CAPÍTULO 59 - FEYRA SMIRNOV (PARTE 2)

Ele sorri, mordendo-o com ainda mais força, antes de voltar a mão para o pescoço e puxar o meu rosto para ele. Heros beija os meus lábios com força, esmagando a sua boca contra a minha.Tudo o que consigo repetir é seu nome à medida que o seu pau entra e sai de mim rapidamente. Forte e bruto, chocando o meu corpo contra a porta.

CAPÍTULO 60 - HEROS GREEN (PARTE 1)

A tensão entre nós é palpável, um fio prestes a se romper. Ao abrir a porta, a leve brisa entra e envolve o espaço, mas tudo muda assim que entramos no banheiro. A água quente do chuveiro desce e começa a cair — uma cortina vaporosa que obscurece primeiro a luz, criando uma atmosfera carregada de mistério.Assim que estamos no box, deixo a água escorregar sobre nós. Feyra se mantém rígida, suas costas coladas aos azulejos frios, como se estivesse tentando se proteger de mim. O c

CAPÍTULO 61 - HEROS GREEN (PARTE 2)

A brisa suave entra pela janela entreaberta, mas é um mundo silencioso que me envolve. Sentado na cadeira de couro, a textura fria em contato com minha pele me lembra como o passado pode ser difícil de escapar. Enquanto minha mente vaga rapidamente, sou puxado de volta para a casa pequena e esfumaçada onde cresci.Era uma manhã qualquer, e eu estava na sala, com os olhos fixos na porta fechada. A incerteza pairava no ar, densa e incomodativa.

CAPÍTULO 62 - HEROS GREEN (PARTE 3)

Na adolescência, as coisas deveriam ter melhorado, mas o golpe da traição me atingiu como um raio. Eu estava num bar a negócios e foi quando eu vi minha namorada. A esperança e a confiança se desvaneceram quando a vi com outra garota e um cara, em um tipo de relacionamento a três.— Que porra, está acontecendo aqui, Amanda? — perguntei, a voz quase inaudível, enquanto a incredulidade e a dor se misturavam em meu peito. A cena à minha frente se desenrolava como um pesadelo: minha namorada, rindo e se divertindo, beijando duas pessoas que eu nunca d

CAPÍTULO 64 - FEYRA SMIRNOV (PARTE 2)

Como combinado, deixo Zedekiah fazer seu trabalho de hacker. Ele consegue infiltrar-se no sistema com uma facilidade impressionante, acessando dados ocultos, segredos e documentos que poderiam mudar tudo para nós, sem precisar estar aqui.Logo, a tela é preenchida com informações, e meu coração acelera ainda mais. Os nomes de políticos, empresários e transações obscuras aparecem diante de mim. Minhas mãos permanecem firmes enquanto ajusto a pequena câmera que fixei ao sutiã. A câmera &eac

CAPÍTULO 63 - FEYRA SMIRNOV (PARTE 1)

A semana passou rápido, mais do que eu esperava, e não precisei sequer entrar na mente das meninas para uma festa acontecer. A ideia surgiu de forma espontânea, impulsionada pela energia vibrante de Clara e Maya. Ava, embora em silêncio, não se opôs e isso me deixou aliviada. Agora, aqui estou na mansão delas, cercada por risos e música.O som pulsante da música eletrônica ecoa pelas paredes, misturando-se com os gritos de alegria dos convidados que se espalham pela casa. A iluminação suave e colorida te

PRÓLOGO - FEYRA SMIRNOV

MOSCOU ULITSA ARBAT (ARBAT STREET)Fico parada no portão da escola por mais de duas horas, tentando ligar para Mackenzie — minha mãe — que não atende a droga do telefone e deixa todas as minhas chamadas irem para a caixa de mensagens, já são vinte e três até agora!As sombras começam a se alongar, e a luz dourada do crepúsculo parece escorregar entre os edifícios enferrujados, arrastando consigo os últimos vestígios da esperança. Um vento gelado sussurra pelas árvores ao longo da calçada, as folhas dançando suavemente antes de se renderem ao chão, como sussurros de um passado esquecido. Cansada de esperar, opto por ir para casa a pé, sabendo que o caminho será longo e cansativo. É melhor do que permanecer aqui, aprisionada ao sabor cruel da incerteza, à espera de minha mãe. E, se ela se esqueceu de mim mais uma vez?Meus pés começam a latejar, o tecido dos meus tênis fazendo fricção nas costas dos meus calcanhares, e, ao longo do caminho, a cidade se transforma. As vozes distantes e o

CAPÍTULO 01 - FEYRA SMIRNOV

A noite parece se fechar ao meu redor, como se as sombras conspirassem para me engolir. O riso dos homens ao meu lado ecoa como um som distante, quase irreal, mas o cheiro de sangue e pólvora me traz de volta à realidade crua. Cada respiração que dou parece carregar o peso da morte, como se o ar estivesse impregnado de culpa e desespero.Meus olhos se fixam nas poças de sangue que se espalham pela calçada, cada uma delas um testemunho mudo de vidas que foram ceifadas sem piedade. A luz dos postes oscila, criando sombras dançantes que parecem sussurrar segredos sombrios. Sinto um frio que não vem do vento, mas de dentro, como se minha própria essência estivesse se desintegrando.O Capo ergue sua garrafa em um brinde macabro, sua voz rouca cortando o silêncio da noite.Eu me pergunto como cheguei a este ponto. Como minha vida se tornou isso: um pesadelo do qual não consigo escapar. Lembro-me de tempos mais simples, de dias em que o sol parecia brilhar mais forte e o futuro era uma prome