Lili — Claro! Alice e eu vamos nos divertir muito, não é filha? — Éeeee! — Forço um sorriso para os dois. — Ok e obrigada! — Não há de que! — Ok, depois dessa conversa curta e bem esquisita eu corri para a escadaria direto para o meu quarto, peguei a minha bolsa e assim que retornei à sala, a campainha começou a tocar. — Juízo vocês dois, hein, não vão derrubar a minha casa! *** Dois dias depois... Uma batida na porta do meu escritório me faz erguer a cabeça dos papéis e Sam entra sorridente trazendo consigo um pequeno embrulho quadrado. É perceptível o brilho nos seus olhos, o sorriso bobo constante nos seus lábios e a garota apesar de ter sempre um comportamento cordial e alegre, parece ainda mais leve que o habitual. Coisas do amor, imagino. — Bom dia, Lilian! — Bom dia, Sam! A que devo a honra dessa visita tão brilhante? Sim, porque você parece o sol em toda a sua plenitude. — Brinco a abraçando e deixo um beijo em seu rosto, porém, o meu comentário lhe arranca uma sonora
Dante — Nesses últimos meses temos perdido alguns clientes importantes e isso tem deixado alguns associados preocupados... — Uma reunião importante a qual eu deveria estar atento, mas não estou. Os meus olhos estão fixos na minha mais nova funcionária que está sentada do outro lado da mesa retangular e ao lado do meu advogado, e por mais que eles tentem se discretos estão aos sussurros e risos de cumplicidade, quando também deveriam estar prestando atenção aos relatórios semanais. Qual é a do Max, ele quer levá-la para a cama? E qual é a da Lilian? Ela nem é de se engraçar para qualquer marmanjo? Ou isso é só comigo? Sinto alguém me cutucar ao lado e com um suspiro olho para Sam que cobra a minha atenção. — Devemos rever os nossos passos, onde realmente estamos errando? — Penso em dizer algo, mas alguém na mesa ergue um dedo e eu lhe dou a palavra. — Solicito uma audição, senhor Travel... — Minha atenção é roubada novamente quando a mão de Max para sobre a mão de Lilian. Como po
Dante — Acho que devia se perguntar se realmente gosta dele. Porque se a resposta for sim, não porque não aceitar. — A garota me abre um sorriso largo. — O que foi? — inquiro retribuindo o gesto. — Você apaixonado é outra pessoa. — Engulo o meu sorriso e arqueio as sobrancelhas. — Por que acha que estou apaixonado? — Ah vai, Dante. Você nem consegue mais disfarçar. — Respiro fundo e me preparo para aquele desabafo quando a porta do meu escritório se abre bruscamente. — Pra fora, garota! — Kimberly, o que faz aqui? — Amanhã é o nosso casamento e preciso que me acompanhe para tirar algumas fotos. — Rolo os olhos. — Eu vou deixá-los a sós. Com licença! — Samantha sai fechando a porta e eu encaro a minha noiva. — Eu não posso, tenho muito trabalho a fazer. — Dante Travel, são as fotos do nosso casamento e eu não posso fazer isso sozinha! — Então encontre outro momento, agora não dá! — Será apenas algumas horinhas, meu amorzinho perfeito. — Ela praticamente ronrona a frase. — Pr
Lili Seus beijos, ah os seus beijos! Eles são tão doces, tão curtos e molhados deslizando pelas minhas costas nuas, causando-me arrepios gostosos, deixando o meu corpo cada vez mais amolecido e preguiçoso. Espera, beijos?! Abro os olhos bruscamente, mas continuo sentindo os seus beijos. Então sorrio languida. Não era um sonho a final. É bem real! Ele está aqui e eu me entreguei para ele de verdade. Oh Deus, e foi tão bom! Ansiosa por mais, eu me viro, revelando para ele o meu tronco despido e encontro um lindo sorriso matinal. — Bom dia, Senhorita Ricci! — Sua voz rouca de sono faz uma pequena e significativa parte de mim esquentar consideravelmente. — Bom dia, Senhor Travel! Espera, bom dia?! Que horas são? — Hora de fazer sexo matinal com a minha garota. — Dante sibila, voltando a fazer suas trilhas de beijos, dessa vez pelo meu pescoço. — É sério, Dante! Você nem deveria ter dormido aqui — resmungo rolando para o lado em uma tentativa frustrante de sair da cama, porque o meu CE
Lili — Não! — Sim! — respondemos ao mesmo tempo e eu praticamente fulmino o Dante com os meus olhos. Então me agacho para ficar da altura da minha filha. — O papai teve um problema e precisou da minha ajuda. Então ficou ele dormiu aqui. — Na sua cama? — Oh merda! — Alice querida, ainda muito cedo. Que tal voltar para a cama, hum? — Vocês estão namorando? — Ela insiste e vencida eu fecho os olhos. — A mamãe promete explicar tudo pra você, mas por hora, eu quero que você volte... — Se o papai namorasse a mamãe, você ia gostar? — Mas que diabos de pergunta é essa? Rosno mentalmente o encarando. — Sim! Sim! Vocês estão? — Dante me fita com um olhar provocador. — E aí, estamos? — Filho de uma mãe! — O xingo sem emitir som e um sorriso largo e presunçoso se abre no rosto perfeitamente quadrado. — Estão, mamãe? — Ah... sim... eu acho. — Viu, filha, agora você pode voltar pra cama. — Ele pisca um olho para menina. — Eu amo vocês! — diz e simplesmente volta para o quarto. — Você
Lili Uma mesa farta e a minha família novamente reunida. Ah, Deus como senti saudades disso! As suas bocas se mexem e se mexem o tempo todo, e eles riem, mas eu não faço ideia sobre o que estão falando, pois, a minha mente está presa a um momento inesquecível da minha vida. — Eu te amo, Lilian Ricci! — Esse... entre outros. E pensar que o meu coração quase parou com essa sua declaração. Oh céus, ainda consigo sentir os seus beijos e cada toque seu. Os seus sussurros, os rugidos na hora de... — Porra, a camisinha! — O que disse, filha? — O quê? Nada! Será que vocês podem levar Alice para a escola hoje, eu tenho que resolver uma coisa. — Saio imediatamente da cadeira. — Lilia, aonde vai? Mas você nem comeu nada, filha! — ignoro todos os protestos da minha avó e corro direto para o meu quarto. Ajeito a minha bolsa com pressa no meu ombro e no caminho para fora de casa faço uma ligação de emergência. — Consultório da doutora Livia Scott! — Ah, oi! Eu gostaria de marcar uma consulta
Lili — Ele está perdido no vendaval de mentiras daquela mulher. — O que ela te disse? — O faço sentar-se no sofá e me sento ao seu lado. — Um monte de besteiras. Que estava cansada de ser a bonequinha de luxo do meu pai, que era prisioneira dele, que precisava de liberdade. Um monte de merdas. Nós discutimos feio e eu acabei dizendo coisas... — Ele respira fundo e se deita no sofá, encarando o teto em seguida. — Eu a expulsei de casa, Lilian. A expulsei da minha vida, de tudo. — Eu sinto muito! — sibilo me deitando do seu lado e ele beija calidamente o topo da minha cabeça. — Estou com raiva deles, da minha mãe e do meu pai. Eles não podiam ter feito isso comigo! — Que tal sairmos um pouco daqui, de fugir desses problemas nem que seja por algumas horas? — Dante vira a cabeça de lado e os nossos olhos se encontram. — Tem alguma sugestão? — Ele segura o meu queixo e me beija rápido. — Ah, que fofo! — Uma voz feminina invade o escritório e nos levantamos imediatamente. Uma garota
Lili Logo sinto as suas mãos segurar em cada lado da minha cintura e Dante me puxa com suavidade para os meus braços. Os nossos olhos se conectam e sua respiração ofegante b**e contra a minha pele quando se inclina para mais perto do meu rosto. Meus braços logo envolvem o seu pescoço e ele insinua um beijo no canto da minha boca, depois outro e mais outro, e quando ele pensa em aprofundá-lo e levá-lo para outro limite, eu me afasto dos meus braços, lançando lhe um olhar impetuoso. Com certeza ele deve estar se perguntando: o que estará se passando pela minha cabeça? Bom, e eu lhe respondo livrando-me da minha blusa. Ele parece preocupado agora, porque seus lindos olhos correm rapidamente de um lado para o outra da extensão da praia. O fato é que não tem ninguém aqui além de nós dois e quando Dante percebe isso, me fita cheio de desejo e começa a se livrar da sua camisa também. Apressada, eu me livro da calça de tecido e os seus olhos praticamente devoram o meu corpo vestido apenas