HELENALogo pela manhã, recebo mensagem de um número que não reconheço me dizendo que Albert passou mal, e me enviando um endereço que parece ser de um hospital. Me arrumo rapidamente e vou direto para lá. Chegando ao hospital, me informo sobre Albert e sou encaminhada até lá. Neithan está do lado de fora do quarto.-O que aconteceu? -pergunto ansiosa.-Não sabemos, ele simplesmente apagou, foi do nada, estávamos conversando e do nada ele... - diz apressadamente.-Calma vai ficar tudo bem. E cadê seus pais?-Estão lá dentro, as crianças ficaram em casa. Vamos entrar, ele vai querer te ver.-Não precisa... -ele nem me deixa acabar e já está me arrastando com ele para dentro do quarto, Albert está deitado, aparentemente dormindo, e seus pais sentados ao seu lado.-Oi Helena, que bom que você está aqui. -sua mãe levanta me abraçando, me sinto mal por estar mentindo assim para pessoas que realmente se importam comigo e que ficam felizes com minha presença.-Oi, como ele está? -pergunto.-
ALBERTQuando acordo, meus pais estão parados na minha frente, Neithan e Helena ao lado, o médico me diz o que devo fazer e o que não fazer. Fico meio confuso sem entender o que eu estou fazendo ali, o que parece ser um hospital. E aos poucos minha mente vai clareando e me lembro da mensagem que recebi. O remorso me pega completamente e desconto tudo o que tenho aqui dentro em Helena. Não vejo motivo para vê-la aqui. Ela sai e fico completamente confuso pensando na negativa dela em aceitar acabar com essa farsa.Ela primeiramente não queria aceitar isso e agora não quer mais deixar passar. Minha mente está completamente confusa, em deixar tudo como está, meus filhos felizes, minha família feliz, sorrisos pela manhã ou voltar ao que era antes. É muito melhor ficar como era antes. Raquel não vai ficar triste, tudo ficaria em paz, é isso que preciso: paz. A dúvida do que fazer, se continuo ou não, me pega. A confusão vem até minha mente, de como não pude ver seu corpo no
HELENAMinha mente fica girando. Quem poderia mandar uma mensagem dessa? Magoar uma pessoa assim. Após a conversa com Albert, aviso o médico sobre sua crise de choro e um calmante foi ministrado para ele, que agora está dormindo. Não consigo pegar no sono, pego meu telefone e ligo para Neithan, que demora um pouco para me atender.- Me diz que é sério, se não vou ficar muito bravo. - sua voz rouca me faz sorrir e entender que ele estava dormindo.- É sério, sim. Você pode vir aqui pela manhã? Preciso conversar seriamente com você. Mas ninguém pode saber disso. Nem seus pais, ninguém entendeu?- O que aconteceu? É alguma coisa com Albert? - ele pergunta, preocupado.- Não, ele está bem. Mas é sobre ele sim. Amanhã nós conversamos. Vai continuar dormindo. Boa noite!- Tá bom. Boa noite, cunhadinha.&nb
HELENA-Ela estava indo para casa e o carro perdeu o freio, acabou caindo no mar. -fico prestando atenção. -Aquilo tirou Albert do seu mundo, ainda mais por ele não ter conseguido se despedir.-Como assim? -pergunto.-O carro estava tão fundo que não foi possível retirá-lo, então o corpo dela ficou lá. Fizemos a cerimônia e fomos até ali jogar algumas flores para ela. Albert, na época, foi considerado suspeito de mandar matar Raquel, pois era para ele estar junto com ela. Ele ficou tão mal, e ao longo provamos que essa reunião foi de última hora, nada programado.-Meu Deus! Era para ele ter morrido junto?! -Neithan balança a cabeça que sim.-Acho que ele se senti triste por não ter morrido junto. Ou ao menos no lugar dela. -ele fala. -Achei que ele nunca sairia daquele fundo do poço, até ele encontrar você. -ele segura minha mão. -Que bom que você apareceu na vida dele, Helena. Esse sentimento deve estar fazendo-o ficar confuso. Ele nunca foi de se
ALBERTAbro meus olhos e outros olhos pretos me encaram assustada. Com olheiras, cabelo bagunçado e a mesma roupa de ontem.-Oi, chatão. Como foi o sono? -dou risada, me ajeitando na cama.-Ótimo, descansei. E você não está nada bem também, hein. -ela olha para si mesma. -Não dormiu, foi?-Até tentei, e ainda, comi agora que Neithan me trouxe, ela te mandou um abraço, ele não conseguiu ficar esperando você acordar.-O que ele veio fazer aqui? -ela fecha seu semblante. -O que você fez, Helena? -sei que ela fez merda só por sua cara.-Acabei contando para ele sobre nós... -fico sem acreditar.-Não acredito, Helena, que merda você tinha que abrir sua boca.-Eu não tinha outra escolha, ele estava tentando forçar nosso casamento, falando sobre só nós dois irmos para a casa de campo de vocês. Eu precisava falar, caso contrario, ele ficaria forçando a barra, e você já está desse jeito, não queria te deixar aind
HELENANão sei bem ao certo o que estou fazendo da minha vida na realidade, só estou deixando o rio fluir e ele vai me levando até algum ponto que eu precise decidir.Eles estão esquisitos, desde que saímos do hospital a tensão entre os irmãos está tão horrível. Albert está tenso, Neithan assovia como se estivesse muito feliz. Avisei Sophie e estamos esperando que ela apareça para seguirmos, esperamos um pouco até ela aparecer, balançando sua mala, andando graciosamente, com seu cabelo em um corte Chanel loiro, rebolando com seu corpo escultural como se nada estivesse acontecendo.-Ela está ali. -falo apontando a loira. -Linda, não é Neithan? -falo batendo em suas costas.-Não tanto quanto você, Helena. -fico envergonhada, mas entendo a brincadeira dele. Agora que sabe da história toda, fica brincando comigo assim.-Para com isso, seu bobo. -digo sorrindo.-É sério, ela é uma graça, mas não se compara a você. -olha pelo retrovisor piscando para mim. Albert está tenso, não mexe um músc
ALBERT— Albert?! Acorda meu amor. -escuto Raquel me chamando. Ela sempre faz isso pela manhã. Abro meus olhos, mas ela não está ali. Levanto-me rápido, a procuro no banheiro.— Raquel? -grito seu nome. Ela não me responde.— Raquel meu amor, onde você está? -abro a janela e ela também não está no jardim. — Aonde você está? -caio de joelhos desesperado por não te-la encontrado.Minhas lágrimas inundam meu rosto.***— Albert?! Acorda. -minha mãe está ao lado da minha cama me chamando. — O que foi? Você está chorando filho?— Estava tendo um pesadelo horrível. Eu chamava por Raquel e ela não aparecia, fiquei desesperado.— Filho. Raquel realmente não está mais conosco. -minha ficha cai. Raquel se foi faz quatro anos. E ainda me sinto assim, como se um buraco estivesse no lugar do meu coração. — Não fique assim filho, vá se trocar e desça para comer com seus filhos. — Tudo bem, mãe, já desço.Vou para o banheiro, deixo as águas escorrerem por meu rosto levando minhas lágrimas junto. C
ALBERT— O que foi tudo aquilo, pai? -digo, me referindo ao discurso na frente de todos.— Eu te disse. Se quiser assumir esta empresa e cuidar de tudo, me apresente sua mulher, namorada, o que for. Ou simplesmente desista. Sei que é difícil seguir em frente depois de tudo. Isso soa com um soco no estômago.— Desculpe senhores. Vou deixá-los a sós. -a voz de Helena aparece entre as palavras de meu pai. Nem percebi sua presença na sala. Tenha uma ideia no momento que a vejo. Pode ser um tiro no pé, mas é a única coisa que me passou na mente. — Espere Helena!! Venha aqui por favor.Ela se aproxima e eu seguro sua mão.— Pai. Achávamos cedo demais para falarmos tudo para vocês. Mas por conta da sua atitude a pouco, então… Helena tenta a todo custo soltar minha mão em forma de negativa ao que disse. Seguro com força contra meu peito impedindo-a.— O que você quer dizer Albert?— Pensei que fosse óbvio pai. Pode parecer estranho..... eu e Helena estamos em um relacionamento.Helena m