Visão de Erick
Minha nova assistente me seguiu e ficou em pé a minha frente sem nada dizer. Está completamente perdida. Levo alguns minutos analisando uns documentos e por um instante finjo que a esqueci ali. Ela observa minha sala. Parece encantada com tudo. Levanto a cabeça e a olho. Sua expressão tem uma mistura de admiração, apreensão, frustração e nervosismo. Aproveito que ela está distraída e analiso seu corpo. Muito bonito por sinal. Curvilíneo. Cintura fina, seios firmes e avantajados. Está vestida com uma saia azul escuro na linha do joelho e uma blusa de seda branca com os dois primeiros botões abertos. Vejo que não é tão recatada, pelo menos não é daquelas que escondem o corpo. Sinto que sua presença aqui não vai ser muito legal para mim. Ficar olhando para ela todos os dias vai me desconcertar. Já me sinto totalmente atraído por essa garota. Que merda! - Srtª Smith, por que será que estou com a sensação de que não foi uma boa ideia te contratar? Ela me olha com olhos arregalados e seu rosto fica vermelho. Gagueja nas palavras, abri a boca várias vezes, mas não conclui o que quer dizer. Seguro o sorriso. Será que seu desconforto é pelo mesmo motivo que o meu? É melhor eu deixá-la ir, antes que desmaie na minha frente. Peço que faça uma relação com todos os nossos novos clientes, no qual vou precisar ligar mais tarde. Minha secretária se vira para sair da sala e eu reparo em sua bunda destacada na saia. Uma excelente bunda! Já chega Erick, para de ficar cobiçando sua secretária. Você não come suas assistentes, lembra? Me recrimino e tento afastar esses pensamentos. Fico observando da minha sala através da parede de vidro. Ela é linda. Aparência jovem e inocente. Tímida. Quantos anos tem? Não me recordo de ter visto no seu contrato admissional. Na verdade, eu sequer olhei a sua ficha. Vou precisar saber tudo sobre ela. Um estalo surge na minha mente. Agora me lembro de onde eu a conheço. Ela é a mulher que estava no elevador na sexta-feira. Ela entrou no 17 andar provavelmente vindo do RH, quando eu, Patrick e mais dois executivos da empresa estávamos saindo. Seu perfume suave entrou pelas minhas narinas e me fez apreciá-la por completo. Seu rosto e seu corpo. Ela, no entanto, não demonstrou nenhuma reação. Ficou em silêncio, de frente para a porta. Se estivéssemos sozinhos, com certeza eu a empurraria no canto e a beijaria. Desejei que o elevador desse uma pane naquele exato momento, para eu ter mais alguns segundos ao seu lado. Infelizmente o elevador logo chegou ao térreo e ela saiu apressada pela porta da frente, sumindo da minha visão. Agora ela está aqui, e é minha assistente. Se não acreditava em destino, agora acredito, só pode ser ele fazendo nossos caminhos se cruzarem novamente. Minutos depois a chamo e peço que providencie um café. Quando ela entra na sala e deixa o café sobre a mesa, vejo que sua expressão é de quem quer sair logo daqui. Ela me pergunta se eu preciso de mais alguma coisa. Minha presença à perturba? Bom saber. No entanto, não respondo e provo o café. Está do jeito que eu gosto, forte e sem açúcar. - Como você soube de como eu gosto do café? - Só um palpite, Senhor, acho que todos os homens preferem assim. Abri um sorriso ao falar. Um sorriso lindo, formando covinhas na bochecha. Sorrio de volta. Como assim? O que ela quis dizer com “todos os homens preferem assim”? – Sério? Todos os homens? – Pergunto levantando as sobrancelhas. Ela gagueja e fica constrangida novamente. Dá uma desculpa e sai da sala. Mais tarde saio para a reunião e só volto depois das 14 horas. Kate havia me ligado e me enchido com os seus problemas. Estou farto de tudo isso. Suas queixas e cobranças só pioraram o meu humor. Passo o restante do dia analisando contratos e planilhas. Saio do escritório já bem tarde, minha cabeça está cheia. Acabo indo para uma das minhas boates. Preciso beber alguma coisa e aliviar minha tensão do dia. Mesmo cuidando das empresas da minha família junto com meu irmão, mantenho outros negócios, e as boates são um deles. Essa em especial, não é bem uma boate comum, e sim uma casa de sexo. E é para lá que vou toda vez que preciso aliviar meu estresse ao lado de belas mulheres. Faz alguns dias que não transo, preciso foder umas bocetas deliciosas e saciar esse meu tesãoVisão de Júlia No dia seguinte, chego ao trabalho antes do horário previsto, não quero ser repreendida novamente. Conforme a agenda do meu chefe, não há nenhuma reunião agendada para hoje e nenhum trabalho externo, portanto, ele vai ficar o dia todo no escritório. Ao chegar, Erick me cumprimenta com um sorriso. - Bom dia Srtª Smith. Também o cumprimento e ele segue para sua sala. Seu humor hoje está bem melhor do que ontem. Talvez ele não seja um mal chefe. Erick é um homem lindo. Alto. Mesmo atrás de terno e gravata, percebe-se que seu corpo possui músculos bem distribuídos, de quem malha ou pratica algum esporte. Seu sorriso é lindo, seus olhos, seus cabelos... Fecho os olhos e novamente fico imaginando seu corpo colado ao meu, sua boca deslizando pelo meu pescoço e sussurrando no meu ouvido.... Por que esses pensamentos agora? Solto a respiração devagar e olho em direção a outra sala, Erick está me observando através do vidro. Meu coração dá um salto e imediatamente aba
Visão de Erick Minha saída para beber ontem à noite me fez bem. Não bebi muito, claro. Por ser segunda-feira não encontrei nenhum dos meus amigos, mas em compensação, fiquei com uma mulher que não parava de me olhar e lançar sorrisos em minha direção. Eu estava no bar observando o movimento quando me deparei com o seu olhar. Ela estava na companhia de um casal. O homem se dividia entre as duas mulheres, ora beijando os lábios de uma, ora da outra. As duas se esfregava nele sem nenhum pudor. A mão do homem estava no meio de suas pernas e ela rebolava nos seus dedos. Seu olhar parecia estar me convidando para me juntar a eles. Eu já participei muitas vezes desse tipo de brincadeira. Aqui no meu clube rola de tudo. Fiz menção para ela vir até mim. A danada nem se despediu dos seus acompanhantes e veio em minha direção. Segurei em sua cintura a puxando de encontro a mim, esfregando minha ereção em sua virilha. Ela gemeu já toda entregue. Segurei em sua mão a levando para o andar de
Visão de Júlia Duas semanas se passaram. Eu estou adorando o meu trabalho. Passei a me envolver mais nas atividades da empresa. Na minha segunda semana, já participei de uma reunião com os gerentes executivos da empresa, pois a assistente do Sr. Patrick Prattes precisou se ausentar por motivos de doença, por isso, fui requisitada para tomar nota de tudo que acontecia. Acostumei-me com o humor do meu chefe que variava a cada dia. Um dia estava tranquilo, sorridente e atencioso, em outro, parecia nervoso, triste e preocupado. Erick é um homem muito legal, eu gosto de vê-lo e de conversar com ele. Até sinto a sua falta quando não está no escritório. Seu jeito de falar, seu sorriso, seus olhares em mim, que me deixa envergonhada. Será que estou fantasiando coisas? Nunca me senti amada por ninguém. Nunca estive realmente apaixonada. Na faculdade tinha uns carinhas que queriam ficar comigo, mas nada sério. E teve Tyler, meu primo. Meu primeiro beijo e minha primeira paixonite de
Visão de Júlia No final do expediente, saio do escritório e vou ao supermercado, preciso fazer umas compras para casa. Ao chegar no meu apartamento, ouço o toque do meu celular. Procuro-o na bolsa e atendo imediatamente, imaginando que seria minha amiga Maya. A última vez que nos falamos foi há uma semana. Atendo no maior entusiasmo. – Hei, olá! - Se soubesse que a minha ligação a deixaria tão feliz, tinha ligado antes. – A voz do outro lado não é de Maya. Meu coração acelera, eu conheço essa voz... Tentando fazer meu coração desacelerar um pouco, finjo não reconhecer a sua voz. – Quem é? Seu sorriso largo surgi no meu ouvido e ele fala em um sussurro. – Júlia... Você sabe quem é. Ouvir meu nome em sua voz, conciliada com sua respiração suave ao telefone, fez um frio seguir do meu estomago até minha virilha. Minha tentativa de acalmar foi por água abaixo. Senti minhas pernas fraquejarem e me apoiei no balcão da cozinha para não cair. - Sr. Prattes, posso te ajudar em a
Visão de Erick Meus finais de semana costumavam ser bem agitados. Festa, balada, bebidas e mulheres. Mesmo namorando a Kate, não deixava de aproveitar com meus amigos. Na maioria das vezes ela estava presente, mas sempre demonstrava insatisfação. Depois do seu acidente, minhas saídas nos finais de semana diminuíram. Fiquei ao seu lado, cuidando e lhe dando atenção. Não só por ela, mas porque esse acidente trouxe mais complicações em minha vida que agora estou pagando caro. Deixei de lado meus amigos e algumas mulheres que insistiam em sair comigo. Fiquei com algumas, claro, pois a necessidade de sexo estava me deixando estressado. Pensei em ir a boate novamente, beber e apreciar um bom sexo. Mas não, hoje quero fazer algo diferente, mas tranquilo. A imagem de Júlia vem em minha mente. Decido convidá-la para sair, será que ela vai aceitar? Pego o telefone e ligo para ela. Não preciso esperar muito, ela atende no segundo toque. A sua voz risonha e meiga preenche os meus ouvidos
ErickFico em frente ao prédio de Júlia ainda por alguns minutos reorganizando os pensamentos. Meu celular começa a tocar, é Kate. Deixo de lado, deixando a ligação cair. Ele toca novamente. Atendo sem a menor vontade de falar com ela. - O que foi Kate? – Minha voz sai alterada. - Oi Erick é Elizabeth. Porra! Por que a mãe de Kate está me ligando? E a essa hora? Sua voz parece um tanto chorosa. Fico apreensivo pelo que ela tem a me dizer. - Preciso da sua ajuda, minha filha... a Kate... ela.... Ah! Erick vem logo para cá. – Começa a chorar. Ligo o carro e saio o mais rápido que posso. Ainda com Elizabeth no telefone tento saber o que realmente aconteceu. - Calma Lisa, o que houve? O que aconteceu com a Kate? - Erick, ela está no hospital nesse momento. Minha filhinha... não sei o que fazer Erick. Não sei por que ela fez isso, parecia que estava bem nesses últimos dias. Elizabeth recomeça a chorar, dá para ouvir seus soluços ao telefone. – Estou indo, fique calma. Não sei e
Visão de Júlia Já é sexta-feira novamente. Já em casa e pronta para dormir, ouço meu telefone tocar. Meu coração se agita na esperança de ser Erick. Vejo o número de Maya piscando na tela. Adoro conversar com minha amiga e atendo a ligação toda animada, tentando deixar o vazio em meu peito para lá. - Alô! - Oi amiga! – Ela grita em meu ouvido, fazendo com que eu afaste um pouco o telefone do ouvido. - Acordei você? - Não... na verdade estava pronta para ir para cama. - Sorrio do seu entusiasmo. - Estou feliz porque amanhã mesmo vou te ver! - O que? Como assim, amanhã? - Estou chegando aí amanhã, por volta das 14 horas. Já comprei a passagem... só de ida. Eu pediria para você me pegar no aeroporto, mas como a mocinha não tem carro, eu pego um táxi. Acho que não tem erro, tenho seu endereço anotado. - Espera aí, May, fala devagar. Por que está vindo para cá? E o seu trabalho? - Você não quer que eu vá? Suspiro. Minha amiga às vezes age como se fosse criança. Imagino ela do
Três dias antes Visão de Erick Acabo de sair de uma reunião que durou mais de três horas. Minha cabeça parece que vai explodir de tanta dor. Tive uma semana horrível e estressante. Minha ex-noiva, Kate, saiu do coma há alguns dias e parte da sua memória foi perdida. Ela não se lembra dos últimos acontecimentos da sua vida, ou seja, não lembra do término do nosso relacionamento e nem os motivos pelo qual nós terminamos. Entro no elevador junto com Patrick, meu irmão, e mais dois executivos da empresa. Vamos almoçar e depois visitar uma das nossas construtoras. Descemos somente três andares e o elevador para no 17º andar. Estou impaciente, minha vontade é de ir para algum lugar onde posso esfriar a mente e esquecer de tudo. Talvez eu vá nesse final de semana para minha casa de praia na Califórnia. A porta do elevador se abre e uma mulher entra, mas primeiro ela hesita um pouco ao entrar quando se depara com quatro homens ali dentro. - Não vai entrar senhorita? – Patrick pergu