Los Angeles. Olho a paisagem pela varanda do quarto de hotel que eu estou. Faz um tempo que não venho para Los Angeles, ainda mais sendo para passear. Assim que chegamos Eduardo me deixou no hotel e foi para uma reunião de trabalho. A vista daqui é maravilhosa e é claro que estamos em um dos melhores hotéis de Los Angeles. Brigamos por causa disso? sim, mas no final de tudo conseguimos chegar em um acordo.
Acordo esse que ele não concordou muito. Era mais do que óbvio que eu não conseguiria bancar um hotel desse e muito menos os serviços oferecidos aqui dentro. Mas como ele já tinha prometido que não ficaria somente no hotel e queria sair, então deixei avisado que eu pagaria nossas despesas do passeio.
Eduardo adora reforçar o quanto n&at
- Sabe Kelly? – Felipa fica me olhando. – Acho que você deveria mudar a cor do seu cabelo. Esse castanho está te deixando muito apagada.Felipa é a mais nova contratada do meu setor. Eu achava que falava, mas ela... Bem, Felipa gosta de dar opinião sobre tudo. Lyah perde a cabeça fácil com ela, eu não a culpo. Ao contrário da Lyah, não vou gritar com Felipa e falar para ela calar a boca. Essa semana além da Felipa, Edgar também está trabalhando conosco. Ele está na minha equipe e para tristeza da Lyah.Felipa alegra os dias de Lyah. Ou não.- Hum... eu gosto da cor do meu cabelo...- Ah, não. – Ela fez uma careta e pegou algumas mechas de meu cabelo e
Lyah está muito feliz com a chegada dos seus 25 anos. Eu sei como Lyah gosta de uma festa e em seu aniversário não tem data melhor para ela aproveitar. É nesse dia que ela realmente aproveita e não se controla para nada. Lyah tem uma regra clara que na festa do seu aniversário não pode ter nenhum parente seu, ela diz que é capaz deles deserdar ela. Eu não duvido. Cheguei em sua casa às oito da noite, o som estava bem alto.- Você chegou! - Lyah se jogou em meus braços. - Hum... Cadê o boy?Revirei os olhos.- Para de ser cínica.Rimos e ela me abraçou mais uma vez. Lyahh está bem mais a vontade em relação ao meu relacionamento com Eduardo e is
P.V. EDUARDO- Se tiver motivo para atrasar esse trabalho, eu vou te dar outro motivo para recuperar o tempo perdido. - Continuo sério e olhei em seus olhos. Seu medo é nítido. - O seu emprego. Sabe que não tolero atrasos principalmente em um projeto grande como esse.- Sim... Sim, senhor. - A mulher na minha frente fica sem jeito e sai da minha sala como se tivesse pegando fogo.Gabriel entra no momento em que ela sai.- O que aconteceu? - Ele riu. - Continua tocando o terror em seus funcionários. Achei que tinha mudado.- Cala a boca, Gabriel. - Massageie as têmporas. - Se você não está aqui para falar sobre trabalho, então vá embora. Eu não estou com tempo para ficar jogando conversa fora.Gabriel fechou a porta e se sentou na cadeira à minha frente.- Que bicho te mordeu? Você está mais estressado do que o normal.Fechei meus olhos por alguns segundos e massageei as têmporas. Eu não posso falar com ele o motivo de estar com raiva, porque Kelly não respondeu às minhas mensagens e
Hoje não me importei sobre a escolha do restaurante. Estou muito animada e com muita saudades do Eduardo para me estressar com isso. Quando saí do trabalho não demorei muito em casa e vi para cá. Eduardo já estava na sua sala privada no prédio.A recepcionista me levou até lá, a mesma cara de sempre e mais um vez não me importei.Não esperei a porta se fechar e logo estava em seus braços, fazendo Eduardo sorrir. Ele retribuiu o abraço e me senti acolhida. Estou com muita saudades dele e hoje quando o vi no meu setor, eu tive que me segurar para não abraçar e beijar ele. Eduardo beijou meu pescoço e me abraçou mais forte. Sorri.– Que tal, menos viagens até o final do ano? – Sugeri.Nos afastamos um pouco e Eduardo acariciou meu rosto.– Eu convidei você…– Sabe que não é desse jeito.Ele revirou os olhos e eu sorri mais. Fiquei nas pontas dos pés para beijá-lo, finalmente matando minha vontade. Para Eduardo, eu iria para todas as viagens com ele. Era tentador, não vou negar, mas não qu
Tenho certeza que Eduardo tem todo um plano em relação sobre conhecer a família um do outro. Aposto que tem data e hora, todo um planejamento para não ter imprevistos ou simplesmente para acontecer logo. Quando eu penso em uma pessoa organizada ele é o primeiro que vem na minha mente, mas não conseguimos controlar todo não é? E imprevisto pode sim acontecer.- Minha família mora mais longe, será uma viagem longa. Então pensei em começar por eles primeiro, o que acha?Terminei o resto de comida que tinha no meu prato e bebi um pouco d'água. Os pais de Eduardo moram no Canadá, eu nunca fui para lá. Por foto já vi o quanto é lindo e frio. O que me deixa mais nervosa é chegar com a notícia de que sou a noiva do Eduardo sem nem ao menos ter conversado com eles antes. Ele percebeu o meu desconforto.- Vai dar tudo certo. - Eduardo segurou a minha mão por cima da mesa. - O importante é estarmos juntos, lembra?Sorri para ele.- Tudo bem. - concordo. - Podemos ir ver à sua família primeiro.A
P.V. EDGAROlha o redor procurando Kelly. Desde ontem quando saímos do trabalho, eu não tenho notícias dela. Cheguei a mandar algumas mensagens, mas ela não prolongou o assunto. Ainda não tive a chance de estar sozinha com ela desde a nossa caminhada no aniversário da Lyah. O bar estava com pouco movimento e logo vi os meus amigos, me aproximei deles ainda olhando ao redor a procura da Kelly já que ela não estava ali com eles.Sair com esse pessoal está cada dia mais chato. Infelizmente tenho que aturar esse povo sem noção. Cumprimentei algumas pessoas e Lyah veio me abraçar assim que me viu.- Cadê a Kelly? - Perguntei assim que desfez o abraço.Não consegui achar ela. Será que vai vir mais tarde?- Oi, para você também. - Lyah riu. - Kelly não vai vir hoje, ela viajou esse final de semana.- Viajou? Mas ela não diz nada. - Falei confuso. - Para onde ela foi?Chegamos a trocar mensagens, mas ela não me falou nada sobre essa viagem.- Ei, ei, ei. Relaxa aí tá bom? - Ela pegou um copo
P.V. KELLYConhecer a família do Eduardo foi de longe como imaginei que seria. Os pais dele foram um amor comigo e realmente não tive o que me preocupar com isso. Mas claro que nem tudo são flores e fiquei incomodada com a relação do Eduardo com seu irmão. Eles não se falaram em nenhum momento e isso parecia bem normal para eles, nem seus pais pareceu se incomodar com isso.Falei com Miguel poucas vezes e em todas foi gentil comigo, mas se limitou a conversar. Na hora do jantar o silêncio entre eles reinou, mas quando um falava seus pais sabiam conversar sem se perder na conversa com outro. Como é possível? Eu não falei tanto ainda querendo entender o que aconteceu entre Eduardo e Miguel. Depois do jantar Miguel se despediu e foi para seu quarto. Fiquei com Alba na sala enquanto Eduardo ia para o escritório conversar com seu pai.– Estou muito feliz em te conhecer, querida.Sorri para Alba. Eduardo se parece mais com o pai e Miguel parece demais com sua mãe.– Posso dizer o mesmo, Al
Eduardo me abraçou mais forte me prendendo ao seu corpo. Estamos de conchinha. Ele colocou o seu rosto na curva do meu pescoço e me beijou. Eu sorri e me arrepiei. Entrelacei nossos dedos.- Bom dia.- Bom dia. - Ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar mais. - Gosto quando você fica assim. - Eduardo sorriu contra o meu pescoço.- Sabia que você fazia isso de propósito. - Brinquei. - Acho melhor a gente levantar.Não quero ficar até tarde na cama e a família dele pensar que sou uma preguiçosa. Quero causar boa impressão.- Discordo. Deveríamos ficar mais um tempinho assim. - Eduardo levantou o rosto um pouco para poder me olhar. - A não ser que você esteja com fome?Quando o assunto é comida Eduardo é uma dor de cabeça. Eu me sinto uma criancinha perto dele nesses momentos.- Não é fome, mas não acho legal ficar até tarde na cama. Pelo que eu sei faz um bom tempo que você não vê a sua família. - Virei de barriga para cima para ver ele melhor. - Deveria passar mais tempo com ele