■° Brasil -Mansão Harper °■
Escuto leves batidas na porta, estou ficando no salão de visitantes por um tempo e temporariamente esse é meu quarto. Término de secar os cabelos e coloco a toalha no cabide indo até a porta devagar, ainda não é hora de Christopher vir me buscar. Quem pode ser? Abro a porta encontrando Ahren com um olhar meio ansioso e perdido, porque ele viria até aqui.–Ah, desculpe bater em sua porta assim. É que uma pessoa não para de me ligar para saber sobre você. -ele coça a nuca e parece um pouco tímido.–Quem poderia estar te ligando e perguntando sobre mim? -questiono o deixando entrar no quarto e indo devagar me sentar na poltrona.–Anally. -o encaro seria e o mesmo vira o rosto nervoso.–Oi? -falo franzindo a testa sem entender.–Oh essa é uma das novidades do momento baby. Ahren o nosso tímido irmão mais velho aqui traçou a sua amiga. -viro o rosto encontrando Lorenzo com seu sorriso sem vergonha enquanto■° Brasil ‐ Cativeiro °■–Achei que não fosse aparecer. -escuto após entrar no local, eu reconheço bem esse rosto e essa voz. Quem pensaria que iria encontrar ela de novo aqui de todos os lugares, já faz mais de um ano que nos encontramos pela primeira vez.–Não achei que a veria novamente em minha vida. -falo sorrindo leve e indo me sentar em sua frente, minhas pernas estão doendo devido ao longo caminho que tivemos que percorrer para chegar aqui.–Se tivesse ficado quieta como um cadáver, não precisaria te transformar em um. -ela retira os óculos me encarando com raiva. Continuo me mantendo seria enquanto encaro seu rosto cheio de raiva, ao fim sorrio com escarnio.–Não acho que possamos resolver isso pacificamente. -respondo suspirando enquanto dou de ombros.–Realmente não podemos. Coloque ela no fosso. -dois homens grandes aparecem e me agarram os braços me erguendo de onde estava sentada, apenas os sigo para onde quer que estejam me
■° Brasil ‐ Cativeiro °■Escuto passos apressados vindo em minha direção é a ronda diária, pelo que pude entender desse lugar é algum tipo de prisão antiga. Eles usam o lugar como base, todos os dias em que estive aqui recebi alimentação correta e não sou incomodada em mais nada, faz doze dias que estou aqui.A principio pensei que ficaria sozinha com meus pensamentos, mas no quarto ao lado parece ter uma garota que tem aproximadamente minha idade, nos conversamos aos berros pela parede sempre que ninguém está por perto. Isso me manteve lúcida o suficiente e não me deixou afundar em meu próprio desespero.–ESTOU PRESA AQUI A PELO MENOS QUATRO ANOS! -arregalo os olhos em surpresa, eles mantiveram alguém em cativeiro por quatro anos. –PELOS MEUS CAUCULOS MINHA SOBRINHA DEVE TER POR VOLTA DESSA IDADE AGORA!Porque eles a mantiveram aqui por tanto tempo? Se quisessem matá-la já o teriam feito, apenas a mantém presa aqui e deve ter um bom motivo para
■° Brasil ‐ De volta ao lar °■–O relatório está aqui Chloe. -viro a cabeça sem me mover muito e encontro Junior encostado no batente da porta segurando um tablet.–Então traz aqui. O que tu tá esperando? -pergunto sem me mover e ele ri caminhando até mim segurando um tablet de último modelo. Ainda não consigo me acostumar com essas coisas luxuosas, mesmo depois de perder e recuperar a memória ainda sinto que algumas dessas coisas são desnecessárias.–O que está fazendo? -pergunta e suspiro, na verdade não estou fazendo nada. Apenas quero ficar aqui relaxando porque estava tão tensa naquele lugar que não tive um momento para isso, o bebê precisa disso e eu preciso disso. Até porque depois que voltei não pude fumar sozinha quase nunca, afinal todos acham que sou de vidro mesmo depois de tudo que enfrentei.–Relaxando tudo que não pude durante doze dias e onze noites. -falo e bocejo logo em seguida. –O que tem de tão importante no relatório que fez
■° Quatro anos antes – Nova York °■ –Sabe que o serviço foi completado com sucesso. Mesmo que tenha sido um pouco mais complicado do que pensei que seria. -ele sorri. Eu não sei o que sentir com esse sorriso repugnante. –Paola. Ela esta realmente morta? -questiono enquanto retiro os óculos escuros do rosto. Ele sorri e confirma mas seu sorriso some em segundos. –Mas temos um pequeno problema. -sabia que não podia confiar nessa agência idiota de assassinos. –Esse aqui. Ele se aproxima de um carro velho estacionado dentro do galpão e na traseira do carro parece estar alguém. Encaro e meu coração dispara. Helleonor Hutton, a pequena joia da família magnata. Dou risada enquanto encaro a cena, ela está com alguns machucados nas pernas e braços que parecem ser queimaduras. Mas fora isso está viva e bem. Que sensação é essa? Levo a mão ao peito sentindo uma certa euforia ao conseguir algo inesperado por causa de um peão pouco útil. Estalo os dedos e um dos me
■° Brasil ‐Pequena Reunião °■ Depois que todos se reuniram um clima tenso e cheio de questões se instaurou no lugar. Finalmente vovó limpou a garganta chamando a atenção de todos, Chris ainda parece perdido em si enquanto encara Helleonor. Olho em volta procurando por alguém que possa me dar uma luz mas todos parecem estar presos em seus próprios mundos dos pensamentos. –Ok, ok. Até quando pretendem manter a grávida no escuro? -questiono alto recebendo a atenção de todos. –Abram a boca e falem. Ficar uns olhando para os outros não vai levar a lugar algum. –Minha neta tem razão. Vamos acabar logo com isso. -vovó se pronúncia. Todos confirmam. –Primeiro, o motivo de termos separado Norte e Sul. –Isso é simples. Eles nos traíram. -Douglas rosna baixo e recebe um olhar feio de vovó em compensação. –O que? Estou errado? –Totalmente. -ela suspira. –A pelo menos trinta anos atrás aconteceu uma grande tragédia na nossa cede principal. Mais de metade dos herdei
°■ Capítulo 27 ■° ■° Brasil ‐ 9° mês de gestação °■ O batimento do bebe está normal. Minha saúde está muito boa e logo poderei conhecer meu pequeno Caleb. Estou tão ansiosa. Vovó montou um quartinho lindo mesmo comigo falando que não ficaria aqui por muito tempo. Douglas vive saindo e voltando cheio de sacolas com coisas para bebês ele acaba se entretendo ao gastar sua fortuna em coisas que talvez eu nem vá usar. –Como vai a garota mais linda dessa casa? E o bebê. -revirou os olhos. Lorenzo se tornou super protetor após descobri que somos parentes, acho que ele está projetando a irmã em mim. Engulo em seco porque não sei como agir sobre esse assunto. Ele é um bom amigo mas se por algum motivo começar a projetar Paola em mim vai ficar difícil para mim tê-lo por perto. –Estamos ambos bem. Acaba de entrar no nono mês. Logo Caleb vai estar em meus braços. -sorrio acariciando a barriga. –Chloe, pode falar um minuto com Anally. Sem contar ao Ahren ela e
°■ Capítulo 28 ■°■° Brasil ‐ 9° mês de gestação °■Desde que entrei no nono mês de gestação todos parecem ser extremamente cuidadosos com tudo ao meu redor, informações, planos, e até mesmo coisas relacionadas a minha própria saúde. Estou cansada disso já. Pego o vestido preto no guarda roupa, depois os sapatos confortáveis e por fim um casaco hoje está bem chuvoso então está um pouco frio.–Tia? Tudo bem? -me viro e sorrio, chamo ele com a mão e faço o sinal de silêncio. Ele vem devagar quando esta próximo o suficiente o agarro pela gola.–Você vai ser meu cúmplice Guto. Pegue as chaves da garagem e do balcão com as chaves dos carro e duas pistolas além de algum dinheiro, vamos sair um pouco. -ele parece hesitar mas confirma em seguida saindo do quarto. Assim posso me trocar tranquila. Começo a cantarolar enquanto me visto, não conheço muito bem a cidade mas com Guto indo junto comigo acho que não há problema. –Tia, pronto. -ele aparece segurando ch
°■ Capítulo 29 ■°■° Brasil ‐ 9° mês de gestação °■Encaro o cardápio elaborado, assim que voltar tenho que dar um aumento para a pessoa que está em comando da filial brasileira. Tudo parece bem organizado, mesmo que não seja um lugar grande todos os clientes que chegam são tratados super bem e o atendimento é rápido mesmo com o tempo de preparo dos pratos.—A tia parece feliz. -sorrio confirmando enquanto saboreio um pedaço da torta de banana que acabei pedindo após sentir o cheiro incrível que vinha da cozinha, daria tudo para poder entrar lá para dar uma espiada.—Talvez eu esteja. -falo e vejo a figura baixa vestida em um moletom caminhar receosa até onde estamos. —Ela está vindo.—Que? -ele parece perdido e dou risada deixando o mesmo corado.—Olá. -fala me encarando e eu sorrio para ela. —Posso ir agora. Mas não tem problema mesmo? —Claro que não. Guto estava apenas me levando para tomar um ar. -digo já me colocando de pé, ela encara m