Alguns dias depois, Francesca se instalou no apartamento do filho e disse que veio para ficar. — Mas mãe e a sua quitanda?— Valentim quis saber. — Eu deixei uma amiga de confiança cuidando. O que eu não posso é deixar você se acabar na cachaça! Nina não recebeu visita do noivo até o dia do casamento, que foi marcado para trinta dias após o noivado, como queria Salvatore. Na mansão, foi um alvoroço. Giulia e Gioconda estavam muito agitadas. A festa de casamento seria num salão de festas luxuoso, mas era muita correria com o vestido de Nina. A moça não estava nem um pouco animada. — Nina, melhora essa cara! Io nunca que vi uma noiva tão triste! — Giulia dizia impaciente no quarto da neta. — Sim, isso mesmo mamma, per que a infelice ideia foi tua mesmo, Nina!— Gioconda também desabafou aborrecida. Luca chegou afogado falando nervoso: — Nina, tuo padre está impaciente, han! Pediu para eu te falar que é para tu descer logo! Gioconda olhou para o homem e segurou o peito com a mão,
Octávio se surpreende ao ver Nina voltar para tomar o braço do pai. No fundo, ele estava aliviado por pensar que ela teria desistido de se casar com ele. Mas ela vinha ao seu encontro. Não estava feliz, ele podia ver, mas ela vinha para o sacrifício que ela mesma escolheu ao se decepcionar com Valentim. Enquanto isso, Valentim se dirigia para o seu carro, sob o olhar de vários homens de Salvatore. Ao chegar no carro, que estava estacionado numa rua atrás da igreja, Francesca e Susan estavam o esperando, ansiosas. — E aí, Valentim? Cadê a noiva?— era Susan preocupada. Valentim não respondeu e entrou no carro cabisbaixo. Sua mãe acariciou os seus cabelos e o puxou para um abraço. — Ela não me perdoou, mãe! Ela vai se casar com aquele bandido!— ele desabafou choroso. Francesca ergueu o queixo e segurou firme na sua bolsa preta, sem alça, dizendo enquanto empurrava a porta para fora: — Ma io ela vai ter que ouvir, han! Nesse momento, Valentim se desesperou. — Mãe, não! Não v
Depois da festa, Nina e Octávio se recolheram para a casa dele. Luizão abriu a porta para Nina e ajudou a colocar todo o vestido para dentro do carro. Nina estava exausta, sentindo-se pesada, enquanto que Octávio sentou-se do seu lado tranquilamente. Não parecia nem de longe ser seu marido. Chegaram a casa, enfim e Nina olhou admirada. A casa era linda, tinha um jardim na frente, uma piscina grande e uma garagem enorme com alguns carros. Nina riu pensando na mãe. Não era uma casinha. Podia ver que tinha um andar de cima, que seria dos quartos e não era pequeno. As criadas estavam ansiosas e ficaram admiradas com a beleza da moça. Nina ouviu quando uma delas comentou baixinho para a outra: "Mas o que esse homem tem que só arruma mulheres bonitas! " Nina olhou para o marido e observou que ele tinha quase a idade do seu pai, mas era muito bonito, tinha um jeito sedutor, mas que tinha cara de cafajeste, enquanto que Salvatore, era um lorde. No fundo eram farinha do mesmo saco. O
Octavio protegia o rosto desesperado, enquanto implorava: — Calma, Nina! Calma! Fica calma, pelo amor de Deus! — Você me chamou de quê mesmo, Octávio?— Nina gritava com o corpo inclinado para frente. Octávio ainda estava no chão, completamente despido, o que deixou Nina ainda mais nervosa. Ela olhou para o corpo do marido e admirou o seu abdômen sarado. — Nossa Octávio!— ela exclamou trazendo o corpo de volta. — O que foi?— ele indagou olhando o seu membro e suspirou aliviado constatando que não tinha ereção. De repente, Nina viu a sua calcinha no chão e assustou-se. Ela não disse nada, mas Octávio se apressou em apanhá-la e estendeu na direção dela. Nina tomou rapidamente das mãos de Octávio e saiu na direção do banheiro. Ela guardou a lingerie no cesto de roupas sujas e voltou rapidamente. Octávio acompanhou com o olhar, Nina se dirigir para o closet de onde tirou outra calcinha e vestiu resmungando qualquer coisa que ele não entendeu, mas aproveitou para se levantar do chã
Nina chegou afobada no jardim procurando por Luca. O homem a viu e foi ao seu encontro. — Luca! Preciso que fique atento! Quero saber dos negócios entre meu pai e o meu marido!— ela disse com voz firme. — Sim, claro, Nina!— Luca disse assentindo curioso. Nina começou a caminhar na direção do seu carro, falando: — Esse Octávio é muito pior do que eu podia imaginar! Fique atento e me passe tudo o que descobrir! Luca acompanhou Nina até o carro e se apoiou na porta do veículo quando ela entrou. — Por favor, se cuide!— ele disse. — Na hora certa, eu vou mostrar para Octávio quem manda!— Nina disse isso e partiu de volta para casa. Nina chegou em casa e o marido estava na piscina conversando com Luizão. Ela só olhou e passou direto. Octávio acompanhou a esposa com o olhar, enquanto desabafava: — Viu ai, Luizão? Parece que me casei ontem com essa garota mimada? Se fosse a Susan eu estava trancado no quarto com ela o dia inteiro! Luizão ficou pensativo ao ouvir o nome de Susan. E
Quando Octávio chegou no quarto, se preparando para jogar o seu charme irresistível para a esposa, ouviu o barulho do chuveiro. Ele sorriu malicioso e começou a se despir. Se olhou no espelho e admirou o próprio corpo sarado, depois avançou para a porta do banheiro, mas a mesma estava trancada. Octávio ficou decepcionado, mas achou que a esposa estava se preparando para surpreendê-lo e sentou-se à beira da cama para esperá-la. Depois de muito tempo, quando Octávio já estava desanimado, Nina finalmente saiu do banheiro. Octávio ergueu as sobrancelhas e ficou em choque. Nunca havia visto uma mulher ir para a cama naqueles trajes. — O que foi? Não gostou do meu pijama?— Nina indagou sorrindo, exibindo o seu pijama infantil com muitos detalhes que deixariam qualquer criança feliz. — Está brincando comigo!— Octávio exclamou se levantando. No momento em que Octávio avançou para Nina, ela deu um passo para trás e estendeu as mãos para a frente. — Não tente bancar o engraçadinho comig
Octávio entrou com a moça e a levou até a mesa de jantar onde Nina jantava tranquilamente. — O que significa isso?— ela indagou levantando-se assustada. Luizão vinha logo atrás e reprovava o patrão com o olhar. Mas Octávio vinha sorridente e provocativo falando: — Essa é Larissa! Minha amiga! Veio jantar conosco! A moça olhava deslumbrada para a decoração da mesa. As criadas chegaram apressadas e Octávio lhes deu ordem para colocar mais dois lugares à mesa. A visita sentou-se numa cadeira de frente para Nina e ela então sentou-se segurando a raiva. — Você não pode fazer isso, Octávio! Somos casados!– Nina disse contendo a sua fúria interior. Octávio estava se divertindo com o mal estar da esposa e dizia: — Querida, relaxa, a Larissa só está fazendo o seu papel! Acabamos de ter um orgasmo no carro! Nina abriu a boca, mas estava tão chocada que não conseguiu responder, então Octávio continuou: — Eu contei tudo para o seu pai e ele me apoiou, querida! Estou faminto! Vamos
Octávio entrou no quarto e desabou na cama. Estava exausto! Adormeceu rapidamente, enquanto que Nina demorou a dormir curiosa para saber o que o marido fez enquanto esteve ausente. No dia seguinte, quando Octávio saiu com Luizão, Nina correu para a cozinha e percebeu que as criadas estavam estranhas. — Aconteceu alguma coisa, meninas?— ela quis saber. Rita deu as costas e foi lavar a louça sem responder, enquanto que Jane estava nervosa, trazendo as louças da mesa do café. Nina estava sentada na mesa de apoio da copa e olhava para as criadas tentando descobrir o que elas escondiam. — Vamos falar mais sobre Octavio? Vocês pareciam tão empolgadas na nossa última conversa! — ela disse correndo os olhos pelas duas moças. Jane engasgou nervosa e Rita virou-se assustada. Nina olhou desconfiada e se levantou descansando as mãos na cintura. Faltavam só os trajes em preto, colados ao corpo. — Desembucha logo de uma vez! O que estão escondendo de mim! As moças ficaram estáticas. Não