Capítulo 28

— Heloíse, com todo o respeito... — murmurei, tentando manter a compostura. — Vai pra puta que pariu e sai da minha frente.

— Como você é baixa, menina.

— E como você é uma velha mal amada. Vai atazanar quem te merece, no caso seu filhinho.

Estiquei a mão e apontei para a porta. Ela hesitou por um segundo, depois se virou lentamente, como se concedesse uma vitória temporária. Parou à porta, me lançando um último olhar carregado de desprezo.

— Último aviso, se afaste do meu filho.

— Vai se foder. — sussurrei.

Ela saiu e fechou a porta com força. Me deixei cair na cadeira de novo e levei as mãos ao rosto, sentindo uma lágrima solitária escorrer pela bochecha. Não chorei por medo. Nem por dor. Era raiva. Era exaustão. Era tudo.

Permaneci ali por alguns minutos, sentindo o silêncio me engolir, até ouvir uma batida suave na porta. Era Camile, com um saco de papel na mão.

— Trouxe seu lanche. Tá tudo bem? — ela perguntou, percebendo o clima pesado no ar.

Assenti lentamente, limpando o rosto
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