Eu não consegui dormir. Como eu conseguiria dormir com tudo que aconteceu. Fiquei deitada no sofá desde que cheguei, o medo foi tão grande que pensei que a qualquer momento Edgar poderia entrar no meu apartamento e me matar também. Cochilei algumas vezes, mas me obriguei a ficar acordada. Era difícil não pensar na Camila e ver ela deitada no chão, e todo aquele sangue. Não conseguia dormir por mais que eu tentasse.Tomei um banho gelado, antes de sair de casa. Eu não consegui comer nada é bem capaz de comer e vomitar tudo. Nem consigo pensar em comida numa hora dessa. Estou com problemas bem maiores e não sei como resolver, mas se uma coisa eu sei preciso ir ao trabalho. Acho que Edgar não me viu na noite passada e não quero que ele desconfie de nada. Ontem o táxi saiu bem rápido, não acho que el
P.V. Lyah– Eu vinha notando como Edgar trava a Kelly. – Comecei a explicar para Eduardo. – Ele sempre foi legal com todo mundo, sempre querendo ajudar e até eu estava gostando de estar trabalhando com ele. E ao contrário da Felipa que irrita bastante. – Eu bufei. – Mas eu notei o quanto era diferente com a Kelly e tive mais certeza nesse final de semana. Quando alguns colegas fomos para o bar, o Edgar também foi.Flashback onPreciso encher meu copo. Vou em direção a mesa, mas desviei o caminho quando vi o Edgar. Eu fui até ele e dou um abraço.- Cadê a Kelly? - Ele perguntou assim que desfez o abraço.Esse dai andar tão grudado na Kelly.- Oi, para você também. - Lyah riu. - Kelly não vai vir hoje, ela viajou esse final de semana.Minha amiga está tão chique. Ela viajou para o Canadá para conhecer a família do Eduardo. Esse relacionamento ainda é bem estranho para mim, mas dá para ver o quanto ela está feliz e é isso que importa.- Viajou? Mas ela não diz nada. - Edgar falou confuso.
P.V. KELLY Meu celular tocou no meio da entrevista. Sorri como um pedido de desculpas e peguei meu celular colocando no silencioso, nem vi quem tinha me ligado. Como eu pude dar um mole desse? Continuei com a entrevista. Hoje estou fazendo algo novo, nunca entrevistei alguém antes. Era para ser três hoje. Um para supervisionar, uma para entrevistar e um fotógrafo. Eu fiquei com o supervisionar, evitar qualquer imprevisto e tal, mas nosso entrevistador não pode vim. A equipe de filmagem já estava presente. Pensei em chamar a Lyah, mas ela não estava muito bem e na correria não pude ficar com a minha amiga. Mas assim que chegarmos, vou ver como ela está. Então sobrou para que eu fizesse a entrevista, enquanto Edgar fotografava. A entrevista ocorreu dentro de uma hora e meia. – Finalmente. – Falei para Edgar quando acabou. Ele riu. – Falando assim faz parecer que foi um tortura. – Ele virou a câmera para que eu pudesse ver as fotos. – Olha, você está linda em todas. Dou um tapa de l
Sentei no sofá e em primeiro instante a minha vontade era rir. Não tem graça nenhuma no que eles estão me falando, Lyah está muito diferente desde a última vez que a vi. Está nervosa e procurava mexer as mãos toda hora para tentar se expressar. Mas falando para pensar na história que eles estão me contando, é absurda demais. – Você tem que acreditar em mim. – Ela pediu. – Edgar é um homem perigoso. Você está correndo perigo. – Não, ela não está. – Eduardo falou enquanto digitava alguma coisa em seu telefone. – Vou dar um jeito nesse cara agora mesmo… – O que vocês estão falando é sério demais. – Falei interrompendo Eduardo. – Camila Reis? Edgar não parece ter contato com pessoas com tamanha fama. – Me levantei e agora me segurava para não rir. – Camila então nem se fala. Não acho que ela iria se interessar pelo Edgar, e é claro que o motivo seria a condição financeira. – Eduardo se interessou por você. – Ei! – Olhei para a Lyah me sentindo ofendida. Ela deu de ombros, eu fui até E
Estou deitada com Eduardo em sua cama. Só teremos mais notícias pela manhã, não faço a mínima ideia do que Edgar poderia estar fazendo agora. Lyah está dormindo, eu passei em seu quarto mais duas vezes para ter certeza. Seu sono é pesado e não acordaria tão cedo, Lyah estava tão perturbada como nunca vi. Eu não duvido que suas palavras. É difícil para mim acreditar, mas eu não duvido.Nos conhecemos há um bom tempo e Lyah não brinca quando o assunto é sério.Como falei com Eduardo mais cedo, eu não quero pensar que passei o tempo todo com um assassino, brinquei e ri com ele. Uma amizade que considerava muito bonita e com um tempo um irmão para mim, aquela pessoa que eu poderia contar e conversar sempre.– Desculpe pelo jeito que falei com você. – Eduardo fazia carinho em minhas costas. – Quando a Lyah me procurou, dizendo aquelas coisas… Vi como ele te olha. Escolhi não falar nada porque sei que iríamos brigar.Estou deitada em seu peito e abraçando seu corpo. Fiquei ouvindo as palavra
P.V. KELLYEstamos sentados tomando nosso café da manha. É estranho ver Lyah sentada na minha frente, normalmente é apenas eu e Eduardo. Normalmente, não. Sempre! Às vezes me pergunto se não será um tédio só nós dois nessa imensa casa. Eduardo não quer morar na minha casa, ele pode dizer que vai, mas conheço meu futuro marido.Minha casa será um cubículo para ele.– Você já tem notícias? – Lyah perguntou ao Eduardo.Estou com minha xícara nas mãos e fechei meus olhos por alguns segundos quando ouvi sua pergunta. Ela podia esperar um pouco mais antes de entramos nesse assunto. Eduardo está sentado na ponta da mesa, eu estou sentada no lado direito e Lyah no lado esquerdo.– Ainda não, Lyah. – Eduardo colocou seu copo em cima da mesa. – Mas estão trabalhando para isso.Ela suspirou e baixou a cabeça.– Por que não come um pouco? – sorri para ela, mesmo que Lyah não me olhasse.– Estou sem fome.Lyah nem mexeu no seu prato. Eu queria convencer minha amiga a comer, mas sei que seria perda
P.V. EDUARDO – Eduardo, você precisa se acalmar… – Me acalmar? – Olhei para ele como se fosse um alienígena. – Está te faltando neurônios como está acontecendo com a minha noiva? Eduardo chegou uma hora depois que a Kelly saiu. Gabriel é meu amigo mais próximo e uma hora ou outra teria que contar para ele tudo que está acontecendo. Resolvi chamar ele para vir na minha casa, mas uma cabeça no meio de toda essa confusão pode vir ajudar em alguma coisa. – Kelly está completamente fora de si. – Continuei com os meus argumentos. – Aquele cara é um assassino. – Não temos provas. – Gabriel dá uma olhada e um pedido silencioso de desculpas para a Lyah. – Infelizmente ainda não temos nada que comprove que Edgar é realmente o assassino. Não estou falando que Kelly agiu certo em fingir que nada está acontecendo e ir trabalhar hoje. – Gabriel está em um sofá e Lyah está sentado numa poltrona abraçando suas pernas. – Mas Kelly não é nenhuma burra, muito menos está faltando neurônios nela. Pode
P.V. KELLY – Estou muito preocupado com a Lyah. – Edgar falou enquanto mexia no notebook. – Ela não me parecia bem a última vez que a vimos e não veio hoje. Estamos na sala de reunião cuidando de um projeto para análise, antes de passar para aprovação de Eduardo ou negar todo o trabalho. Normalmente eu ficaria tão nervosa e com medo que o meu chefe recusasse o trabalho e fosse preciso fazer todo o trabalho novamente. Hoje eu estou nervosa porque o homem do meu lado pode ser um assassino. Saber que Eduardo é o meu chefe não mudou meu desempenho na empresa, mas confesso que foi tranquilizador. Porque antes Eduardo não tinha uma imagem muito boa para mim e hoje se eu for chamada na sua sala não será tão aterrorizante. – Lyah realmente não estava se sentindo bem, cheguei a ligar para ela e ofereci que fosse para sua casa. – Tentei me concentrar no que fazia. – Mas ela disse que precisava ficar sozinha. Tentei insistir, mas ela se recusou. – Então Lyah está sozinha em casa? – Edgar es