Logo cedo, no dia seguinte, uma caravana de carruagens partiu de Dorset para Londres. O conde e a condessa viajavam sozinhos em uma carruagem luxuosa com o brasão da família; Hebert, Suzan e o pequeno Erick, seguiam logo atrás em uma carruagem maior e confortável para o bebê; Ivy, sua dama de companhia e vivienne compartilhavam uma terceira carruagem e seguidas a elas, outras mais simples vinham repletas de bagagens e alguns criados.
- infelizmente não poderei acompanha-la até em casa Ivy. Temo que a sua governanta de Londres me reconheça como a assistente da diretora que lhe entregou a carta de recomendação no internato. Mas, estarei disponível no que precisar.
- não pense que esquecerei de procurar alguns contatos que poderão ajuda-la com a sua carreira vivi. Eu sou muito grata a você.
Ao longo da viagem Ivy sofreu com os enjôos algumas vezes, o balançar da carruagem não contribuía em nada com o que estava sentindo e suas amigas a
Após vários minutos de um chá tedioso e silencioso, onde somente as condessas conversavam entre si, yvi já pressentiu que o seu plano talvez não fosse dar certo. Não sabia por onde começar, o que falar, ou como agir, e mal teve tempo de conversar com as amigas sobre isso. Ela nunca foi tímida ou introspectiva, pelo contrário, só que nunca antes planejara seduzir alguém e carregar para o altar.- senhorita Sackville, gostaria de dar uma volta pelos jardins? Se a lady Dorset permitir, é claro.- disse lorde Clifford, finalmente quebrando o silêncio.- claro que eu permito, lorde Clifford. Aqui está demasiadamente quente, seria ótimo vocês tomarem um ar fresco.- eu adoraria, lorde Clifford. Chegamos ontem em Londres e eu mesma ainda não caminhei pelos jardins.James estendeu o braço para Ivy que aceitou com prontidão e seguiram juntos para o jardim.- então, senhorita Sackville, antes de ma
- o que significa isso?- perguntou Suzan alterada, antes mesmo que Ivy conseguisse raciocinar sobre os fatos e dizer alguma coisa.- oh, meu Deus! meninas, não é o que vocês estão pensando, quer dizer, é, mas não como vocês devem estar pensando, Ivy, amiga, me perdoa, conversa comigo...- eu não tenho tempo agora, vivienne. Preciso sair daqui imediatamente.- Ivy, me perdoe, esse beijo nunca deveria ter acontecido, não era a minha intenção ao vir aqui.- suplicou James dessa vez.- eu não tenho tempo para isso agora, lorde Clifford. Me tire daqui imediatamente e depois nós falamos sobre isso.Confundindo a irritação de Ivy com ciúmes, James se apressou em fazer o que ela pedia e saíram pelos fundos do teatro para não chamar atenção. Na carruagem permaneceram em silêncio, principalmente pela presença de Lunna, pois os dois preferiam ter aquela conversa a sós.Quando a carruagem
Ivy sentiu o seu interior se revirar por inteiro, por alguns segundos ficou paralisada, logo depois, soltou James e virou para acreditar que tudo era real, que ele realmente estava alí.Suas pernas tremiam e não tinha certeza se conseguiria se manter em pé. Mas, sim. Era ele. Com aquele olhar faiscando da forma como ela lembrava e amava, seu Andrew estava alí.Sem se importar com o local onde estava, ela pretendia correr e pular em seus braços, quando foi interrompida pelo duque de Gloucester, anfitrião do baile, que também adentrou na sacada. Só então ela se deu conta de que a festa tinha parado e a atenção de todos estava voltada pra lá.- é você mesmo? Andrew? O que está fazendo aqui, meu filho?Filho? Todos na sociedade sabiam que o duque era um homem duro, e que maltratou muito a sua primeira esposa e os filhos. O seu herdeiro havia morrido e o segundo filho o abandonou jurando nunca mais voltar. Era essa exatamente a his
Nas primeiras horas da manhã, Ivy já estava sentada na mesinha do jardim, aguardando James que prometeu visita-la. Não conseguiu pregar o olho a noite inteira, sabendo que Andrew estava na mesma cidade que ela.Lunna já tinha desistido de tentar acalma-la, até porquê estava extremamente nervosa também. Quando ele finalmente chegou, sequer precisou bater na porta. Lunna, que já estava atenta, o interceptou e o levou até uma Ivy louca de ansiedade.- oh, James, ainda bem que chegou!- não precisou trata-lo com formalidades, já que as circunstâncias haviam tornado-os mais próximos.- eu sequer consegui dormir esta noite.- bom dia, Ivy. Então, minhas suspeitas parecem se confirmar com toda essa ansiedade. É ele, não é?Mesmo sem mensionar o assunto, ela sabia ao que se referia. E era arriscado demais mensionar sua gravidez dentro de casa, onde as paredes poderiam ter ouvidos.- sim, é verdade, acontece que ele ainda não sabe o que está acontecendo,
O mordomo se retirou imediatamente diante das palavras firmes de Andrew. E assim que ele saiu Ivy respirou aliviada por continuar ali.- Andrew, por favor, me deixe falar. Eu sou Ivy Sackville, uma tola, inconsequente, que fugiu do internato em busca de meio ano de liberdade na Itália. Acontece, que essa liberdade foi exatamente o que me prendeu pelo resto da vida, eu me sinto completamente presa a você agora. Quando o conheci eu menti para preservar a minha identidade, e conforme fomos nos aproximando a minha mentira foi se transformando numa bola de neve, eu não tive mais coragem de contar a verdade sobre mim, eu sabia que íamos nos separar e não queria estragar os nossos últimos momentos.- de tudo o que você fez Ivy, mesmo com todas as mentiras, nada foi mais cruel do que partir sem se despedir, sem me dar uma explicação. Você não imagina como eu acordei naquela manhã, e ainda assim eu vim até aqui para descobrir que estava noiva!
- com sua licença, lorde Dorset, o lorde Windsor está lá fora e aguarda para falar com o senhor.- informou o mordomo ao conde, que registrava algumas contas em seu escritório.- mande-o entrar, petter, ele me deve mesmo algumas explicações.Sem questionamentos, o criado saiu para trazer o filho desaparecido do duque, que como todos comentavam, agiu de uma forma no mínimo estranha, com a senhorita Sackville, durante o baile oferecido pelo seu pai.- lorde Dorset, não fomos apresentados formalmente, mas, é um prazer conhecê-lo. - disse Andrew adentrando o escritório do conde.- eu sou Andrew Windsor, sou o filho do duque de Gloucester, o senhor deve conhecer o meu pai, do parlamento.- acredito que o senhor veio explicar o seu comportamento estranho com relação a minha filha no baile, ela não quis falar sobre isso,mas agiram como se já fossem conhecidos, e até onde sei, ela correu atrás do senhor e gritou em plen
Após o casamento, o senhor e a senhora Windsor se mudaram para o condado de Gloucester, Ivy sentia falta do clima praiano, mas o campo também tinha a sua magia. Aos poucos, Andrew e o pai foram se reaproximando e por mais que não fossem muito íntimos, ele conseguiu tirar o rancor do seu coração, perdoar o pai nos seus últimos dias de vida e administrar as propriedades da família, como um futuro duque.Ter a sua própria família e regar sempre bons sentimentos o ajudaram durante a sua reconstrução com o seu pai, e aos poucos o sentimento de culpa que acumulava com relação a morte do irmão foram se discipando. Alguns meses depois, quando o seu bebê nasceu ( antes do tempo🤫), Ivy o chamou de Dominic, e ele sentiu uma alegria imensa com essa homenagem.Ivy continuava distraída e alegre como sempre gostou de ser, gostava de guiar a própria carruagem, ria alto quando sentia vontade e não deixava de falar o que pensava, mas, agora era uma futura duquesa e
– Lady Dorset, minha família é, de fato, um exemplo de honra e respeito em toda Londres, jamais deixaríamos de cumprir a nossa parte do acordo, firmado a tanto tempo entre nossas casas. – disse a condessa de Cumberland, após tomar mais um gole do seu chá favorito. – acontece que, como todo acordo, este também possui duas partes e, se a que lhe cabe, não for cumprida como se deve, me verei livre de qualquer obrigação com a sua família.– Oh, Lady Cumberland, eu estou imensamente envergonhada pela situação, mas, não vamos agir por impulso. Sim? Minha filha está muito arrependida, chorou a noite inteira de tanto arrependimento. Isso nunca mais irá se repetir, não é Ivy?O último lugar onde Ivy Sackville gostaria de estar