Assim que entro no quarto, a vejo dormindo tranquilamente na minha cama. Não consigo entender como Luther não veio até aqui e a levou para a cama dele, aceitando que ela esteja aqui, no meu quarto, e não no dele.
Fico olhando Feyra dormir, seu rosto sereno banhado pela luz da lua que entra pela janela. Sua respiração é lenta e tranquila, quase etérea, e ela parece um anjo adormecido, com os cabelos esparramados sobre o travesseiro, formando uma aura de conforto ao seu redor. É um quadro tão delicado e perfeito que
Consigo sentir o cheiro dele impregnado nos lençóis e travesseiros — uma combinação tentadora de couro e algo mais, uma marca da sua presença. Lembro-me de quando ele entrou no quarto, a aura de segurança e poder envolvendo-o. Não pude deixar de reparar no seu corpo quando começou a tirar a roupa — ele não é tão definido como os irmãos, mas é tão lindo quanto —, revelando sua cueca boxer branca que, certeiramente, deixava entrever o volume que ela escondia. Engoli em seco, passando a língua pelos meus lábios, sentindo a excitação e um frio na barriga, ao mesmo tempo que tentava não demonstrar que estava acordada.
Mas claro que ele não confiaria em mim tão facilmente.— Não compreendi… qual colégio? — pergunto, com a voz trêmula devido à pressão que sinto.— Temos uma missão para você e, se aceitar, poderá ir para uma escola e terminar seus estudos, ao invés de ficar trancada aqui o
Conseguiram me matricular no Colégio Crestwood no dia seguinte ao que fui informada — e aqui estou no carro com Luther de frente ao portão, com uma mochila nova no colo, vestindo um uniforme que, de certa forma, parece mais uma armadura do que um símbolo de prestígio. A blusa branca está impecável, adornada com um emblema bordado que remete à tradição e à autoridade. A saia xadrez, em tons de marrom e vermelho, se ajusta de maneira formal, mas o que mais sinto é o desconforto de não saber exatamente onde me encaixo nesse mundo de elite. — Hmm… e qual é a dessa coleira? — Ela continua, com um tom brincalhão. — Eu até tenho uma, mas a minha é mais no estilo punk, algo que combina com minhas vestimentas. Mas a sua parece ser mais… de dominação entre dom e sub — ela ri, e eu engulo em seco, lembrando-me da coleira que me custa tanto admitir.Quando acordei nesta manhã, junto ao meu uniforme escolar estava essa maldita coleira que Zedekiah me obrigou, como um completo dominador, a usar com suas iniciais.CAPÍTULO 46 - FEYRA SMIRNOV (PARTE 2)
Enquanto dirijo em direção ao colégio Crestwood para buscar Feyra, meu celular vibra. Uma notificação de um dos nossos soldados informa que Feyra está em um café a duas quadras do colégio, acompanhada pelas filhas de Kensignthon e uma amiga. Uma onda de irritação percorre meu corpo. Ela quebrou uma das regras mais importantes: não sair do colégio sem a nossa permissão.
— Não somos apenas nós que usamos — explico, gesticulando lentamente para os veículos, como se estivesse apresentando uma galeria de arte. — Temos nossos soldados também, que nos seguem para onde vamos. Eles não têm a mesma liberdade, mas são nossos braços e pés nas ruas.Mas eu não me detenho aí, o ar de arrogância e presunção em minha voz transparece — não sou do tipo de pessoa que se contenta com menos.
Ao chegarmos ao quarto, abro a porta e a convido a entrar primeiro. O espaço é amplo, refinado, com uma cama king size coberta de lençóis de seda branquíssima que reluzem sob as luzes delicadas. Ali, na cabeceira da cama, aguarda a surpresa que deixei cuidadosamente preparada para ela. Uma caixa decorada, cravejada de detalhes em prata, que parece vibrar com uma energia própria.— O que é isso? — ela pergunta, os olhos se arregalando em curiosidade, hesitando antes de se aproximar.
Com a pena, desço mais, explorando cada curva, até que a pena chegue entre suas pernas, fazendo-a tremer sob meu toque.— Você prefere meus dedos… — digo, aproximando-me com a voz baixa e sedutora — ou a minha língua?Ela morde os lábios mais uma vez, hesitando entre as opções oferecidas.