Ponto de Vista de Maria
O som dos seus sapatos monk strap polidos ecoava pelos amplos e luxuosos corredores enquanto ele desaparecia. Ao observá-lo se afastar, senti uma memória começar a incomodar os limites da minha mente.
Não era exatamente uma memória, apenas a impressão de uma. Mas antes que pudesse se formar completamente, uma mão pousou no meu ombro, me fazendo sobressaltar, e a sensação desapareceu.
Lancei um olhar fulminante para Xavier, que retirou a mão mesmo mantendo seu sorriso inocente.
— Você deveria considerar ser mais gentil comigo, Esquentadinha. — Ele advertiu brincalhão. — Já que sou eu quem está encarregado de alimentar você.
Se o piso não estivesse tão bem polido, eu teria cuspido nos pés dele para mostrar exatamente o que achava da sugestão. Vendo que eu não cederia ao seu charme, Xavier simplesmente deu de ombros antes de me guiar para o que eu supunha ser o refeitório.
Ele manteve um fluxo constante de conversa unilateral, sem se abalar com o fato de que eu não