Capítulo 1 — Manhã conturbadaNa manhã de segunda, Carter acorda assustada com o terceiro barulho do despertador, às seis e quarenta e cinco. Ela pula da cama, assim que desliga a música da beyoncé, fazendo uma nota mental de trocar por outra música o mais rápido possível, pois se for obrigada a acordar mais um único dia ao som de "crazy in love" tem certeza que terá um ataque de pânico.— Merda estou atrasada! — resmunga enquanto corre para seu guarda-roupa e pega o uniforme, uma blusa polo branca com emblema de águia e uma calça jeans.Em seguida vai direto para o banheiro e toma um rápido banho gelado, para despertar. Após se se
Carter BennettA minha sorte é que a tia da faculdade me arrumou outro uniforme, para substituir a roupa molhada. Durante a aula, tudo o que eu consigo pensar enquanto a professora Smith explica a matéria de literatura, é em como uma mulher tão velha, consegue ser tão conservada. Ela caminha de um lado a outro, falando sem parar, com uma firmeza impressionante. Nem de longe parece que tem cinquenta anos, e não é atoa que o diretor Henry vive arrastando uma asinha para o seu lado.Contudo, esse pensamento logo se perde e tudo simplesmente desaparece, quando começo a pensar naquele garoto que esbarrou em mim mais cedo a caminho da faculdade. Algo está me atraindo nele e preciso descobrir o que é.Sigo assim enquanto desenho distraidamente qual
*Carlos Miller* Diariamente acordo às seis matinalmente para malhar, já estou acostumado que acordo sozinho. Hoje mais especificamente levantei diferente, mais disposto, e estou empolgado para levar Carter a oficina. A verdade é que apenas de olhar para aquela garota, vi que não era uma menina comum, que eu conseguiria levar para cama com uma conversinha mole. Ela é diferente, tem algo delicada que me atrai, como um desafio.Sento na cama olhando fixamente para o chão do pequeno quarto, pensando em como devo agir perto dela, já que meu jeito meio despreocupado de levar a vida é no mínimo questionável. Então pego o celular, e procuro seu contato na lista. Em sua foto de perfil exibe um sorriso meigo, enquanto segura um filhote cachorro. Sorrio com isso.Carlos: Bom dia flor do dia!.
*Autora*Após o beijo que deixa Carlos louco, ele se afasta lentamente e observa os lábios rosados de Carter, acompanhados de seu rosto corado e os lindos olhos muito bem abertos, parecendo surpresa. Na verdade, ela está bem extasiada com o beijo e o toque do garoto, pois foi a primeira vez que foi beijada, mas óbvio que não dirá isso ou o mesmo provavelmente vai lhe achar uma pirralha inexperiente, e por mais que ela seja isso mesmo, não quer passar essa impressão.— Ainda quer conhecer a oficina? — ele pergunta com os olhos de cãozinho abandonado, e ela pensa um pouco antes de responder.— Tudo bem… — sorri meiga e ele abre um largo sorriso.— Ótimo então vamos indo — diz empolga
*Autora*Enquanto o moreno dirige em alta velocidade, cortando as ruas com uma agilidade fora do comum, Carter respira fundo sentindo o vento que entra pela janela assolar seu rosto. Ela pega seu celular e tira uma foto de Carlos distraído, apoiando o cotovelo do braço esquerdo na porta do carro, levando a mão para apoiar a cabeça e a outra mão direta no volante.Ela sorri ao tirar essa, e Miller nem percebe. Bennet coloca a foto no papel de parede do celular, mas não comenta nada com Carlos.Chegando no grande portão com quatro homens fazendo a vigilância, Carlos pisca o alerta três vezes os fazendo abrir, e entra com o carro.Logo no estacionamento se escut
*Carlos Miller*Já na van mando Brendon dirigi direto para o Lions, afinal eu não estou em condições para isso. Deito nos bancos do fundo, enquanto Adrien vai na frente com Brendon, e Megan atrás ao lado de Luiza.Todos percorremos o caminho em silêncio. Mas embora ninguém diga nada, meus pensamentos me atribulam mais do que qualquer coisa. Só consigo pensar em como queria ter ficado ao lado de Carter nesse momento, e fui um estúpido e o único culpado pelo que aconteceu. Apesar de tudo, me recuso a desistir de minha princesa assim tão fácil. Nem que por ela eu tenha que mudar de vida, e questionar minhas próprias ações, simplesmente não posso deixar. Ela foi de longe, o melhor q
*Carter Bennett*O jeito como Thony tagarela a aula inteira sem parar, apesar de ser irritante me arranca muitas gargalhadas. O professor Gayclin não é do tipo que pega no pé por conversa, então qualquer coisinha é pretexto para o loiro dizer alguma coisa em meu ouvido, como agora mesmo enquanto analisamos uma rã morta sobre a bancada do laboratório de biologia, ao qual fomos conduzidos assim que o professor chegou.— Isso é maneiro, você não acha? — pergunta enquanto cutuca o pobre animal sem o mínimo pudor, e isso me faz ficar enjoada.— Nojento, eu diria — a afasto mais para o lado dele, e ele me encara com um sorriso largo no rosto.— Você não tinha aula de biologia na sua antiga Universidade?— Tinha, mas os métodos eram menos medievais, nós não analis
*Carlos Miller*Sentindo uma dor infernal na cabeça levanto devagar e vou até o banheiro, tiro a cueca e com às duas mãos sobre a pia me olho no espelho e vejo os arranhões em meu peito e costas.— Já vi que não usarei regata. — Digo para mim mesmo revirando os olhos.Abro a porta do boxe entro e fecho em sequência para tomar um banho bem gelado. Minhas costas ardem com a água caindo sobre meu corpo. Após me lavar.Seco-me e enrolo a toalha na cintura. Vou até minha bolsa de viagem e pego uma blusa azul meia manga, uma calça jeans clara e um tênis branco.Acabando de me vestir, pego uma aspirina na bolsa coloco no bolso da calça e saio.Na cozinha dou de cara com uma garota loira de olhos verdes, sentada na cadeira alta em frente ao balcão, tomando um café e lendo uma revista.