João GonzalezFora muita persistência para conseguir com que Bruna Maria me deixasse entrar em sua casa para conversarmos. Eu não viera de tão longe para não resolver aquela situação entre nós dois.Precisava descobrir se ela sentia algo por mim. Uma semana inteira que passei longe dela quase enlouqueci. Por quê? Imaginei muitas coisas, entre elas, ela se envolvendo com um homem mais jovem que eu. Fiquei enciumado, admito.Ela aparentava estar tão nervosa quanto eu. Não sei se era porque estávamos a sós ou outra coisa. Eu poderia ter esperado para conversarmos durante o dia, todavia, não aguentaria esperar mais. Aquela conversa não poderia ser mais adiada.— Tive muitos pensamentos durante essa semana que passei longe de você. Não estou dizendo isso porque me sinto culpado. De modo algum me arrependo de ter roubado um beijo seu, entretanto, o meu erro foi ter ofendido você. — ela me ouvia com atenção, portanto, continuei. — Eu não soube como lidar com nossa situação de maneira madura.
Bruna MariaSaber que um homem como Gonzalez tinha interesses amorosos em mim e não somente prazeres carnais era assustador. Não sabia qual direção seguir sem me arrepender.Caminhei pelo hotel com os meus pensamentos atribulados. Eu tinha sentimentos por ele, no entanto, sentia medo. Como enfrentar sentimentos que nunca quisera ter? Não sabia como! Existiam barreiras que seriam um problema, como, por exemplo, a distância entre o Brasil e o México.Não foi uma coincidência me encontrar com ele no corredor, de um dos andares que não era o seu. Apertei firme o carrinho de limpeza. Olhei para o seu lado direito, pensando em sair correndo. Por que eu queria tanto fugir? Porque ainda não tinha uma resposta conclusiva sobre nós.— Finalmente te encontrei! Por acaso está me evitando? — perguntou, aproximando-se. — Por que está pálida? Bruna Maria, precisa de ajuda?Como não ficaria pálida? Ele estava na minha frente e aparentemente esperando uma resposta minha, ou não teria me procurado por
João GonzalezBruna Maria, estava me escondendo de suas amigas! Isso era lamentável! Eu estava começando a me incomodar. Não queria nada escondido como se fossemos um caso proibido. Por que suas amigas não poderiam saber de nós?Não tinha nada de errado elas saberem que estávamos nos conhecendo melhor. Minhas intenções eram as melhores, queria namorá-la e quem sabe casar no futuro. No entanto, eu não queria estar escondido de ninguém.Samuel, sabia sobre nossa situação amorosa, e se não fosse por seus conselhos, não teria voltado para o Brasil. Por que ela queria tanto manter sigilo? Os dias com ela eram maravilhosos!Antigamente costumava acreditar que nenhum relacionamento valeria a pena. Após anos me dedicando somente ao trabalho e ao meu irmão, abri meus olhos para algo novo. Vivi durante muito tempo me enganando de que o amor de uma mulher não era tão importante assim, até conhecê-la e querer tudo.Minha família começou a ficar preocupada com a minha ausência do país. Eu era um h
Bruna MariaQuando dizem que nem tudo são flores, é um ditado verdadeiro! Estava passando por pequenas discussões com João. Não éramos namorados de verdade ainda. Como seria quando fossemos? A resposta poderia não ser muito agradável.Não gostava de ser pressionada por ninguém. O que ele queria de mim era uma decisão difícil a curto prazo! Ele queria que eu pensasse no futuro com ele. Era pressão em cima de pressão, não era nada simples. Deixar o Brasil para me aventurar no México, era loucura!Por que mantinha nossa relação em segredo? Por precaução! Quanto tempo estaríamos juntos? Não sabíamos! Eu não queria que ninguém ficasse com pena de mim, caso nossa relação não fosse em diante. Por mais apaixonado que ele aparentasse ser, minhas inseguranças eram enormes.Meus sentimentos eram tão grandes quanto meu medo de me machucar.— Conversamos mais tarde! Tenho que trabalhar. Não quero problemas com a supervisora! — não era uma desculpa para fugir do assunto, era porque minha preocupaçã
João GonzalezNão era para estar sozinho naquela noite, entretanto, Bruna Maria, escolheu que fosse assim, portanto, saí do hotel para jantar sozinho. De jeito algum tinha porque ficar triste em um quarto. Eram tantas coisas para pensar, mas que naquele momento não queria.Após o jantar solitário decidi caminhar um pouco pela praia. Aonde quer que fosse, minhas sombras estavam junto. Estou falando dos meus seguranças. Eles me acompanhavam há poucos metros de mim.Entre privacidade e segurança, optei por segurança. Ter cuidado nunca era demais. O dinheiro não ajudou nas investigações de quem encomendou o assassinato dos meus pais. Eu queria um nome há muitos anos, no entanto, não tinha nada. E se essa pessoa quisesse terminar o que começou? O assassino não assassinou meu irmão e eu porque foi detido antes, sabendo desse fato, não vivia uma vida tranquila.Quando retornei para o hotel observei a senhora Gabriela discutindo perto da recepção com um homem, ele parecia querer agredi-la fis
Bruna MariaO irmão de João veio para o Brasil inesperadamente, deixando-o muito preocupado, pois não avisou nada sobre sua viagem. Ficaria atenta a qualquer jovem que falasse enrolado no hotel.Sentia-me angustiada e desconfortável por minha relação amorosa está sendo um fiasco. Gostava muito do meu mexicano, no entanto, haviam questões que nos afastavam a cada dia. Minhas inseguranças não ajudavam em nada. Queria conseguir ter uma conversa sem causar uma discussão, mas parecia impossível.Entrei no quarto de dona Gabriela após ela me chamar. Não queria que ela percebesse minha tristeza, portanto, coloquei um sorriso no rosto. Ela parecia bastante ansiosa. Pediu-me para sentar e ouvisse-a com atenção— Sabe Bruna, você se tornou além de uma grande amiga, como se fosse uma filha para mim. Sei que posso confiar em você, que não irá me decepcionar. Tem algo que quero te entregar. — disse ela, me entregando um documento. — Passei parte dos meus bens para o seu nome, incluindo este hotel.
João GonzalezMinha relação com Bruna Maria era complicada, por mais que tentássemos nos entender parecia que tinha algo que empatava que ficássemos juntos de verdade. As dificuldades e falta de apoio era um caos em nossas vidas.Apesar dos nossos problemas, meus sentimentos continuavam os mesmos por ela. Queria que ela me entendesse mais e pudéssemos iniciar de fato um relacionamento sério. Eu não tinha idade para ser um ficante de momento.Após duas semanas do desaparecimento de Samuel, finalmente obtive notícias do seu paradeiro, fui à sua procura. Não posso dizer que ele me recebeu com amor porque não foi isso que aconteceu!— Como você me encontrou? Você não deveria estar aqui! João, não é seguro você está junto comigo, por favor, vai embora! — disse ele, tentando fechar a porta na minha cara, do hotel que estava hospedado, com outro nome, no entanto, eu consegui passar pela porta, empurrando ele para dentro do quarto.— Você está horrível! Diz logo de uma vez o que está acontece
Bruna MariaMinha rotina estava muito cansativa, não pensei que ser a chefe, o trabalho seria em dobro. Nunca cansara tanto como nos últimos dias. Por que estou reclamando? Na verdade, não estou! Era necessário meu esforço no hotel, pois não queria deixar nas mãos de ninguém.Dona Gabriela quando administrava o hotel era ausente, não posso culpá-la porque ela tinha seus problemas. Eu queria ser presente ao contrário dela que não foi na sua administração como proprietária.Planejava a compra de uma casa. Minha intenção era trazer a minha avó Olivia para morar comigo. Como ela ficou após a notícia? Ela estava relutante, pois não queria deixar sua cidade do interior para morar na cidade grande.Contudo, eu queria que ela estivesse perto de mim, entende? Mesmo meu amigo Mateus ajudá-la não era sua obrigação. Era a tarefa da família cuidar daquela senhora que era mais que uma mãe para mim. Não sabia como, mas convenceria ela de que o melhor era morar com sua neta amada do que estar sozinha