Nicholas Smith Estava mais para um massacre do que para um tiroteio. Estávamos em menor número e isso conta muito. Eu já estava ficando sem munição e parecia que isso nunca iria acabar. Me assusto ao ver mais um dos meus cair morto ao meu lado. __ Estou de volta - Martin aparece ao meu lado. __ Você os fez ir embora? __ Tive que botar o Arthur para dormir, ele não queria ir - assinto. Um tiro acerta a árvore onde eu estava. Pegou perto do meu rosto e me faz cair no chão. E foi nesse exato momento em que 3 carros param na nossa frente. Dylan ainda de dentro do carro atira em 3 deles que estavam em cima da casa. Ao ver Jhonatan recuar, eu imagino que era para fugir, e eu não iria permitir que isso acontecesse. Então sem pensar muito, eu atravesso a rua e corro para dentro da casa. __ Nicholas! - meu irmão grita por mim. Entro na casa e atiro na primeira pessoa que vejo. Continuo correndo e seguindo aquele desgraçado. Os caras acabam entrando na casa também, fazendo agora o
__ É claro que pode! Estou na casa dos meus pais, mas você pode vir aqui. Meu pai faz um sinal para mim, então eu encerro a ligação. __ Vamos embora. Eles terminam aqui. Volto para o carro e reparo que Martin não tinha saído de dentro dele. Paul parecia com raiva e isso não era nada bom. Demoramos um pouco a chegar em casa. Eu desço do carro e vou para a sala. Samantha estava sentada no sofá. Rayssa estava fazendo um curativo no rosto dela. __ Pai - ela fica nervosa ao ver ele. __ Quantas vezes eu tenho que falar para você tomar cuidado? Não Confie nas pessoas, veja para onde está indo, leve um dos meninos com você. Não conseguiu aprender nada, garota? __ Sinto muito! __ Sinto muito? É o que você tem a dizer? Seus irmãos se machucaram, 8 dos meninos morreram, Dylan está morrendo e a única coisa que tem para falar é sinto muito? __ Não tenho nada para falar. __ Sua irresponsabilidade custou muitas vidas. A morte deles foi culpa sua! Ela coloca a mão na boca, abafando o cho
Nicholas Smith __ Como você está? - o olho de cima a baixo - espero que não tenha se machucado muito. __ Eu estou bem - Arthur se senta a cama - queria ter ficado lá. __ Para que? __ Meus amigos estavam presos lá. E eu não acho que você iria querer ajudar eles. Acho que sonhei demais achando que ele queria ficar lá porque estava preocupado comigo. __ Por que acha isso? __ Você sempre demonstrou não gostar de nenhum deles - assinto. Pulo a janela e entro no quarto. Vou até uma cadeira e a puxo para me sentar. __ E realmente não gosto - esfrego meus olhos - trouxe uma coisa para você. De dentro da minha mochila, eu puxo uma flor. __ Eu não sabia qual você gostava, então peguei algumas - mostro a ele - rosa, hortência, Margarida, lírio, lotus e tulipas. Arthur me olha por um tempo. Eu me levanto e entrego cada uma das flores a ele. __ Não gosto muito de flores - toda minha felicidade vai embora e meu sorriso morre. Ele deixa as flores em cima da cama, como se não fosse nada
Nicholas Smith Alguns Dias Depois __ Se um fosse um rato imundo, um covarde, medroso do caralho. Onde eu iria me esconder? Já faz alguns dias. Eu continuo tentando achar o Jhonatan. E como meu pai pediu, tive que ameaçar os amigos do Arthur. Ele não gostou muito e a gente acabou discutindo. Minhas chances de voltar com ele? 0 __ Na casa dos meus pais - me viro para Tyler. Meu pai falou para ele me ajudar. Só que esse idiota é burro pra caralho e vive me estressando. Como nesse exato momento. Esse nojento estava fazendo flexões em vez de me ajudar. __ Impossível, os pais dele o expulsaram de casa. Foi o que eu soube. __ Mas aposto que mãe dele o deixou ficar na casa. Mães são assim mesmo. __ Você acha? __ Ouvi a Verônica falar com o Luan que ela foi contra expulsar o filho de casa. Então aquele Rato estava mesmo na casa da mãe dele? É por isso que Bernardo estava falando de redenção e tudo mais. __ Mas é um covarde mesmo! - balanço a cabeça em negação - como vou descobrir
Arthur Bianchi Eu não estava conseguindo tirar meus olhos do Nicholas. Parece que todo meu auto-controle tinha ido embora. Ele mexe com tudo em mim. Até as minhas vontades se modificam quando ele está por perto. Já não sei mais o que fazer para me manter longe. Meu corpo reage até ao som da sua voz. Eu quase o levo para o meu quarto. Mas acho que até ele viu que não era uma boa ideia. __ Não olhe para a tentação - Alan coloca as mãos nos meus olhos. __ Me deixa! - afasto ele de mim. __ Eu só estava brincando. A vida é sua, você sabe o que faz. Só não se esqueça que ele te traiu. A verdade é que eu não sei o que fazer. Tudo que eu quero é voltar para ele, mas ao mesmo tempo sei que não é uma boa ideia. Seria tudo tão mais fácil se eu o conhecesse melhor, se eu pudesse confiar nele. Nicholas nunca me mostrou sua verdadeira face. Então eu não sei se ele é realmente capaz de mudar. __ Oi, Arthur - Bernardo se senta ao meu lado - mesmo sua mãe não gostando muito de mim, eu vim.
Arthur Bianchi Eu quero muito acreditar que meu primo não inventou essa mentira para mim. Não seria justo ele fazer isso comigo. Eu sempre fui muito bom para o Alan, mesmo ele sendo péssimo comigo as vezes. Eu nunca tive irmãos e sempre vi ele como um. __ Ele é quem está mentido .__ Você jura? - olho em seus olhos - não faça isso comigo Alan. Sabe o quão doloroso tudo isso foi para mim. Eu vi o menino sentado no colo do Nicholas e tirei minhas conclusões. Depois eu pensei um pouco e repensei. Imaginei que talvez ele não tivesse visto maldade nisso. Mas então Alan me falou que eles estavam sim tendo alguma coisa. Meu primo até me contou que Nicholas já tinha saído com o menino antes. __ Talvez eu tenha contado uma mentira inocente. O jogo em cima da minha cama. Vim para o quarto, para ter um momento a sós com ele. __ Eu estava chateado com o Nicholas por causa da mentira, por causa da situação com o Lucas, porque ele tinha ido aquela festa sem falar nada. Mas o verdadeiro mo
Nicholas Smith Freio meu carro bruscamente quando uma anta fica na frente do meu carro. A anta de chama Alan. Ele abre a porta do carro e entra no passageiro. Eu o olho sem entender o motivo de estar ali. __ Eu não falei para você não aparecer mais aqui? __ Precisa me ajudar. __ Não! - ele me olha indignado - agora sai do carro. Tenho que ir a um lugar. __ Não vou sair até você concordar em me ajudar. Volto a dirigir e deixo ele ali mesmo. Tenho que fazer a entrega de um dinheiro, de uma compra de armas que o meu pai fez. __ Arthur está magoado comigo e isso pode afetar nossa relação. E a mãe dele vai me mandar de volta para a casa dos meus pais. __ E? __ Meu pai me bate, Nicholas - dou uma risada. __ Não vem com esse papo de coitado para cima de mim. Comparado ao meu pai o seu é um anjo. E ao contrário de você, eu não me faço de coitado. __ Você nunca fez nada para sair dessa situação. Mas eu estou fazendo de tudo para não ter que passar por tudo isso novamente. __ A ún
Martin Sánchez Repito o vídeo mostrando como fazer um curativo. Eu não tenho a mínima ideia de como fazer um. Não é só colocar gaze e esparadrapo? Segundo esse vídeo, não é tão simples assim. Eu tenho que limpar o local do ferimento e blá, blá, blá. Muito chato e cansativo ter que fazer isso. Mas eu sou responsável pelo Dylan e tenho que ajudar ele. E também não posso ser mal agradecido, afinal ele levou um tiro por mim. A voz da pessoa que está explicando isso é chata, irritante e cansativa. Me assusto quando Tyler aparece na minha frente. Ele estava com um sorriso no rosto e um prato na mão. __ Preparei isso para o Dylan. Eu preciso sair, leve para ele - ele sai da sala, me deixando sozinho. Era um prato de sopa e parecia bom. Pego a colher e experimento um pouco. Subo as escadas devagar, indo para o meu quarto, já que era lá onde ele estava. Os meninos que trabalham para o meu pai não tem quarto. Apenas Nicholas, Samantha e eu. Pensei que Dylan estaria jogado na cama, pa