Me espreguicei antes de sentar na cama. Olhei para o lado e Eduardo não estava mais lá. Será que acordei muito tarde? Levantei da cama rapidamente e logo escutei o barulho do chuveiro sendo desligado. Não tinha notado o barulho do chuveiro. Sentei na cama novamente e ri de mim mesma. Estou assustada com tudo que vem acontecendo. Depois de ontem, como não ficar? Eu achei que seria tão tranquilo a nossa vida para e acabei me envolvendo em um bar discussão familiar, logo no primeiro dia.Deixa eu pensar em tudo que aconteceu: descobrir o motivo da briga do Eduardo com Miguel, Alba me pediu ajuda para Eduardo voltar aceitar o seu irmão, eu não consegui disfarçar a conversa que eu tive com Alba e acabei contando tudo para o Eduardo no dia seguinte, Eduardo não gostou de nada do que a Alba me disse e foi lá tirar satisfação, até aí tudo bem. Não tão bem, mas bem. Miguel aparece e aparentemente querendo ajudar a acabar com toda aquela discussão, mas piora as coisa e vem o pai deles resolver.
– Você está bem? – Eduardo perguntou.Bem, devido as últimas horas… Conhecer a família de Eduardo foi um desastre. Totalmente diferente do que eu imaginei. Ok, eu pensava que ia entrar numa família de ricos mimados e desrespeitosos. Por que eu pensei nisso? Ah, pelo jeito do Eduardo. Não que ele seja mimado e desrespeitoso, mas é mandão, ignorante e muito chato na maioria das vezes.Acreditei que ele poderia ter puxado esse lado da família.Não foi bem assim.Assim que cheguei e pude ter um pouco de contato com a família de Eduardo, logo pensei que tudo seria mil maravilhas e eu estava totalmente errada do que pensava
P.V. LyahSabe qual é a melhor parte de ser a melhor amiga da esposa do seu chefe? Simplesmente nenhuma! Eu continuo trabalhando igual a uma escrava. Não estou reclamando e nada disso. Pelo menos eu tenho um trabalho, mas sinceramente achei que eu teria algum benefício nisso tudo. Me lembro até hoje quando vi Eduardo Kelly conversando na frente da empresa. Foi tão estranho, eles pareciam ser bem próximos.Na hora comecei a duvidar que seria a Kelly ali. Kelly seria uma de tantos que saiu chorando da sala dele, minha amiga é sensível. Eu conheço ela. Agora o que foi mais estranho ainda foi ver o jeito que o Sr. Eduardo falava com ela, não era aquele jeito autoritário e sério como se fosse matar a qualquer um.
P.V. EDUARDO– Já conversamos sobre isso. – Kelly disse e pegou sua bolsa em cima do sofá.– E eu acho que deveríamos conversar maia sobre isso.Ela veio até mim sorrindo.– Talvez mais tarde ou vamos nos atrasar.– Eu não me importo…Ela me beijou me impedindo de continuar a falar. Kelly tem feito isso constantemente, finalmente descobriu o efeito que tem sobre mim. Ela sorriu mais uma vez e saiu, tinha um táxi lá fora esperando por ela. Nos últimos dias temos discutido sobre ela ter que pagar táxi para ir ao trabalho.Meu motorista poderia muito bem deixar lá no trabalho. Kelly ainda não quer que descobriu sobre o nosso relacionamento, não temos falado muito sobre isso. Mas a partir do momento que ela prefere pegar um táxi para ir comigo, isso já explica muita coisa. Tenho respeitado o tempo dela, logo estaremos casados e isso vai mudar. Também não tenho muito tempo para ficar falando sobre isso, infelizmente. Esse final de semana foi longo, vários trabalhos surgiram. Optei por col
Não fiquei ali para prestar socorro para Camila, ela não se mexia e pouco me importei com isso. Não sei quem tinha visto, mas estava ali há muito tempo. A pessoa viu tudo que fiz antes de Camila bater a cabeça. E uma coisa que eu não gosto é de testemunhas e ainda mais quando eu não sei quem é essa testemunha. Preciso saber quem está me vigiando e porquê. Sai correndo da minha casa, mas me certifiquei de trancar a porta. Olho de um lado para o outro tentando ver para onde a pessoa tinha ido. Sorri. Seria fácil!Correndo na direção da pessoa e conforme aproximando eu vi que segurava uma bolsa de lado. Apertei meus olhos mais em sua direção e pude ver que era uma mulher. Michele? Stefania? Essa era uma das poucas mulheres que me envolvi nessa cidade. Mas todas estão ocupadas hoje. Quem é essa mulher? Trabalha para alguém que está aqui para me vigiar?Ela olhou para trás e percebeu que eu estava atrás dela e correu mais ainda. Ainda não estou perto suficiente, não consegui ver o seu rost
Eu não consegui dormir. Como eu conseguiria dormir com tudo que aconteceu. Fiquei deitada no sofá desde que cheguei, o medo foi tão grande que pensei que a qualquer momento Edgar poderia entrar no meu apartamento e me matar também. Cochilei algumas vezes, mas me obriguei a ficar acordada. Era difícil não pensar na Camila e ver ela deitada no chão, e todo aquele sangue. Não conseguia dormir por mais que eu tentasse.Tomei um banho gelado, antes de sair de casa. Eu não consegui comer nada é bem capaz de comer e vomitar tudo. Nem consigo pensar em comida numa hora dessa. Estou com problemas bem maiores e não sei como resolver, mas se uma coisa eu sei preciso ir ao trabalho. Acho que Edgar não me viu na noite passada e não quero que ele desconfie de nada. Ontem o táxi saiu bem rápido, não acho que el
P.V. Lyah– Eu vinha notando como Edgar trava a Kelly. – Comecei a explicar para Eduardo. – Ele sempre foi legal com todo mundo, sempre querendo ajudar e até eu estava gostando de estar trabalhando com ele. E ao contrário da Felipa que irrita bastante. – Eu bufei. – Mas eu notei o quanto era diferente com a Kelly e tive mais certeza nesse final de semana. Quando alguns colegas fomos para o bar, o Edgar também foi.Flashback onPreciso encher meu copo. Vou em direção a mesa, mas desviei o caminho quando vi o Edgar. Eu fui até ele e dou um abraço.- Cadê a Kelly? - Ele perguntou assim que desfez o abraço.Esse dai andar tão grudado na Kelly.- Oi, para você também. - Lyah riu. - Kelly não vai vir hoje, ela viajou esse final de semana.Minha amiga está tão chique. Ela viajou para o Canadá para conhecer a família do Eduardo. Esse relacionamento ainda é bem estranho para mim, mas dá para ver o quanto ela está feliz e é isso que importa.- Viajou? Mas ela não diz nada. - Edgar falou confuso.
P.V. KELLY Meu celular tocou no meio da entrevista. Sorri como um pedido de desculpas e peguei meu celular colocando no silencioso, nem vi quem tinha me ligado. Como eu pude dar um mole desse? Continuei com a entrevista. Hoje estou fazendo algo novo, nunca entrevistei alguém antes. Era para ser três hoje. Um para supervisionar, uma para entrevistar e um fotógrafo. Eu fiquei com o supervisionar, evitar qualquer imprevisto e tal, mas nosso entrevistador não pode vim. A equipe de filmagem já estava presente. Pensei em chamar a Lyah, mas ela não estava muito bem e na correria não pude ficar com a minha amiga. Mas assim que chegarmos, vou ver como ela está. Então sobrou para que eu fizesse a entrevista, enquanto Edgar fotografava. A entrevista ocorreu dentro de uma hora e meia. – Finalmente. – Falei para Edgar quando acabou. Ele riu. – Falando assim faz parecer que foi um tortura. – Ele virou a câmera para que eu pudesse ver as fotos. – Olha, você está linda em todas. Dou um tapa de l