■° 6 meses e meio de Gestação °■
–Já pode voltar pra casa Sra. Rebeca, seus níveis hormonais estão normais e não há mais sinal de medicamento em seu sangue. -Viviane e Natasha comemoram com gritinhos afina estou quase completando duas semanas no hospital sem falar que em alguns dias entrarei no sétimo mês de gestação.–Obrigada doutor. -falo e sento com os pés para fora da cama, eles me fizeram ficar deitada por doze dias o que me deixou bem agoniada.–Vai com calma Rebeca. -Douglas pega em minha mão me ajudando a ficar de pé e sorrio o agradecendo, ele me traz uma sensação de conforto mas não com um sentimento romântico é mais como um sentimento familiar de que posso confiar nele como um amigo ou irmão.–Não ouviu o médico estou bem o suficiente para ir embora. -digo isso pegando a bolsa na cadeira e indo em direção ao banheiro com ele ainda segurando minha mão. –Vai entrar no banheiro comigo? Sua esposa vai acabar desconfiando que você gosta de mim.■° 7 meses de Gestação °■Escuto atentamente os batimentos do bebê e me emociono mais uma vez, desde o sangramento algumas semanas atrás todos ficaram cautelosos com minha saúde e a do bebe, ao ponto de me levarem em consultas semanais onde checam minha situação mental também já que isso pode causar impacto no bebe. Isso me deixa feliz, porque me sinto acolhida.–Está tudo certo. Tanto a mamãe, tanto o bebê estão saudáveis. -ela limpa o gel da minha barriga e abaixo a blusa cobrindo a barriga grande, sete meses de gestação e quase não me aguento de ansiedade.–Obrigada doutora, ficamos um pouco mais atentos desde o sangramento. -quem fala é Eliza que sempre arranja um tempo para vir comigo nas consultas, acho que ela se sente um pouco responsável por não ter prestado atenção a minha saúde quando ela me levou pra sua casa.–Sei como é difícil, mas ainda bem que agiram rápido trazendo ela para o hospital. -diz a médica já saindo do quarto
■° 5 anos antes (Brasil) °■ –Quando vai trazer minha neta? Ela já tem dezenove não é? -a mulher bem vestida corre atrás da mulher mais jovem. –Mãe não irei deixar Chloe se envolver nos assuntos da família. -responde enquanto coloca o bolo sobre a mesa. –Não quero isso, mas ao menos devia apresentar sua família para ela, não deixe a menina achar que só tem vocês o resto da vida. -fala impaciente enquanto coloca os pratos na mesa, afinal eles são família apesar de todos os erros do passado. –Mãe já conversamos sobre isso. Por mais que queira dizer tudo para Chloe ainda não sinto segurança em dizer, ela está vivendo uma vida normal. -sorri calorosa para a mulher que suspira abrindo os braços para abraçar a filha. –Ela podia ter uma vida normal aqui perto de mim não do outro lado do mundo. -resmunga mas abraça a mulher com carinho. –Eles tentaram nos matar quando ela nasceu, ainda não descobrimos quem foi. Não posso correr o risco novamente. -fala no
■° Brasil – Mansão Harper °■ As risadas ecoam pela casa, hoje vai ter uma reunião familiar com todos os membros da família Harper e isso inclui os agregados como eu. Me encaro no espelho o vestido branco com flores amarelas é rodado na saia e confortável na parte da barriga, realmente lindo. –Oi, esta pronta? -viro o rosto encontrando o olhar abatido de Douglas, desde o incidente do parque ele vem me vigiando ainda mais. –Sim. E como estão as coisas lá embaixo? -questiono indo até ele apoiando a mão nas costas por conta da dor. –Descobriu algo sobre o cartão? –Talvez, mas não irei lhe dizer nada por agora. -ele pega minha mão para me ajudar a descer as escadas, acho que logo terei de mudar de quarto para o andar de baixo porque minhas pernas já não estão aguentando a pressão de descer e subir isso aqui todos os dias. –Ok, ok não irei mais perguntar. -afinal eu ainda tenho longos três meses para conseguir alcançar um dos objetivos que é ter esse bebê em
■° Brasil – Mansão Harper °■ “Lembranças on” –O que disse antes sobre uma pista sobre o motivo do cartel Caco estar atrás de você, é verdade? -pergunta o homem sem rosto enquanto ando de um lado ao outro no quarto segurando o que parece ser pote de sorvete na mão direita e a colher na esquerda. –Não tenho certeza mas, se for como eu penso Julia estará segura longe de mim. -digo e sinto um puxão forte me fazendo parar e encará-lo mesmo que seu rosto seja um grande borram. –Ei, preciso que fale. -confirmo com a cabeça e me sento nos pés da cama, coloco uma colher de sorvete na boca e suspiro.” “Lembranças off” –Eles estão atrás de mim. -abro os olhos e sinto meu corpo mole, minha garganta parece seca e meus olhos pesados. –Chloe? Como se sente? -viro o rosto com dificuldade e vejo Natasha que se levanta pegando água e trazendo até mim, a mesma me ajuda a levantar com um braço e coloca o copo em minha boca. –Não se esforce você foi envenen
■° Brasil – Mansão Harper °■■° 7 meses e meio de gravidez °■“Lembranças on”–Nunca, em hipótese alguma confie em seus tios-avôs. -ela sorri enquanto fala com dureza na voz me fazendo encolhe no lugar.–Sim mamãe. -respira aliviada me abraçando com força.–Fique com Maria até que mamãe e papai volte ok. Prometo que não vai demorar muito. -fala em meu ouvido e confirmo lhe abraçando de volta sentindo vontade de chorar.–Está tudo pronto. As duas já se despediram? -ela sorri triste mas confirma. Até parece que nunca mais vamos nos ver.“Lembranças off”–Eles realmente pareciam que não iam voltar. -sussurro para mim mesma enquanto encaro minha figura no espelho. Olheiras fundas, rosto pálido, lábios rachados, pareço horrível.Não tenho conseguido dormir ultimamente, estou exausta. Toda vez que fecho os olhos minha mente é inundada com memórias dos meus pais, meus amigos de infância, antigos namo
■° Brasil – Mansão Harper °■■° 7 meses e meio de gravidez °■Meu coração parece que vai sair pela boca, bate tão rápido que tenho medo que o cara em minha frente escute. Viviane está tremendo enquanto segura a arma que pegou do bandido, ela acordou o homem que veio nos ajudar mas o mesmo ainda parece desnorteado. Precisamos sair daqui o quanto antes.–Ei, você tá legal? Consegue pensar em uma rota de fuga segura? -pergunto olhando o homem que tem um corte na cabeça e alguns hematoma eles devem ter tido uma luta pela arma.–Talvez se passamos pela cozinha, da pra sair pelo jardim. -diz se levantando e pegando a arma que Viviane segurava de forma nervosa.–Certo. Temos que ir agora porque eles vão vir atrás desse rapaz logo. -falo e olho em volta, preciso de algo para prendê-lo na cama.–Tem as cordas das cortinas. -escuto a voz baixa de Viviane e sorrio, mesmo com medo ela ainda está tentando ajudar da sua maneira.–Isso pode funcionar. -falo
■° Brasil – Mansão Harper °■ ■° 7 meses e meio de gravidez °■ Não consigo entender porque me sinto tão bem mesmo após atirar em alguém. Me encaro no grande espelho da sala e nada parece diferente, no meu lado exterior é claro que tudo está normal, mas o problema parece estar no interior. Alguma coisa em mim mudou, com toda certeza não sou a mesma de quando tinha quinze anos, apesar de parecer que foi recentemente que tive minha formatura do colégio. –Isso foi uma bagunça. Como está se sentindo? -ergo uma sobrancelhas olhando com deboche para ela que dá uma gargalhada. –Descobriram o que eles queriam? -pergunto indo me sentar, meus pés estão me matando. Me sento no sofá da sala tirando os sapatos e erguendo os pés me deitando ali mesmo sob o olhar de Natasha. –Não sei nada relevante, apenas preciso checar você. -fala se aproximando, ela não parece surpresa com o que acaba de acontecer na casa. –Quando terei notícias? Acho que estão me deixando de f
■° Brasil – Mansão Harper °■ ■° 8 meses de gravidez °■ Falta tão pouco para eu te conhecer bebê, mas seu pai nem sabe que você existe. Minhas memorias voltaram de uma vez depois do ataque que sofri, acho que o choque ajudou a trazer tudo a tona. Chorei litros depois de me lembrar de toda aquela bagunça, então fui consolada por minha avó e os outros. –Ainda sem se vestir? -escuto mas não respondo, na verdade não quero sair daqui mesmo que hoje tenha um evento em sei lá onde que requer a família toda presente. Evento que vai me colocar no olho do furacão, e talvez me ajudar a reencontrar meus amores. –Não pode deixar de ir. Afinal quando assegurar sua posição as coisas vão melhorar. -diz Douglas entrando no quarto, ele voltou assim que descobriu sobre o ataque do mês passado e me impediu de entrar em contato com Matheus. –Na acho que muitas coisas vão mudar. -digo dura me colocando de pé e pegando o vestido dourado para a festa de hoje. –Apenas estou col