Ainda estou nos braços dele.O corpo de Alex é uma muralha quente atrás de mim, o braço firme me envolvendo com tanto cuidado que chega a parecer um escudo. Seus dedos fazem círculos preguiçosos no meu quadril, como se quisessem memorizar cada centímetro da minha pele. A manhã lá fora já deve estar avançando, mas aqui, entre os lençóis, o tempo parece ter desacelerado só pra nós dois.Eu poderia ficar assim pra sempre.— Gosto disso, alfa— murmuro, com os olhos ainda fechados.— Disso o quê? — ele pergunta, e sua voz grave vibra contra minhas costas. — De dormir comigo ou de acordar comigo te abraçando?— Dos dois. Mas gosto mais ainda da forma como você me faz sentir quando está perto. Especial… segura. Como se nada no mundo pudesse me machucar.Sinto o beijo que ele deposita bem abaixo da minha orelha. Suave. Quase reverente.— É assim que você é pra mim também, minha loba. A coisa mais preciosa que existe.Eu viro de lado, me aconchegando melhor nele, com meu rosto agora colado ao
Saí da cama com relutância, sentindo Alex ainda quente e preguiçoso atrás de mim. Mas eu precisava conversar com a minha mãe antes que o cio se aproximasse demais. Antes que tudo mudasse. Alex se levantou comigo, nossos dedos entrelaçados com naturalidade, como se nunca tivessem sido separados.Descemos juntos até o cômodo principal da casa, e a encontrei na sala, sentada próxima à lareira, organizando algumas ervas secas com todo o cuidado do mundo. O cabelo dela estava preso de qualquer jeito, e um lenço claro cobria parte dos ombros. Mas mesmo assim, havia uma leveza nova nela, algo que antes parecia apagado, e agora começava a reaparecer, tímido, mas constante.— Mãe? — chamei com suavidade.Ela virou na hora, e aquele sorriso de acolhimento me atingiu com força. Ela abriu os braços, e eu me aconcheguei ali, sentindo o cheiro de chá e terra seca que sempre me trazia alguma paz. Depois, ela me olhou, e depois olhou para Alex, que ficou um pouco atrás, respeitando nosso momento.— D
A manhã estava começando a ganhar vida quando deixei Zoe com sua mãe e segui até a clareira perto da casa principal. Lord já estava lá, como sempre, com os braços cruzados, observando os arredores com aquele olhar de sentinela que ele nunca deixava descansar. Bastou me aproximar para que ele me lançasse um olhar afiado, embora a tensão logo se dissolvesse num sorriso curto, daqueles que ele só soltava quando estava de bom humor. Ou quase.— Achei que ia dormir até o cio da sua loba passar — ele disse, sem nem se virar completamente.Revirei os olhos, já sabendo que vinha provocação.— Ela me expulsou da cama, na verdade — retruco, entrando no mesmo tom. — Disse que eu precisava conversar com meu braço direito antes de sumir na floresta por alguns dias.Ele bufou, mas sorriu.— Inteligente. Ela sabe que sem mim, essa aldeia ia desmoronar em dois dias.— Em meio dia — corrige uma voz atrás de nós.Nos viramos ao mesmo tempo e vimos meu pai se aproximando, com aquele ar calmo e certeiro
O ar cortava meu focinho com a suavidade de uma promessa. A noite ainda envolvia a floresta com sua névoa prateada, e cada passo sobre a terra úmida parecia mais leve do que o anterior. Corria livre, com o vento beijando meu pelo branco, e sentia Alex logo atrás de mim, seu lobo gigante e negro deslizando entre as árvores como uma sombra protetora.—Você está rindo.A voz dele ecoou na minha mente com aquela calma rouca que sempre me fazia estremecer.—Talvez porque estou ganhando.— Respondi, sem parar.“Talvez porque você está sonhando.”Disparei ainda mais rápido, saltando sobre raízes grossas e desviando de arbustos como se aquele trajeto já fosse parte de mim. As patas de Alex faziam barulho atrás de mim, pesadas, poderosas. Eu sabia que ele podia me alcançar quando quisesse — mas ele deixava. Ele gostava de ver minha liberdade. De me ver vencendo.—Se eu vencer, você me deve um banho de rio.—Se eu vencer, você me deve um beijo… em forma humana.Soltei um rosnado divertido, quase
Acordei com um calor estranho espalhado pelo corpo, irradiando das minhas marcas como se pequenas brasas vivessem debaixo da pele. Doía e ao mesmo tempo… não doía. Era um calor que chamava, que puxava algo dentro de mim.As mãos do Alex me cercavam pela cintura, coladas na minha pele, como se ele soubesse exatamente onde tudo queimava. Quando me mexi, tentando sair devagar da cama, ele murmurou com a voz arrastada pelo sono:— Onde pensa que vai, minha loba?— Preciso de água. Muito — respondi baixinho, tentando não rir da voz rouca e do jeito possessivo com que ele me puxava de volta.— Hum… depois. Fica aqui comigo só mais um pouco.Tentei resistir, mas ele já estava colando o corpo no meu de novo. As marcas voltaram a queimar com o contato, e deixei escapar um suspiro. Um bem longo, que escapou sem controle.— Alex…— Eu sei — ele sussurrou perto do meu ouvido, e a forma como ele disse isso… como se sentisse tudo junto comigo, me fez fechar os olhos.Sua mão deslizou pelas minhas c
Zoe está aérea depois do primeiro orgasmo da noite, os olhos semicerrados, os lábios entreabertos, o peito subindo e descendo como se estivesse tentando voltar ao próprio corpo. Mas eu ainda não saí de entre suas pernas. Meu rosto continua ali, entregando lambidas suaves, lentas, quase torturantes. Cada movimento da minha língua faz seu corpo tremer, contrair.Meu lobo se agita, faminto por mais — mais dela, mais do seu gosto, mais dos seus gemidos. A ideia de levá-la de novo à beira do abismo, só com a boca, me faz quase perder o controle.O fogo da cabana ainda arde, mas agora parece mais distante. A única coisa que importa é o calor entre nós.— Alex… — sua voz sai embargada, os dedos se enroscam no meu cabelo num pedido silencioso.— Sensível demais? — pergunto, sem me mover.— Sim… mas eu… — ela hesita, mordendo o lábio.Não é um “não”. É um pedido. Um chamado por algo mais profundo, mais intenso.Ela quer ser preenchida. E eu vou dar isso a ela.Me movo, subindo devagar até que
Alex coloca as mãos no meu pescoço, firme, possessivo, me prendendo ali como sua. Seu toque é exigente, mas nunca cruel. É a força de quem conhece cada centímetro do meu corpo e sabe exatamente até onde pode ir. E, Deusa… ele sabe.Sou dele. Inteira.Me mantenho ali, sem conseguir me mover, sem querer sair. Refém do prazer. Refém dele.Do calor.Das chamas que explodem dentro de mim.Do desejo que escorre pelas minhas pernas.Das marcas que não param de esquentar como se gritassem por ele.— Pronta pra falar, lobinha? — sua voz é grave, quente, cheia de domínio.Minha mente tenta resistir, tenta manter alguma dignidade. Mas minha loba já se entregou. Ela se contorce por ele, geme por ele. Suplica.— S-sim — confesso, a voz fraca, entre gemidos. Não há mais luta em mim. Não há espaço pra orgulho.Alex sorri. O tipo de sorriso que me faz gozar só de olhar. Um sorriso arrogante, maldito e lindo.— Muito bem. — Ele solta meu pescoço devagar, ainda me segurando pelos quadris, e seus dedos
Eu acordo com seus dedos traçando círculos preguiçosos nas minhas coxas, bem perto de onde ele acabou de gozar. Um arrepio sobe pela minha espinha e faz meus pelos se arrepiarem, mesmo com o calor que ainda paira pela cabana.— Dormiu rápido, lobinha — ele murmura, a voz baixa, rouca, com um toque de diversão. Um riso abafado escapa, fazendo meu peito vibrar.Abro os olhos devagar. Alex está ali, me olhando como se eu fosse feita de luz. O olhar dele é quase devocional, e é difícil descrever o que sinto quando o vejo assim. Seu cabelo está uma bagunça — eu fiz isso. Sua barba rala arranha meu pescoço quando ele se inclina pra beijar minha clavícula, lento, reverente.— Só um pouco — sussurro, minha voz falha, rouca. Meu corpo ainda pulsa, sensível, entregue.— Acho que ainda não terminamos — ele diz, com aquele sorriso de canto que sempre me desmonta. Os dedos voltam a explorar, sem pressa, passeando entre minhas pernas como se fossem donos daquele território. Eu estremeço.— Eu… tô s