P.V. EDGAROlha o redor procurando Kelly. Desde ontem quando saímos do trabalho, eu não tenho notícias dela. Cheguei a mandar algumas mensagens, mas ela não prolongou o assunto. Ainda não tive a chance de estar sozinha com ela desde a nossa caminhada no aniversário da Lyah. O bar estava com pouco movimento e logo vi os meus amigos, me aproximei deles ainda olhando ao redor a procura da Kelly já que ela não estava ali com eles.Sair com esse pessoal está cada dia mais chato. Infelizmente tenho que aturar esse povo sem noção. Cumprimentei algumas pessoas e Lyah veio me abraçar assim que me viu.- Cadê a Kelly? - Perguntei assim que desfez o abraço.Não consegui achar ela. Será que vai vir mais tarde?- Oi, para você também. - Lyah riu. - Kelly não vai vir hoje, ela viajou esse final de semana.- Viajou? Mas ela não diz nada. - Falei confuso. - Para onde ela foi?Chegamos a trocar mensagens, mas ela não me falou nada sobre essa viagem.- Ei, ei, ei. Relaxa aí tá bom? - Ela pegou um copo
P.V. KELLYConhecer a família do Eduardo foi de longe como imaginei que seria. Os pais dele foram um amor comigo e realmente não tive o que me preocupar com isso. Mas claro que nem tudo são flores e fiquei incomodada com a relação do Eduardo com seu irmão. Eles não se falaram em nenhum momento e isso parecia bem normal para eles, nem seus pais pareceu se incomodar com isso.Falei com Miguel poucas vezes e em todas foi gentil comigo, mas se limitou a conversar. Na hora do jantar o silêncio entre eles reinou, mas quando um falava seus pais sabiam conversar sem se perder na conversa com outro. Como é possível? Eu não falei tanto ainda querendo entender o que aconteceu entre Eduardo e Miguel. Depois do jantar Miguel se despediu e foi para seu quarto. Fiquei com Alba na sala enquanto Eduardo ia para o escritório conversar com seu pai.– Estou muito feliz em te conhecer, querida.Sorri para Alba. Eduardo se parece mais com o pai e Miguel parece demais com sua mãe.– Posso dizer o mesmo, Al
Eduardo me abraçou mais forte me prendendo ao seu corpo. Estamos de conchinha. Ele colocou o seu rosto na curva do meu pescoço e me beijou. Eu sorri e me arrepiei. Entrelacei nossos dedos.- Bom dia.- Bom dia. - Ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar mais. - Gosto quando você fica assim. - Eduardo sorriu contra o meu pescoço.- Sabia que você fazia isso de propósito. - Brinquei. - Acho melhor a gente levantar.Não quero ficar até tarde na cama e a família dele pensar que sou uma preguiçosa. Quero causar boa impressão.- Discordo. Deveríamos ficar mais um tempinho assim. - Eduardo levantou o rosto um pouco para poder me olhar. - A não ser que você esteja com fome?Quando o assunto é comida Eduardo é uma dor de cabeça. Eu me sinto uma criancinha perto dele nesses momentos.- Não é fome, mas não acho legal ficar até tarde na cama. Pelo que eu sei faz um bom tempo que você não vê a sua família. - Virei de barriga para cima para ver ele melhor. - Deveria passar mais tempo com ele
Me espreguicei antes de sentar na cama. Olhei para o lado e Eduardo não estava mais lá. Será que acordei muito tarde? Levantei da cama rapidamente e logo escutei o barulho do chuveiro sendo desligado. Não tinha notado o barulho do chuveiro. Sentei na cama novamente e ri de mim mesma. Estou assustada com tudo que vem acontecendo. Depois de ontem, como não ficar? Eu achei que seria tão tranquilo a nossa vida para e acabei me envolvendo em um bar discussão familiar, logo no primeiro dia.Deixa eu pensar em tudo que aconteceu: descobrir o motivo da briga do Eduardo com Miguel, Alba me pediu ajuda para Eduardo voltar aceitar o seu irmão, eu não consegui disfarçar a conversa que eu tive com Alba e acabei contando tudo para o Eduardo no dia seguinte, Eduardo não gostou de nada do que a Alba me disse e foi lá tirar satisfação, até aí tudo bem. Não tão bem, mas bem. Miguel aparece e aparentemente querendo ajudar a acabar com toda aquela discussão, mas piora as coisa e vem o pai deles resolver.
– Você está bem? – Eduardo perguntou.Bem, devido as últimas horas… Conhecer a família de Eduardo foi um desastre. Totalmente diferente do que eu imaginei. Ok, eu pensava que ia entrar numa família de ricos mimados e desrespeitosos. Por que eu pensei nisso? Ah, pelo jeito do Eduardo. Não que ele seja mimado e desrespeitoso, mas é mandão, ignorante e muito chato na maioria das vezes.Acreditei que ele poderia ter puxado esse lado da família.Não foi bem assim.Assim que cheguei e pude ter um pouco de contato com a família de Eduardo, logo pensei que tudo seria mil maravilhas e eu estava totalmente errada do que pensava
P.V. LyahSabe qual é a melhor parte de ser a melhor amiga da esposa do seu chefe? Simplesmente nenhuma! Eu continuo trabalhando igual a uma escrava. Não estou reclamando e nada disso. Pelo menos eu tenho um trabalho, mas sinceramente achei que eu teria algum benefício nisso tudo. Me lembro até hoje quando vi Eduardo Kelly conversando na frente da empresa. Foi tão estranho, eles pareciam ser bem próximos.Na hora comecei a duvidar que seria a Kelly ali. Kelly seria uma de tantos que saiu chorando da sala dele, minha amiga é sensível. Eu conheço ela. Agora o que foi mais estranho ainda foi ver o jeito que o Sr. Eduardo falava com ela, não era aquele jeito autoritário e sério como se fosse matar a qualquer um.
P.V. EDUARDO– Já conversamos sobre isso. – Kelly disse e pegou sua bolsa em cima do sofá.– E eu acho que deveríamos conversar maia sobre isso.Ela veio até mim sorrindo.– Talvez mais tarde ou vamos nos atrasar.– Eu não me importo…Ela me beijou me impedindo de continuar a falar. Kelly tem feito isso constantemente, finalmente descobriu o efeito que tem sobre mim. Ela sorriu mais uma vez e saiu, tinha um táxi lá fora esperando por ela. Nos últimos dias temos discutido sobre ela ter que pagar táxi para ir ao trabalho.Meu motorista poderia muito bem deixar lá no trabalho. Kelly ainda não quer que descobriu sobre o nosso relacionamento, não temos falado muito sobre isso. Mas a partir do momento que ela prefere pegar um táxi para ir comigo, isso já explica muita coisa. Tenho respeitado o tempo dela, logo estaremos casados e isso vai mudar. Também não tenho muito tempo para ficar falando sobre isso, infelizmente. Esse final de semana foi longo, vários trabalhos surgiram. Optei por col
Não fiquei ali para prestar socorro para Camila, ela não se mexia e pouco me importei com isso. Não sei quem tinha visto, mas estava ali há muito tempo. A pessoa viu tudo que fiz antes de Camila bater a cabeça. E uma coisa que eu não gosto é de testemunhas e ainda mais quando eu não sei quem é essa testemunha. Preciso saber quem está me vigiando e porquê. Sai correndo da minha casa, mas me certifiquei de trancar a porta. Olho de um lado para o outro tentando ver para onde a pessoa tinha ido. Sorri. Seria fácil!Correndo na direção da pessoa e conforme aproximando eu vi que segurava uma bolsa de lado. Apertei meus olhos mais em sua direção e pude ver que era uma mulher. Michele? Stefania? Essa era uma das poucas mulheres que me envolvi nessa cidade. Mas todas estão ocupadas hoje. Quem é essa mulher? Trabalha para alguém que está aqui para me vigiar?Ela olhou para trás e percebeu que eu estava atrás dela e correu mais ainda. Ainda não estou perto suficiente, não consegui ver o seu rost