e teve a ideia de fazer uma festa beneficente ajuntando as pessoas com mais posses em um mesmo lugar para ajudar pessoas que necessitam além de carinho, dinheiro. 

***

— É engraçado vê-la assim Helena, toda coberta. E saber que por trás desta secretária toda correta está uma bagunça.

— Isso foi um elogio senhor?

Hum!. Não sei se pode-se considerar assim.

— Aff!!

— Deixa pra lá. Os meses que meu pai colocou para mim está acabando, e ele vai fazer uma festa beneficente para o encerramento de suas atividades na empresa. E com isso não poderemos esconder mais. Teremos que estar juntos e os funcionários também estarão lá.

— Merda tudo o que fiz para manter as coisas em segredo serão em vão. -ela diz.

— Eu imaginara que esse dia um dia chegaria. Por isso não negava nem afirmava nada, eles recebiam apenas meu silêncio. 

 Não temos como escapar disso, então espero você lá!!

— Tudo bem. O importante é que está acabando!!

***

Com um vestido preto colado, encorpado, estruturado que ela mesma fez, Helena chega na entrada do hotel de onde seria a festa. Perdida e sem saber para onde ir manda mensagem para Albert.

ESTOU AQUI FORA! VENHA ME BUSCAR, TEM MUITA GENTE E NÃO SEI POR ONDE E PARA ONDE IR.

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