DesconhecidoO velho solta uma gargalhada, bebendo um dos meus melhores uísques. Dispenso os quatros homens a minha frente e abro o envelope, tirando as fotos de dentro.— Parece que você falhou, meu amigo.Olho em direção ao mesmo com uma sobrancelha erguida, de forma calma observo as fotos enquanto sua risada roca ecoa pelo local.— Não sei do que está falando.Respondo colocando as novas fotos em cima da mesa de madeira, uma ao lado da outra bem alinhadas.— Como assim? Aquele tal de Adam não está morto? e sem fala que você não sabe quem está ajudando os Stentons.— Oh não, eu sei sim.Fala pegando uma foto e girando a mesma em sua direção.— O nome dela é Maria, bom era. Agora ela se chama Asli.— E como você sabe que é ela?Ponho a foto de volta e me levanto, sentando na poltrona a sua frente. Passo a mão pelo queixo e observo as peças de xadrez atentamente.— Adam, foi se comunicar com o ajudante, como ele sabia que estava sendo vigiado fez contato com ela dentro do banco.— E i
Filipo— Então vamos nos prepara.Decreto me erguendo da poltrona. Alex, faz um breve aceno indo embora. Papai e Ferhat se aproximam de mim, de forma cautelosa. Olhando em voltar para terem a confirmação de que ninguém nos observa.— Filipo, você tem certeza que é uma boa idéia?Ferhat, pergunta desconfiado. Levo meu olhar para o meu Pai que presumo pensar a mesma coisa.— Confio na Asli, e só disso que precisam saber.Falo saindo do local, deixado ambos com expressões nada boa. Mas nenhum fala em protesto. Passo o resto do dia no escritório elaborando planos e pensando nesse novo inimigo. Olho em direção a porta ao ouvir a mesma abrir. Enny adrenta o local sustentando um sorriso doce.— O que faz aqui?Pergunto focando meu olhar na mesma, ainda erguendo o queixo com o polegar e o indicador sobre os lábios. A mesma ergue os ombros e senta em frente a mesa me encarando de volta.— Você não foi comer mais cedo, presume que não iria jantar também...— Então você veio trazer algo para mi
FilipoFaltava poucos minutos para a equipe de Asli, chegar. Observo de forma atenta ao redor da casa, ninguém diz uma palavra sequer.— Filipo, você acha que vai fazer alguma diferença se esses homens vierem? Afinal não temos idéia de qual é a aparência deles. E se forem nossos inimigos infiltrados.Meu Pai se pronúncia quebrando a tensão no ar.— É possível. So quê ter mais homens significa ter mais proteção.Ouço o mesmo suspirar, viro em sua direção e a preocupação é nítida.— Me pergunto o que deixamos passar.Fala pensativo com o olhar distante, como se estivesse tentando reviver cada momento em sua vida. E nesses momentos que sinto saudade das palhaçadas do Adam, ele já teria soltado alguma piada qualquer e aliviado a preocupação e estresse. Uma gargalhada curta e repentina soa no local, olho em direção a Ferhat, que passa a mão pela barba.— Se o Maurício, não estivesse morto. Juraria que séria ele.— Mas isso é impossível.Enny protesta encarando seu marido.— De fato!O mes
FilipoO mesmo me encara contrariado, mas logo sobe as magas de sua camisa. Observo de forma atenta seus ante-braços, uma cicatriz redonda um pouco abaixo do seu cotovelo me chama atenção. De fato não é uma cicatriz comum, mas sim uma de bala. Seguro seu pulso e giro seu braço, do outro lá a marca de saída. Bingo!— Como consegui isso?Não preciso encara-lo para saber que ele está encarando a cicatriz. Mas não sinto seu corpo ficar rígido ou qualquer coisa parecida, nem mesmo sinto sua pulsação acelerar. Pelo contrário. Ele continua calma desde que chegou aqui.— Já faz alguns anos. Foi quando eu era pequeno, tentei roubar a carteira de um cara e paguei por isso.Solto seu pulso e giro meu corpo e saio do local, deixando o mesmo sozinho. Com uma expressão contrariada. Entro em meu quarto e vejo Victória, colocando nossas roupas em uma mala.— Não precisa fazer isso.Comento sentando ao lado da mala, sobre a cama. Sem me dá ouvidos ele continua pegando as mudas de roupa do closet, e po
ClaraMeu olhar vai da minha filha a Victória, que me observam espantadas. Ergo uma sobrancelha e ando de forma casual até ambas. Abro uma gaveta e pego uma colher afundando no pote de sorvete e trazendo uma contidade generosa a boca.— Mamãe nós não queriamos causar nenhum alarde, por isso não contamos.— Eu sei, porque acha que não disse nada sobre eu está grávida também.A boca de Enny, se abre ficando em formato de "O", e Victória, ergue as sobrancelhas escuras em surpresa.— O que? Eu estou velha, não morta!Completo de forma humorada, saboreando o gosto do chocolate.— Eu nem consigo acreditar, nós três grávidas.Victória, fala de forma inacreditada. Eu também não consigo, mas tento transparecer calma. Já passei por isso pela primeira vez com eles, quase surtei quando descobri. Mas por sorte Ric, estava ao meu lado.— Eu concordo.Enny, se pronúncia balançando a cabeça em positivo.— Só espero que tenhamos mas sorte do que a primeira vez.Falo olhando através da janela, meus pen
Gastón Alguns minutos antes!Mais um irmão! Eu vou ter mais um irmão! E sobrinhos! Estranhamente isso me faz lembra de Cristina, quando estava grávida da Esmeralda. E o que senti quando ela me contou. Muitas vezes me imaginei com minha mãe, em como ela ficaria feliz em saber que seria avó.A mesma se vira para ir embora, mas seguro seu pulso fazendo a mesma olhar para mim.— Senhora Stenton, é verdade que você, sua filha e Victória estão gravidas?Observo sua expressão fechar.— Isso não é da sua conta!Fala puxando seu braço com brutalidade, subindo as escadas. Fico no mesmo lugar encarando o vazio, encaro minha mão a que a segurei. Sua pele é tão macia e delicada, levo minha mão ao meu nariz e inalo seu cheiro. Já me perguntei milhares de vezes como seria o cheiro da minha Mãe, a macies que sua mão afagaria minha cabeça.Me lembro do que ela disse a alguns minutos atrás, a forma como nasci e como ela e meu Pai me deixaram para trás, para os monstros. Sinto o ódio invadir meu peito e
GastónMe identifiquei bastante com suas palavras, até mas do que deveria. Sua expressão cansada me faz sentir estranhamente incomodado. Pego um doce que gosto do meu bolso e estendo em sua direção, a mesma franze as sobrancelha.— E o meu doce favorito, você pode ficar com ele.Falo balancando a embalagem no ar. a mesma sorri antes de pegar o mesmo da minha mão e abre o mesmo pondo o doce na boca. Em poucos sengundos sua expressão se ilumina. A mesma solta um gemido, igual a de uma criança e aperta os olhos apreciando o gosto. Meu pequeno anjo, faz essa mesma expressão quando dou um desses a ele.— Seu sorriso é muito bonito.Volto meu olhar para mesma, que me encara de forma curiosa com a cabeça enclinada de lado. Ao nota isso volto a minha expressão neutra e me afasto da mesma, não posso deixa isso me afetar. Mas seu jeito doce de menina me faz sentir feliz, com seu sorriso tão puro e inocente. Eu tenho fotos dela de quando era criança, mas gostaria de ter visto ela pessoalmente, c
GastónFalo mesmo não sendo uma justificativa, afinal o que fiz não tem perdão. Mas ainda a tempo de reparar os meus erros.— Mas agora sim! E eu juro que ninguém, nunca mas. Vai machucar vocês! Nem mesmo eu.Passo a manga da blusa pelo meu nariz, tirando o sangue seco. Faço menção de me afastar mas sinto uma mão quente e pequena segura meu pulso. Olho para trás e observo Clara, chorosa.— Eu não vou deixar! Você é o meu filho, não vou te perder mais uma vez.Sinto uma batida do meu coração vacilar, e seguro seu braço. Trazendo seu pequeno corpo para mim. A envolvo em meus braços e aperto a mesma com força, com medo que ela vá embora ou suma. Sinto meus olhos arder e lágrimas quentes rolar pelo meu rosto. Afundo meu rosto em seus cabelos inalando seu cheiro, guardando em minha memória.— Eu amo você.Falo em um fio de voz, a segurando pelo ombros a afastando de mim. Me viro mais uma vez indo em direção ao jato, noto uma presença ao meu lado e vejo Filipo, ir na minha frente em direção