O julgamento!Sentados naquela grande mesa estavam os 3 filhos de Dom Carlo: Fernando, Ramon e Vinícius. Joseph foi proibido de entrar, ninguém respeitava um homem covarde como ele, e com os boatos de que ele seria um homem incompleto para sempre, Joseph preferia ficar escondido.— Quero agradecer a presença de todos. Hoje é um dia muito importante e decisivo. Espero que todos aceitem a minha vontade. Tragam ele — O homem de cabelos brancos fala para um dos seus seguranças.— Espero que seja um julgamento justo, senhor Renato — diz a bela mulher, chefe da Espanha, encarando o ancião com um certo julgamento.Todos ali conhecem a fama desse homem e sabem que ele irá aprontar alguma coisa.Ramon coloca no telão as provas de todos os crimes que conseguiu descobrir juntamente com Vagner ao longo de 5 anos. São crimes hediondos: roubo, desvio de mercadorias, inúmeros assassinatos, inclusive das suas filhas e mulheres, a violência contra Carla, tudo que seus filhos passaram nas mãos dele, o q
Atenção: Este capítulo contém cenas de violência explícita. Se você é sensível a esse tema, recomendo não lê-lo.Por 15 minutos, Ramon ligou para todos os seus contatos, fazendo com que todos olhassem espantados quando ele voltou em silêncio, aceitando que o julgamento seguisse com Renato. Ele voltou como se nada tivesse acontecido, ligou o celular na videochamada e deixou ligado com o "Chefão" ouvindo e vendo tudo.Foram duas longas horas de julgamento até que saiu o veredito.— Minha última palavra é que, após ouvir cada um dos interessados aqui, Dom Carlo será ino...— A única palavra que importa nesse julgamento é a minha. Dom Carlo Blayller, você é culpado de todas as acusações, e a sentença perfeita para você é a morte! Já conversei com o maior interessado nisso, e quem vai decidir como será sua execução serão seus filhos e sua nora aqui presente! — Falou um homem entrando com uma maleta na mão. Todos ficaram em choque com sua presença, pois ninguém até hoje viu seu rosto. Ele ma
O caminho de volta para a mansão Sammer foi silencioso. Larissa e Ramon estavam cada um com seus pensamentos. Eles não sabiam como seria o dia seguinte, só sabiam que um viveria pelo outro, não importa se a notícia se espalhasse. Um lutaria pela felicidade do outro, isso não estava em discussão.Ao chegarem em casa, eles se olharam. Ali, os dois estavam vulneráveis, cada um com suas dúvidas, medos e incertezas.— Vou tomar banho, quer ir comigo? — sua voz soou como um pedido de socorro. Ele precisava de apoio, de alguém para dizer que ficaria tudo bem. Seus olhos buscaram respostas em sua amada, mas Larissa estava tão presa em seus monstros do passado que sentou-se em silêncio. Ela percebeu sim que ele precisava dela, mas por um minuto só queria pensar em tudo o que fez. — Descansa, amor, logo volto. — Havia um certo tremor em sua voz. Suspirando fundo, ele deu um beijo no topo da cabeça de Larissa e subiu.Cada um tinha seu jeito de enfrentar os problemas. Larissa preferia se fechar p
Apesar de tudo o que aconteceu, a noite foi tranquila. Larissa dormiu como há muito tempo não dormia. Seu medo de que algo acontecesse com Poliana e com as pessoas que ela amava havia desaparecido. Ela não quis demonstrar para Ramon, mas a verdade é que ela se sentiu aliviada.Ramon levanta como todas as manhãs, mais cedo do que todos. Apesar de ter dormido apenas duas horas, ele dormiu bem. Todo aquele peso na consciência simplesmente sumiu. Depois de sua caminhada matinal, ele passa no quarto de Agatha e vê que sua mãe está acordada.Ele senta ao lado dela e conta lentamente tudo o que aconteceu. Agatha chora aliviada, seu pesadelo acabou. Eles ficam um tempo no quarto e, pela primeira vez em seis anos, ela vai em direção à cozinha com Ramon.Lá, eles resolvem fazer o café da manhã juntos. Ramon sorri ao ver sua mãe com mais essa evolução. Apesar de não conseguir ouvir o som de sua voz, Agatha está bem. Sua mão está voltando a obedecer aos seus comandos.— Hum! O que está fazendo que
Chegando no orfanato, eles percebem que se trata de um orfanato católico. A madre não estava presente no momento.— A madre disse que vocês viriam, por favor, aguardem alguns minutos que ela já foi avisada! — Fala uma freira de cabeça baixa.— Podemos conhecer o local e, quem sabe, as crianças? — Patrícia fala animada.— Sim, claro.Enquanto eles estavam indo para o refeitório onde as crianças estavam, a madre chega.— Senhores, bom dia! — Ela fala encarando Ramon, percebendo de quem se trata. — Que bom que vocês vieram, podemos conversar?— Claro, confesso que estou curioso para saber o que a senhora quer comigo! — Ramon segura a mão de Larissa e eles vão caminhando até a sala.— Senhora, se não se importa, posso falar a sós com ele? — Diz a madre um pouco sem jeito. Larissa concorda imediatamente, mas Ramon não gosta muito. Ao perceber isso, ela olha nos seus lindos olhos de esmeraldas e fala com uma voz doce.— Fale com ela, amor. Parece sério. Vou com a sua mãe ver as crianças. — E
Após levar a adorável menina para perto de Patrícia e Hugo, que se apaixonam assim que colocam os olhos nela, Larissa se despede da linda Samara com a sensação de que Patrícia encontrou a filha que tanto queria. Ela vai em direção ao jardim, até que encontra Pietro abaixado no meio de duas árvores pequenas, assim como Samara disse.— Oi de novo. — Ela fala, sentando no chão e cruzando as pernas.— Oi senhora... — Pietro cobre a cabeça com o capuz da blusa, se encolhendo nervoso.Ali, Larissa começa a conversar com ele. Pietro, sempre muito acanhado, responde só o que Larissa perguntava, até que ela toca em um assunto que para o pequeno dói muito: sua amada mãe.— Não fala da minha mãe. — Ele sai correndo dali, Larissa corre atrás dele, preocupada. Ela não havia falado nada demais, apenas perguntado o nome da sua mãe. Ao correr, Pietro cai no chão, derrubando a foto que ele segurava com tanto carinho.— Ei, espera, por favor, você deixou cair isso. — Larissa se abaixa e pega a foto. Ao
Depois da emoção do reencontro dos dois, Larissa apresenta o pequeno para Agatha, que não parava de chorar com a confirmação de que Pietro era realmente seu neto.Mesmo sem ouvir a explicação de Hugo, Larissa conseguiu entender, que Agatha tinha a ver com o afastamento de Sara, e juntou as peças de que ela não sabia da gravidez, então preferiu ficar em silêncio. Agora que a mãe de Ramon está se recuperando, ela não quer estragar tudo. Quando Agatha estiver bem, Larissa sabe que ela mesma irá contar.Ramon agilizou no mesmo dia os documentos e o teste de DNA, que comprovou sua paternidade. Larissa pediu à madre o endereço para poder visitar Sara, ela quer ver se consegue ajudá-la de alguma forma.Cinco dias se passaram, o pequeno se adaptou bem na mansão, apesar de ainda estar triste, pois desde que veio para cá, ele não soube notícias de sua amada mãe.A pequena Poliana se encantou desde o primeiro instante que viu Pietro, como se fossem almas gêmeas. Ramon estava um pouco com medo de
No caminho para a clínica, Pietro fica nervoso.— Papai, será que a mamãe vai querer me ver? — Sua voz é baixa, meiga, demonstrando toda a insegurança que ele está sentindo nesse momento.— Meu amor, sua mamãe te ama, olha tudo o que ela fez por você. Tenho certeza de que ela ficará muito feliz em te receber. — Ramon responde, desviando os olhos da direção por alguns segundos.— É que já faz tanto tempo...Larissa e Ramon conversam com ele, em alguns momentos ela se emociona, pois sabe o quanto ele ama Sara e tem medo de que algo aconteça com ela, fazendo com que o pequeno sofra ainda mais.— Chegamos. — Ramon fala, parando o carro no estacionamento e tirando o cinto de segurança. Ao descer, pega Poliana no colo e percebe que Pietro está encolhido, com as mãos debaixo das pernas, seu olhar está distante. — Ei, campeão, vamos lá. Você comprou um presente tão lindo para ela, vai desistir de entregar? — Ele entrega a pequena Poliana para Larissa e pega seu filho no colo.— Sua mãe ficará