Ele foi embora. Caminho até a porta e em seguida a fecho. Encosto na porta e sinto lágrimas cair no meu rosto. Eu gosto dele… Mas não poderia ficar com ele. Não seria justo… Foi certo eu escolher o Wirley, ele é a melhor opção. E com Bruno…Ai, meu Deus! Deslizo minhas costas na porta até eu ir para o chão. Meu peito está doendo tanto… Ouço um toque, acho que é o meu celular. Levo a minha mão no rosto para tentar enxugar as lágrimas, mas continua caindo. Me levanto e vou até a minha bolsa, que está no sofá. Mas não estava lá dentro. Droga! E o telefone continua tocando. Então sigo pelo som, está perto. Olho para os lados e nada. — ONDE ESTÁ ESSA MERDA DE TELEFONE? — Esbravejo, de raiva, por não me lembrar de onde deixei esse bendito celular. Continuo procurando e olho para frente, noto que o vinho que o Bruno trouxe e deixou sobre a mesa. Comprimi os lábios, lembrando-se dele me dizendo que está apaixonado por mim… Voltam cair às lágrimas que tinham parado. Droga de novo! Sacudir a c
Viro para um lado, depois viro para o outro lado. E nada do sono vim. Não consigo dormir. Me levanto e me sento na beira da cama, pego o celular que está em cima da escrivaninha. Pego e são quatro da manhã. Jogo a porra do celular na cama, me inclino para frente com os cotovelos em cima do joelho e com as mãos na cabeça.Pensando no que ela me disse… Mesmo sendo atraída por mim, não quer se envolver pelas minhas atitudes… Merda e merda! Sacudir o cabelo com as mãos de raiva! Poderia mostrar a ela que sou a melhor escolha, mas não quero ser esse tipo de cara, que não aceita um não e a força. Sinceramente, não sou esse cara, pelo contrário, elas que pedem, até imploram para está nos meus braços.Mas quem eu quero não me quer. Quer saber, como não consigo dormir mesmo, vou lá ao escritório, acho que tem um pouco de bebida e estou precisando muito. Me levanto, vou até numa cadeira e pego uma calça de moletom e me visto, depois saio do quarto, desço as escadas e caminho até o escritório
Acabei de chegar na empresa, estou toda cansada. Parece que passou um trator em cima de mim, estou muito fraca. Também, não parava de chorar por conta da visita do Bruno ontem. Ainda bem que a Patrícia estava lá comigo, me dando força e cuidando de mim, estava sem forças até para comer. Não parei de pensar um minuto nele, pra saber se está tudo bem?Nem sei como vai ser o nosso que convivo aqui na empresa. Sai do elevador, cumprimentei algumas pessoas que encontrei no caminho e fui para a minha sala. Puxei a cadeira, em seguida me sentei, abri a gaveta e coloquei a minha bolsa ali e fechei depois.Liguei o computador e comecei a trabalhar. Notei que está um silêncio aqui na sala, logo ali na frente é sala do meu chefe e não costuma ser assim, pelo ao contrário, ou está falando com alguém no telefone ou me pedindo para pesquisar, ou pedindo relatórios financeiros dos clientes.Meu celular está sobre a mesa, o pego e vejo que nem são nove e meia. Crio coragem e me levanto da cadeira, vo
Precisava conversar com o Wirley, mas o imbecil estava me evitando. Então tive que mostrar a ele que sou o chefe dessa porra! Mesmo assim continuo me ignorando. Merda! Estava perdendo a paciência já, ainda tive que presenciar ele beijando a Raquel na minha frente.Tirando a parte que queria dar um belo soco bem na sua cara, não por ter feito isso, sim, por ter machucado ela. Ainda não consigo entender, depois de tudo que passou com o traste do seu ex, ainda assim ela o prefere a mim? Sacudir a cabeça para afastar esse pensamento.Estávamos perto da sua sala, ele estava na frente e estava atrás dele, seguindo. Claro, que tinha gente me observando por esta de óculos escuros. Uns pensaram que dormi com alguma mulher casada e o marido descobriu e por isso que estou usando óculos.Até parece! Nunca ia dar esse mole e outra, mulher casada dar trabalho, não gosto dividir mulher que estou transando com outro cara. Mas o real motivo é que estou assim porque estou sofrendo. Nunca achei que ia m
Não posso acreditar! Quer dizer, estou até surpreso com isso, que nem consigo dizer nada! Me afasto ficando de costas para ele. Mas, vindo do cara de quem convivo aqui na empresa faz dois anos, ele pode está aprontando? Armando alguma coisa para tirar a Raquel de mim? Me viro e vou até ele. — Olha aqui! Esquece que você não vai conseguir tirá-la de mim! — O quê? — Me olha confuso, não entende o que estou falando. — Wirley, você não mudou nada. Eu não estou aprontando coisa nenhuma! Estou falando a verdade, se quiser você perguntar pra Raquel que ela mesma vai garantir isso. — Ele aponta na direção da porta. Fico avaliando ele, parece que está falando a— Não, não precisa. — Ergo a mão, fazendo o gesto que não precisava. — Mas você disse, aqui mesmo na sala que ia tirar ela de mim e agora diz que vai nos deixar em paz? Vindo de você é um tanto suspeito? — Confesso, com as mãos no bolso da calça, olhando para ele. — Sim, isso é verdade. Mas como gosto dela e não é pouco… Quero vê-la f
Estava saindo da sala do Wirley, estamos resolvidos, bom, assim espero. Tinha que dar uma lição nele, depois que machucou a Raquel. Tudo bem, não deixou marcas, mas nunca, nunca se deve bater numa mulher, principalmente se essa mulher é a Raquel.Merda! Andei tão rápido, por querer sair logo da sala do Wirley que parei de frente na minha sala, quer dizer, da minha secretária. Recuo para trás para ela não me notar. E olho para ela, está tão linda. Está usando um vestido preto, justo que vai até a altura do joelho.Os cabelos estavam soltos, que se movimentavam com leveza quando ela se movimentava. Poderia ficar aqui horas admirando. Ela é muito linda. Me afasto e sacudo a cabeça para parar com isso, pareço adolescente agindo desse jeito! Se comporta Bruno! Entro na sala.— Senhorita Oliveira?— Sim, Bruno… Quer dizer, senhor Montenegro? — Levanta-se e vem na minha direção.— Vou ter que sair… Para resolver umas coisas… Só vou voltar para reunião com o senhor Farias. — Ergo a mão para i
Estou aqui de frente ao computador, mas não consigo me concentrar. Estou apreensiva. Ainda mais depois que Bruno queria conversar com o Wirley. Meu Deus, o que será que ele quer? Será que vai dizer que foi no meu apartamento ontem?Dou um salto da cadeira, só de pensar isso. Mas não aconteceu nada… E vem na mente, o beijo que me deu. Só de lembrar meu corpo estremecer todo, sentir aqueles lábios nos meus… Com doçura e ao mesmo tempo com uma urgência. Sacudir a cabeça, afastando essas lembranças.Me distanciei da minha mesa e andei para um lado e para o outro no que eles possam, está conversando. Levo a mão no meu rosto e penso, por que o meu chefe veio de óculos escuros, tudo bem, ele estava bonito… Mas por quê ele veio assim? Será que é por minha causa?Não posso ficar pensando nisso, vou trabalhar para esquecer isso. Volto para minha mesa, pesquiso alguma coisa sobre o cliente do meu chefe. Olho para meu lado direito e o vejo. Parece que meu corpo sabe o efeito que ele me causa. —
Falei com a minha secretaria agora pouco e pedi para desmarcar uma reunião agora no almoço com o cliente, pois já tinha compromisso. Sai da minha sala e fui para sala da Raquel, para irmos ao nosso almoço. Assim que chego me deparo com a Raquel no telefone. — Estou com saudades do seu corpinho lindo gata. — Ela não responde, está calada, só ouvindo. — Tira uma dúvida, qual dos dois advogados você está dormindo? Ou está dormindo com os dois, bom, sabia que você é uma vagabunda mesmo! — Ela fecha os olhos, leva a mão no rosto, começa a chorar. Estou diante da sua mesa. Vendo daquele jeito começo a me preocupar. — O que houve, Raquel? — Me inclino para frente com as mãos apoiadas sobre sua mesa. Ela não me respondeu, nem ouviu a minha voz. Droga! Quem é do outro lado da linha? Pego o seu celular, percebeu o que fiz, tenta falar algo, mas ignoro e ponho o celular no meu ouvido para ouvir. Conheço essa voz… Que desgraçado?— Cala a merda da sua boca! Pelo artigo cento quarenta e sete A: