■° Brasil – Mansão Harper °■
■° 8 meses de gravidez °■Falta tão pouco para eu te conhecer bebê, mas seu pai nem sabe que você existe. Minhas memorias voltaram de uma vez depois do ataque que sofri, acho que o choque ajudou a trazer tudo a tona. Chorei litros depois de me lembrar de toda aquela bagunça, então fui consolada por minha avó e os outros.–Ainda sem se vestir? -escuto mas não respondo, na verdade não quero sair daqui mesmo que hoje tenha um evento em sei lá onde que requer a família toda presente. Evento que vai me colocar no olho do furacão, e talvez me ajudar a reencontrar meus amores.–Não pode deixar de ir. Afinal quando assegurar sua posição as coisas vão melhorar. -diz Douglas entrando no quarto, ele voltou assim que descobriu sobre o ataque do mês passado e me impediu de entrar em contato com Matheus.–Na acho que muitas coisas vão mudar. -digo dura me colocando de pé e pegando o vestido dourado para a festa de hoje. –Apenas estou col■° Quatro anos Antes °■■° Escola para jovens Bailarinas °■–Vamos pequenas é hora do alongamento. -a mulher ronda a sala segurando uma grande vara que usa para endireitar a postura das meninas.–Professora Euler tem um telefonema. -ela confirma e entrega a aula para a outra professora saindo da sala em seguida.–Alô. -fala assim que pega o telefone.–É a senhora Euler? Quero tratar de negócios com a senhora. -a mulher não reconhece a voz mas continua a conversa.–Quanto está me oferecendo? -pergunta em choque após ouvir o valor, está incrédula com o que escutou.–Cem mil dólares, metade agora e outra metade quando a menina for declarada morta. -ela pensa por um tempo, não vai matar a garota de verdade apenas disciplina-la mais duramente e então forjar a morte.–Tudo bem, estarei esperando o dinheiro. -desliga sem dar brecha para a outra pessoa responder. Vai ser moleza bater em uma garota por tanto di
■° Brasil -Mansão Harper °■ Cinco dias, duas horas e dezoito minutos esse foi o tempo que levou para que Christopher aparecesse no Brasil. Hoje pela manhã os repórteres tiraram várias fotos de Chris e seus amigos chegando em um jato particular, os sites de fofoca estavam cheios de especulações sobre o porque dele ter vindo. –Ei linda, eles estão quase chegando a mansão Harper. -engulo em seco, ao que parece foram poucos os sites que publicaram sobre minha gravidez e talvez ele ainda não saiba sobre isso então é melhor me preparar. –Certo, vou esperar no salão. -digo me levantando com certa dificuldade. O bebê está sentindo minha agitação e não me deixa descansar nem por um minuto, isso me levou várias vezes ao banheiro além de um desejo incontrolável por frutas azedas e agridoces. –Te encontro lá, vou pegar o pequeno. -Douglas é praticamente meu guardião depois do que aconteceu no fim do mês passado, o homem não sai do meu pé. Caminho devagar até o sal
■° Brasil -Mansão Harper °■ Não sei por onde começar. Seus olhos me avaliam dos pés a cabeça procurando por algo que talvez não haja resposta, sorrio dando uma voltinha em sua frente e quando o encaro o vejo engolir em seco. –Quantos meses? -pergunta de forma fria. –Oito meses a alguns dias. -falo sorrindo para ele. –É nosso bebê. -ele parece perdido. Me aproximo pegando sua mão e colocando sobre minha barriga para que ele possa senti-la. –Ele foi feito aquela noite, antes do ataque. -falo nervosa com que reação ele pode acabe tendo. Abaixo o olhar esperando que diga algo mas sou surpreendida quando ele me levanta do chão e gira no ar enquanto da risada me fazendo rir junto. –Graças a Deus! -diz quando me coloca no chão, suspira e cola sua testa na minha fechando os olhos. –Achei que você tinha encontrando alguém e. –Não está totalmente errado. -falo interrompendo sua fala e o mesmo abre os olhos surpreso. –Vamos nos sentar que irei explicar
■° Brasil -Mansão Harper °■Escuto leves batidas na porta, estou ficando no salão de visitantes por um tempo e temporariamente esse é meu quarto. Término de secar os cabelos e coloco a toalha no cabide indo até a porta devagar, ainda não é hora de Christopher vir me buscar. Quem pode ser? Abro a porta encontrando Ahren com um olhar meio ansioso e perdido, porque ele viria até aqui.–Ah, desculpe bater em sua porta assim. É que uma pessoa não para de me ligar para saber sobre você. -ele coça a nuca e parece um pouco tímido.–Quem poderia estar te ligando e perguntando sobre mim? -questiono o deixando entrar no quarto e indo devagar me sentar na poltrona.–Anally. -o encaro seria e o mesmo vira o rosto nervoso.–Oi? -falo franzindo a testa sem entender.–Oh essa é uma das novidades do momento baby. Ahren o nosso tímido irmão mais velho aqui traçou a sua amiga. -viro o rosto encontrando Lorenzo com seu sorriso sem vergonha enquanto
■° Brasil ‐ Cativeiro °■–Achei que não fosse aparecer. -escuto após entrar no local, eu reconheço bem esse rosto e essa voz. Quem pensaria que iria encontrar ela de novo aqui de todos os lugares, já faz mais de um ano que nos encontramos pela primeira vez.–Não achei que a veria novamente em minha vida. -falo sorrindo leve e indo me sentar em sua frente, minhas pernas estão doendo devido ao longo caminho que tivemos que percorrer para chegar aqui.–Se tivesse ficado quieta como um cadáver, não precisaria te transformar em um. -ela retira os óculos me encarando com raiva. Continuo me mantendo seria enquanto encaro seu rosto cheio de raiva, ao fim sorrio com escarnio.–Não acho que possamos resolver isso pacificamente. -respondo suspirando enquanto dou de ombros.–Realmente não podemos. Coloque ela no fosso. -dois homens grandes aparecem e me agarram os braços me erguendo de onde estava sentada, apenas os sigo para onde quer que estejam me
■° Brasil ‐ Cativeiro °■Escuto passos apressados vindo em minha direção é a ronda diária, pelo que pude entender desse lugar é algum tipo de prisão antiga. Eles usam o lugar como base, todos os dias em que estive aqui recebi alimentação correta e não sou incomodada em mais nada, faz doze dias que estou aqui.A principio pensei que ficaria sozinha com meus pensamentos, mas no quarto ao lado parece ter uma garota que tem aproximadamente minha idade, nos conversamos aos berros pela parede sempre que ninguém está por perto. Isso me manteve lúcida o suficiente e não me deixou afundar em meu próprio desespero.–ESTOU PRESA AQUI A PELO MENOS QUATRO ANOS! -arregalo os olhos em surpresa, eles mantiveram alguém em cativeiro por quatro anos. –PELOS MEUS CAUCULOS MINHA SOBRINHA DEVE TER POR VOLTA DESSA IDADE AGORA!Porque eles a mantiveram aqui por tanto tempo? Se quisessem matá-la já o teriam feito, apenas a mantém presa aqui e deve ter um bom motivo para
■° Brasil ‐ De volta ao lar °■–O relatório está aqui Chloe. -viro a cabeça sem me mover muito e encontro Junior encostado no batente da porta segurando um tablet.–Então traz aqui. O que tu tá esperando? -pergunto sem me mover e ele ri caminhando até mim segurando um tablet de último modelo. Ainda não consigo me acostumar com essas coisas luxuosas, mesmo depois de perder e recuperar a memória ainda sinto que algumas dessas coisas são desnecessárias.–O que está fazendo? -pergunta e suspiro, na verdade não estou fazendo nada. Apenas quero ficar aqui relaxando porque estava tão tensa naquele lugar que não tive um momento para isso, o bebê precisa disso e eu preciso disso. Até porque depois que voltei não pude fumar sozinha quase nunca, afinal todos acham que sou de vidro mesmo depois de tudo que enfrentei.–Relaxando tudo que não pude durante doze dias e onze noites. -falo e bocejo logo em seguida. –O que tem de tão importante no relatório que fez
■° Quatro anos antes – Nova York °■ –Sabe que o serviço foi completado com sucesso. Mesmo que tenha sido um pouco mais complicado do que pensei que seria. -ele sorri. Eu não sei o que sentir com esse sorriso repugnante. –Paola. Ela esta realmente morta? -questiono enquanto retiro os óculos escuros do rosto. Ele sorri e confirma mas seu sorriso some em segundos. –Mas temos um pequeno problema. -sabia que não podia confiar nessa agência idiota de assassinos. –Esse aqui. Ele se aproxima de um carro velho estacionado dentro do galpão e na traseira do carro parece estar alguém. Encaro e meu coração dispara. Helleonor Hutton, a pequena joia da família magnata. Dou risada enquanto encaro a cena, ela está com alguns machucados nas pernas e braços que parecem ser queimaduras. Mas fora isso está viva e bem. Que sensação é essa? Levo a mão ao peito sentindo uma certa euforia ao conseguir algo inesperado por causa de um peão pouco útil. Estalo os dedos e um dos me