Dante É claro que evitei os seus olhos e evitei ainda mais prolongar essa conversa. Merda, eu tenho a porra de um contrato que me impede de me relacionar com outras mulheres por um ano. E como farei isso quando o meu corpo inteiro reclama estar perto dessa garota? Isso é algum tipo de prova? Porque se for estão fazendo de tudo para me reprovar. Passar o resto da manhã com a cara enfiada nos papéis foi fácil e sim, eu evitei todo mundo. Principalmente o Max, poque estava por um fio de arrebentar a cara do desgraçado só de imaginar ele colado na mulher que está bagunçado a minha vida. — Estou indo almoçar, você vem? — Sam pergunta colocando uma cabeça em uma brecha que acabou de abrir na porta. — Ah, não. Eu pedi um sanduíche com suco para a minha secretária. — Sério? — Dou de ombros. — Muito trabalho. — Aponto para a pilha de papéis que já estão devidamente revisadas e assinadas. — Boa sorte pra você! — Valeu! — sibilo. A verdade é que não estou disposto a assistir o imbecil do m
Lili Pilhas de papéis nunca foram um problema para mim. Sério, eu gosto dos números e das trilhas que eles deixam pelo caminho. Administrar uma empresa de grande porta nunca seria fácil, mas se tornaria um grande desafio e consequentemente uma aventura para mim. No entanto, eu nunca vi antes na minha vida um trabalho tão malfeito como o que tenho nas minhas mãos agora. Quer dizer, as trilhas não se encontram nunca e parecem sempre terminar de frente para uma parede, ou seja, não existe respostas para as lacunas. E para entender melhor esse desafio, resolvi trilhar a minha própria rota, mas para isso precisei do alvar do presidente dessa empresa, ou seja, do Dante. Portanto, me sentei no chão bem no centro do meu escritório e comecei a espalhar a papelada de forma estratégica para fazer as devidas análises e anotações. O resultado? Ainda não sei exatamente onde isso me levará, mas estou vendo trabalho em dobro pela frente. É incrível como Dante Travel – o pai não se atentou para esses
Lili — Está se referindo a visita que recebeu da Jennifer? Não se preocupe, ela ladra mais não morde. — Para mim ela parece ter dentes bem afiados. — Ela te disse alguma coisa? — Dou de ombros. — Nada relevante, mas acho que não gostou de eu estar remexendo em documentos antigos. — E por que está fazendo isso? — Para me situar, acho. — Seus olhos fogem dos meus repentinamente para acompanhar o garçom que vai até a mesa da solitária garota. — O que está pegando? — O que? — Algo me diz que você não me trouxe aqui só para comemorar. — Ele bufa, esvazia o copo e faz sinal para o barman. — Está tão óbvio assim? — Bom, você não faz questão de esconder isso. — A Sam passou por um momento difícil na Beaumont. — Me ajeito em cima do banco incomodada com menção dessa palavra. — Diferente de você, ela não teve um Dante para salvá-la e acabou largada em uma caçada, toda machucada e com medo. — Você quem a encontrou? — Max faz um sim com a cabeça. — Estava passando de carro quando a vi
Lili — Claro! Alice e eu vamos nos divertir muito, não é filha? — Éeeee! — Forço um sorriso para os dois. — Ok e obrigada! — Não há de que! — Ok, depois dessa conversa curta e bem esquisita eu corri para a escadaria direto para o meu quarto, peguei a minha bolsa e assim que retornei à sala, a campainha começou a tocar. — Juízo vocês dois, hein, não vão derrubar a minha casa! *** Dois dias depois... Uma batida na porta do meu escritório me faz erguer a cabeça dos papéis e Sam entra sorridente trazendo consigo um pequeno embrulho quadrado. É perceptível o brilho nos seus olhos, o sorriso bobo constante nos seus lábios e a garota apesar de ter sempre um comportamento cordial e alegre, parece ainda mais leve que o habitual. Coisas do amor, imagino. — Bom dia, Lilian! — Bom dia, Sam! A que devo a honra dessa visita tão brilhante? Sim, porque você parece o sol em toda a sua plenitude. — Brinco a abraçando e deixo um beijo em seu rosto, porém, o meu comentário lhe arranca uma sonora
Dante — Nesses últimos meses temos perdido alguns clientes importantes e isso tem deixado alguns associados preocupados... — Uma reunião importante a qual eu deveria estar atento, mas não estou. Os meus olhos estão fixos na minha mais nova funcionária que está sentada do outro lado da mesa retangular e ao lado do meu advogado, e por mais que eles tentem se discretos estão aos sussurros e risos de cumplicidade, quando também deveriam estar prestando atenção aos relatórios semanais. Qual é a do Max, ele quer levá-la para a cama? E qual é a da Lilian? Ela nem é de se engraçar para qualquer marmanjo? Ou isso é só comigo? Sinto alguém me cutucar ao lado e com um suspiro olho para Sam que cobra a minha atenção. — Devemos rever os nossos passos, onde realmente estamos errando? — Penso em dizer algo, mas alguém na mesa ergue um dedo e eu lhe dou a palavra. — Solicito uma audição, senhor Travel... — Minha atenção é roubada novamente quando a mão de Max para sobre a mão de Lilian. Como po
Dante — Acho que devia se perguntar se realmente gosta dele. Porque se a resposta for sim, não porque não aceitar. — A garota me abre um sorriso largo. — O que foi? — inquiro retribuindo o gesto. — Você apaixonado é outra pessoa. — Engulo o meu sorriso e arqueio as sobrancelhas. — Por que acha que estou apaixonado? — Ah vai, Dante. Você nem consegue mais disfarçar. — Respiro fundo e me preparo para aquele desabafo quando a porta do meu escritório se abre bruscamente. — Pra fora, garota! — Kimberly, o que faz aqui? — Amanhã é o nosso casamento e preciso que me acompanhe para tirar algumas fotos. — Rolo os olhos. — Eu vou deixá-los a sós. Com licença! — Samantha sai fechando a porta e eu encaro a minha noiva. — Eu não posso, tenho muito trabalho a fazer. — Dante Travel, são as fotos do nosso casamento e eu não posso fazer isso sozinha! — Então encontre outro momento, agora não dá! — Será apenas algumas horinhas, meu amorzinho perfeito. — Ela praticamente ronrona a frase. — Pr
Lili Seus beijos, ah os seus beijos! Eles são tão doces, tão curtos e molhados deslizando pelas minhas costas nuas, causando-me arrepios gostosos, deixando o meu corpo cada vez mais amolecido e preguiçoso. Espera, beijos?! Abro os olhos bruscamente, mas continuo sentindo os seus beijos. Então sorrio languida. Não era um sonho a final. É bem real! Ele está aqui e eu me entreguei para ele de verdade. Oh Deus, e foi tão bom! Ansiosa por mais, eu me viro, revelando para ele o meu tronco despido e encontro um lindo sorriso matinal. — Bom dia, Senhorita Ricci! — Sua voz rouca de sono faz uma pequena e significativa parte de mim esquentar consideravelmente. — Bom dia, Senhor Travel! Espera, bom dia?! Que horas são? — Hora de fazer sexo matinal com a minha garota. — Dante sibila, voltando a fazer suas trilhas de beijos, dessa vez pelo meu pescoço. — É sério, Dante! Você nem deveria ter dormido aqui — resmungo rolando para o lado em uma tentativa frustrante de sair da cama, porque o meu CE
Lili — Não! — Sim! — respondemos ao mesmo tempo e eu praticamente fulmino o Dante com os meus olhos. Então me agacho para ficar da altura da minha filha. — O papai teve um problema e precisou da minha ajuda. Então ficou ele dormiu aqui. — Na sua cama? — Oh merda! — Alice querida, ainda muito cedo. Que tal voltar para a cama, hum? — Vocês estão namorando? — Ela insiste e vencida eu fecho os olhos. — A mamãe promete explicar tudo pra você, mas por hora, eu quero que você volte... — Se o papai namorasse a mamãe, você ia gostar? — Mas que diabos de pergunta é essa? Rosno mentalmente o encarando. — Sim! Sim! Vocês estão? — Dante me fita com um olhar provocador. — E aí, estamos? — Filho de uma mãe! — O xingo sem emitir som e um sorriso largo e presunçoso se abre no rosto perfeitamente quadrado. — Estão, mamãe? — Ah... sim... eu acho. — Viu, filha, agora você pode voltar pra cama. — Ele pisca um olho para menina. — Eu amo vocês! — diz e simplesmente volta para o quarto. — Você