– Então quer dizer que eu não estou louca? – Seu olhar voltava lentamente. Lyah me olhou. – Edgar é realmente perigoso?Abracei meu próprio corpo lembrando do Edgar entrando na casa da Lyah. Ainda é desconfortável ver que ele tem habilidade o suficiente para invadir uma casa e não duvido que pode ter matado a Camila Reis.– Teria outro motivo para que Edgar entrasse na sua casa? – Perguntei. Estou ao lado do Eduardo que está sentado no braço do sofá.– Não. – Ela negou com a cabeça rapidamente.– Edgar tem certeza que você viu ele com a Camila. – Gabriel falou pensativo. – Parece que ele quer eliminar a testemunha.Com a Lyah ao seu lado, o olhar de Gabriel veio para mim e Eduardo. Gabriel é um homem muito gentil, assim que cheguei foi muito educado comigo e ao contrário do meu futuro noivo. Gabriel é um homem bem sorridente e gosta de conversar. É uma pena que o momento não seja tão agradável, gostaria de ter conhecido ele em outra hora.Mas já está sendo um grande amigo. Foi Gabriel
– É uma péssima ideia. – Eduardo falou através da escuta que está em meu ouvido. – Eu acho que a péssima ideia foi deixar você ter acesso a essa escuta. – falei conforme me aproximava da minha mesa. Eduardo concordou com o meu plano, mas teve umas condições para podermos colocar o plano em prática. Eu cresci ouvindo que qualquer situação de perigo deveria chamar a polícia e para o meu grupo de amigos é a polícia que está precisando da nossa ajuda. Pela informação que conseguimos com o amigo do Eduardo, não dá o caso da Camila por encerrado. Encontraram algo em sua veia e além das drogas, por mais que a sua família não esteja aceitando a morte da Camila. Eles não pensam na possibilidade que alguém tenha matado. Agora estou para que meus amigos e eu mostremos que o caso não está encerrado e o assassino está à solta. – Olha, quem chegou. – Edgar veio me abraçar assim que me viu. – Está atrasada em. A culpa foi completamente do Eduardo que fez a gente conferir quatro vezes se eu estav
– Edgar vá devagar! – gritei em um pedido desesperado.Tentei me segurar contra aquele banco de qualquer forma possível. Pensei que nem o cinto de segurança seria o suficiente para me manter no lugar. Janela estava aberta e o vento forte vinha o meu rosto, fechei meus olhos com força. Não posso chorar, eu preciso ficar calma.MAS COMO?– Como você pode mentir para mim?! – Edgar estava com um olhar perdido e a voz totalmente diferente, ele parecia estar alucinando. – Eu te amei tanto. E você me largou! – Seu grito me fez estremecer naquela cadeira.– Por favor… – Choraminguei. Eu não continuei pedindo para que ele fosse devagar, porque o olhar dele me dava tanto medo. Eu não tinha ideia que versão de todos esses anos de Edgar estava ali na minha frente.– Te dei tudo que era possível, Laura! Eu te dei o mundo e você preferiu ficar com ele!Laura? Quem é essa Laura? Meu celular vibrar em meu colo dentro da bolsa e agradeci mentalmente por ter tirado o som. Edgar começava a falar coisas
– O que… O que você vai fazer comigo? – Arrisquei em perguntar.Não tem para onde correr. As portas estão trancadas e as chances de eu conseguir pela janela são mínimas. Reforcei o cinto, porque em algum momento iremos bater. Os carros davam espaço para a gente passar. Edgar apertava a buzina constantemente, era questão de tempo que a polícia estivesse em nossa cola. Provavelmente Eduardo deve ter avisado, mas com certeza pela alta velocidade.Eu fiz uma oração rápida implorando para aquela mulher pegar essa criança em seu colo e saísse correndo, Edgar não iria parar para que ela e seu filho passasse pela faixa de pedestre. A mulher gritou pegando seu filho e te jogou para o outro lado. Se machucaram, mas estão vivos.– Ficaremos juntos, meu amor. – Edgar sorriu. – Finalmente ficaremos juntos e nada vai nos separar. – Me olhou antes de voltar a sua atenção para a estrada. – Não se preocupe! Não vou deixar ninguém nos impedir.– E… e a Lyah?Canção do nome da minha amiga fez Edgar ficar
– Pare esse carro agora! – Um dos polícias disse mais uma vez. As ruas pareciam ter sido esvaziadas de propósito. Fazer mais de 5 minutos que estávamos nessa correria pelas ruas de Nova York, a cada curva, a cada caminho que perseguimos as ruas pareciam ficar vazias. Alguns carros tentaram entrar na nossa frente para que Edgar não conseguisse continuar, infelizmente Edgar parecia ser um corredor de fuga. Eu não sei se fiquei feliz, porque a ideia de ter o nosso carro bateu no contra o outro não era nada animadora. Por vezes Edgar era obrigado a diminuir a velocidade, mas não durava muito tempo. Eu não sei se quem me ligava ainda estava na ligação, quietinha no meio daquela perseguição e querendo que tudo acabasse logo. – Laura, meu amor! Fique tranquila, eu vou tirar a gente daqui… – Se entrega. – Pedi. – Por favor se entrega. – O que?! – meu olho por alguns segundos antes de voltar e olhar para aquela bendita rua que não parecia ter fim. – Você está contra mim de novo… – Eu vou
P.V. Eduardo Tem que admitir que focar tanto no trabalho atrasou algumas horas na minha vida. 27 anos, eu poderia já estar casado e com filhos. A ideia de ter filhos não me agrada muito, crianças catarrentas correndo atrás de mim… não, os meus filhos não serão catarrentos e correram atrás de mim. Serão lindas crianças. E mais lindas ainda por puxar a Kelly, melhor mãe que eu poderia achar para os meus filhos. Até hoje me lembro como conheci aquela mulher desastrada. A mulher que esbarrou em mim no dia do meu aniversário, saindo da minha empresa e pronta para ir para o outro canto qualquer. Meu objetivo de convencê-la a sair comigo naquela noite foi para saber da minha própria empresa. Mais uma vez colocando meu trabalho em primeiro lugar. Eu sabia que não tinha uma boa fama com os funcionários, mas é claro que funcionários felizes é uma empresa feliz. Digo em relação aos lucros e ao conversar com a Kelly percebi que os meus funcionários estavam esbanjando muito poder. Poder esse que
P.V. EDUARDO – Quantas horas já devem ter se passado? – Gabriel massageou as têmporas. – Desde que tudo começou ou desde o acidente, ou desde que ela entrou naquela sala de cirurgia? – falei irônico. Gabriel me olhou com um leve sorriso em seu rosto. Minhas ironias nunca agradaram ele, mas hoje ele parecia estar feliz. Gabriel é meu único amigo por simplesmente conseguir aguentar o meu mau-humor. Ele não fica com raiva quando sou grosso com ele ou quando deboche das coisas que a maioria das vezes é sobre o trabalho mesmo. Para falar a verdade o Gabriel é muito parecido comigo nesse quesito, a única diferença é que ele consegue se socializar melhor do que eu. – Estava demorando para esse seu mau-humor começar. Dou de ombros e continuei caminhando com as mãos no bolso da minha calça. – Porque você não pega ela e leva para minha casa? Vocês precisam descansar… – Você mais ainda. – Gabriel me interrompeu. – Não, eu quero estar aqui quando eles chegarem. Os pais da Kelly estão a c
P.V. EDUARDO – Então quer dizer que você é o noivo da minha filha? – O pai da Kelly me olhava sério. – Noivo… dá para acreditar? – Ele olha para sua esposa. Pietro e Vanessa me olhavam o tempo todo e eu tentava não demonstrar o meu desconforto. Era para Kelly estar aqui. – Você pode ser o que quiser da minha filha desde que a trate muito bem… – Nunca faltei com respeito com ela. Kelly é uma mulher que dá muito trabalho. – acabei me irritando ao lembrar da minha noiva. – Ela é teimosa demais. Pietro riu. – É minha filha, mas eu reconheço que sua teimosia irrita. Vanessa olhou para o marido de cara feia. – Olha, quem fala! A Kelly puxou você, coitada de mim que tem que aturar vocês dois. Pietro ficou sério não gostando das palavras da mulher. Vanessa me olhou. – Agradeço por tudo que está fazendo por ela. – É mais que a minha obrigação, eu só não estou casada com a sua filha agora por culpa dela. – Falei. – Com todo respeito a gente já teria casado e contaria só depois. – Por