Nicholas Smith __ Como você está? - o olho de cima a baixo - espero que não tenha se machucado muito. __ Eu estou bem - Arthur se senta a cama - queria ter ficado lá. __ Para que? __ Meus amigos estavam presos lá. E eu não acho que você iria querer ajudar eles. Acho que sonhei demais achando que ele queria ficar lá porque estava preocupado comigo. __ Por que acha isso? __ Você sempre demonstrou não gostar de nenhum deles - assinto. Pulo a janela e entro no quarto. Vou até uma cadeira e a puxo para me sentar. __ E realmente não gosto - esfrego meus olhos - trouxe uma coisa para você. De dentro da minha mochila, eu puxo uma flor. __ Eu não sabia qual você gostava, então peguei algumas - mostro a ele - rosa, hortência, Margarida, lírio, lotus e tulipas. Arthur me olha por um tempo. Eu me levanto e entrego cada uma das flores a ele. __ Não gosto muito de flores - toda minha felicidade vai embora e meu sorriso morre. Ele deixa as flores em cima da cama, como se não fosse nada
Nicholas Smith Alguns Dias Depois __ Se um fosse um rato imundo, um covarde, medroso do caralho. Onde eu iria me esconder? Já faz alguns dias. Eu continuo tentando achar o Jhonatan. E como meu pai pediu, tive que ameaçar os amigos do Arthur. Ele não gostou muito e a gente acabou discutindo. Minhas chances de voltar com ele? 0 __ Na casa dos meus pais - me viro para Tyler. Meu pai falou para ele me ajudar. Só que esse idiota é burro pra caralho e vive me estressando. Como nesse exato momento. Esse nojento estava fazendo flexões em vez de me ajudar. __ Impossível, os pais dele o expulsaram de casa. Foi o que eu soube. __ Mas aposto que mãe dele o deixou ficar na casa. Mães são assim mesmo. __ Você acha? __ Ouvi a Verônica falar com o Luan que ela foi contra expulsar o filho de casa. Então aquele Rato estava mesmo na casa da mãe dele? É por isso que Bernardo estava falando de redenção e tudo mais. __ Mas é um covarde mesmo! - balanço a cabeça em negação - como vou descobrir
Arthur Bianchi Eu não estava conseguindo tirar meus olhos do Nicholas. Parece que todo meu auto-controle tinha ido embora. Ele mexe com tudo em mim. Até as minhas vontades se modificam quando ele está por perto. Já não sei mais o que fazer para me manter longe. Meu corpo reage até ao som da sua voz. Eu quase o levo para o meu quarto. Mas acho que até ele viu que não era uma boa ideia. __ Não olhe para a tentação - Alan coloca as mãos nos meus olhos. __ Me deixa! - afasto ele de mim. __ Eu só estava brincando. A vida é sua, você sabe o que faz. Só não se esqueça que ele te traiu. A verdade é que eu não sei o que fazer. Tudo que eu quero é voltar para ele, mas ao mesmo tempo sei que não é uma boa ideia. Seria tudo tão mais fácil se eu o conhecesse melhor, se eu pudesse confiar nele. Nicholas nunca me mostrou sua verdadeira face. Então eu não sei se ele é realmente capaz de mudar. __ Oi, Arthur - Bernardo se senta ao meu lado - mesmo sua mãe não gostando muito de mim, eu vim.
Arthur Bianchi Eu quero muito acreditar que meu primo não inventou essa mentira para mim. Não seria justo ele fazer isso comigo. Eu sempre fui muito bom para o Alan, mesmo ele sendo péssimo comigo as vezes. Eu nunca tive irmãos e sempre vi ele como um. __ Ele é quem está mentido .__ Você jura? - olho em seus olhos - não faça isso comigo Alan. Sabe o quão doloroso tudo isso foi para mim. Eu vi o menino sentado no colo do Nicholas e tirei minhas conclusões. Depois eu pensei um pouco e repensei. Imaginei que talvez ele não tivesse visto maldade nisso. Mas então Alan me falou que eles estavam sim tendo alguma coisa. Meu primo até me contou que Nicholas já tinha saído com o menino antes. __ Talvez eu tenha contado uma mentira inocente. O jogo em cima da minha cama. Vim para o quarto, para ter um momento a sós com ele. __ Eu estava chateado com o Nicholas por causa da mentira, por causa da situação com o Lucas, porque ele tinha ido aquela festa sem falar nada. Mas o verdadeiro mo
Nicholas Smith Freio meu carro bruscamente quando uma anta fica na frente do meu carro. A anta de chama Alan. Ele abre a porta do carro e entra no passageiro. Eu o olho sem entender o motivo de estar ali. __ Eu não falei para você não aparecer mais aqui? __ Precisa me ajudar. __ Não! - ele me olha indignado - agora sai do carro. Tenho que ir a um lugar. __ Não vou sair até você concordar em me ajudar. Volto a dirigir e deixo ele ali mesmo. Tenho que fazer a entrega de um dinheiro, de uma compra de armas que o meu pai fez. __ Arthur está magoado comigo e isso pode afetar nossa relação. E a mãe dele vai me mandar de volta para a casa dos meus pais. __ E? __ Meu pai me bate, Nicholas - dou uma risada. __ Não vem com esse papo de coitado para cima de mim. Comparado ao meu pai o seu é um anjo. E ao contrário de você, eu não me faço de coitado. __ Você nunca fez nada para sair dessa situação. Mas eu estou fazendo de tudo para não ter que passar por tudo isso novamente. __ A ún
Martin Sánchez Repito o vídeo mostrando como fazer um curativo. Eu não tenho a mínima ideia de como fazer um. Não é só colocar gaze e esparadrapo? Segundo esse vídeo, não é tão simples assim. Eu tenho que limpar o local do ferimento e blá, blá, blá. Muito chato e cansativo ter que fazer isso. Mas eu sou responsável pelo Dylan e tenho que ajudar ele. E também não posso ser mal agradecido, afinal ele levou um tiro por mim. A voz da pessoa que está explicando isso é chata, irritante e cansativa. Me assusto quando Tyler aparece na minha frente. Ele estava com um sorriso no rosto e um prato na mão. __ Preparei isso para o Dylan. Eu preciso sair, leve para ele - ele sai da sala, me deixando sozinho. Era um prato de sopa e parecia bom. Pego a colher e experimento um pouco. Subo as escadas devagar, indo para o meu quarto, já que era lá onde ele estava. Os meninos que trabalham para o meu pai não tem quarto. Apenas Nicholas, Samantha e eu. Pensei que Dylan estaria jogado na cama, pa
Nicholas Smith Assim que Arthur abre a porta, eu abro um sorriso para ele. __ Oi. __ Entre, Nicholas - dou um passo para frente e entro. Olho ao redor e coloco minhas mãos nos bolsos do casaco. Ao sentir o objeto ali, eu fico mais animado. __ Você pegou o Alan? __ Não se preocupe, um amigo fez isso - pego o celular na mão - olhe! - mostro a foto a ele. Tyler tinha feito o trabalho certinho. Ele o buscou, entregou o dinheiro e tirou uma foto para que eu confirmasse que era o Alan. __ Não fizeram nada com ele, não é? __ Ele está ótimo. Vai superar isso. Arthur coloca as mãos nas minhas costas e me leva até o quarto. Tinha uma mesa no chão com algumas comidas. __ Gosta de comida tailandesa? __ É... Gosto! __ Precisa tirar os sapatos - faço o que ele falou. Me sento no chão e cruzo as minhas pernas. As comidas pareciam ter sido compradas. Mas eu não estava me importando. __ Por que sua mesa está no chão? __ Ela é uma mesa de chão - assinto. Arthur serve comida para mim. M
Viro meu rosto e olho para ele. Arthur estava se limpando com um pano molhado. Acho que ele tem problemas de limpeza. __ Achei que você não quisesse mais ficar comigo - o loiro me olha. __ Pensei em voltar com você, eu realmente pensei. Mas ai eu me recordei de quando a gente namorava e de como você não fazia o mínimo esforço para ser um bom namorado. Eu não queria passar por aquilo novamente. __ O que fez você mudar de ideia então? __ Você me comprou um anel. Sei que para alguns pode ser uma coisa boba, mas... Você realmente quer oficializar isso. __ Sabe que não me importo de gritar para todo mundo ouvir que eu namoro você - ele assente. __ Só que isso não é o suficiente - Arthur suspira. Me sento na cama e viu até ele. Coloco minha mão em seu rosto. __ Gosto de você, Arthur e nada pode mudar isso. Mesmo se eu for para outro planeta, as lembranças que eu tenho de você iram me acompanhar. Ele encosta sua testa na minha e da um lindo sorriso. Eu só pude o olhar como um bobo a