No outro dia pela manhã, eles acordaram ainda sentindo a necessidade de não se desgrudar. Decidiram tomar café da manhã todos na cama. Kiah e Thalia desceram para preparar tudo, depois voltaram com um café da manhã bem, não era a melhor refeição da vida deles, mas é o que tinha para hoje. Eles não reclamaram da comida. Estavam aproveitando muito mais o momento. Faziam muito tempo que não tinham um momento assim.— Posso entrar? — Bruno pediu batendo na porta— Claro. Tá tudo bem? — Kiah perguntou encarando o marido— Ah! Sim. Tudo. Exceto pelo fato que minha esposa FUGIU da cama. E eu rodei a mansão a madrugada toda atrás dela. — Bruno disse colocando a mão no rosto se sentindo um idiota— Não veio aqui? — Kiah perguntou confusa. Eles tinham indo dormir tarde. Teriam visto o Bruno se tivesse vindo.— Esqueci completamente que o seu irmão tinha voltado. — Bruno respondeu, enquanto se sentava na poltron, se sentia exausto.— Parece cansado. Porque não se deita mais um pouco? — Kiah sug
Thalia parou na porta do quarto do filho, respirou fundo, deu umas tapinhas no rosto e entrou. Ali ela não podia fraquejar. Hwyl precisava de algo para segurar naquela tempestade, ela estava convicta que seria isso para ele. Não apenas isso, havia decidido três objetivos. 1° os seus filhos não vão cair, ela está lá e vai segurar eles com toda sua força; 2° Hwyl seria curado, ela estudou a vida toda, para algo deveria servir a medicina; 3° Quem fez isso, iria se descoberto e pagará por toda a dor que causou aos seus filhos. Ninguém mexe com os seus bebês assim — nem tão bebês assim, mas tudo bem.— Vamos começar a nossa batalha? — Thalia disse ao seu filho entrando no quarto. Santiago ainda estava lá.— O que você vai fazer com ele? — Santiago perguntou confuso— Vou iniciar o tratamento até ele chegar. — Thalia respondeu preparando a medicação que iria aplicar— Quem é ele? — Santiago perguntou— Tio Alex — Hyel respondeu ao perceber o clima estranho no quarto. Sua mãe com toda certe
Thalia não demorou para pegar no sono naquele sofá. Ela tinha dormido pouco, sem contar que a gravidez estava fazendo com que ela tivesse muito mais sono que jamais tiverá na sua vida. Ela até questionava se era assim que ursos se sentiam antes de hibernar, desde que acordou do coma, não teve uma hora sequer sem sono. Ela acordou com Kiah brigando com o seu pai.— Eu amo muito você. Você não faz ideia. O senhor deveria ter mais noção das besteiras que faz. Parece um cavalo, só consegue olhar em uma direção. Um mundo de coisas acontecendo ao seu redor e você fazendo um show. O seu filho aqui precisando de apoio, você querendo bater boca na frente dele? Quantos anos o senhor tem? Não tem idade suficiente para saber de saber definir sua prioridades — Kiah grita e começa a chorar— Kiah? O que está acontecendo? — Thalia já estava em pé. Um pouco desnorteada— Kiah, vamos descansar um pouco. Você está grávida. Por favor, não exagere. — Bruno falava olhando para sua esposa, visivelmente a
A Kiah avalio cuidadosamente todos os sinais da sua mãe, tudo estava bom, apenas a sua pressão estava abaixo do recomendado. O que deveria ser por conta da gravidez. Além disso, ela deve ter se esforçado um pouco mais do que deveria, com o tratamento de Hywl. Sem citar todo o estresse dos últimos dias e a discussão com Santiago, que deve ter colaborado para ela se sentir mal. Estranho seria que depois de tudo isso, ela ainda tivesse completamente bem.— Mãe, apenas sua pressão está baixa. Pode ser da gravidez junto com todo o estresse. Deite um pouco aqui comigo e descanse. Vai melhorar assim, — Kiah chamou a sua mãe que aceitou.— Alex precisa chegar logo. Eu não tenho força física para manter o ritmo da fisioterapia do seu irmão. Com a cirurgia e a gravidez, sinto que meu corpo não tem mais tanta estamina quanto antes, — Thalia explicou com pouco triste por não conseguir manter o ritmo como antes.— Tudo bem, mãe. Não tem presa. O Hwyl pode esperar alguns dias. Você precisa se cui
Marly não conseguiu segurar a risada, ao percebera reação de todo mundo assustado com sua entrada. Não era a ideia, mas ela achou divertido a cena. Ainda mais pelo simples e cômico fato, que a parte do cardiologista da equipe que não acertava o coração. O Hwyl não parava de brincar com a cara do cunhado. Bruno tava morto de vergonha já com a sua gafe.— Gente, deixem o meu marido. Ele não funciona muito bem sob pressão. Meu filho ainda precisa de pai. Assim vocês vão explodir ele — Kiah disse se aproximando dele e movendo sua mão para o outro lado do peito — Amor, o coração é aqui, tá? Palavra de profissional. Anotada e fica treinando.— Até minha esposa está tirando com minha cara. Eu mereço mesmo. — Bruno disse se jogando no sofá e Kiah se aproxima dele abraçando, sentando no seu colo.— Como o meu menino está hoje? — Marly pergunta se aproximando do Hwyl— Melhor do que eu esperava. Não tem como ficar de mal humor com vocês por perto. Obrigado — Hywl respondeu sorrindo, estava rea
Mesmo que Marly tentasse evitar o assunto, Thalia não iria permitiria, sabia que alguma informação importante estava com ela. Não poderia deixar essa informação, por mais dolorosa que fosse, era necessário saber.— O quê você descobriu? — Thalia perguntou, Marly não conseguia controlar o choro– Mãe, tenha calma. Deixe ela se acalmar um pouco. Vou pegar um copo de água para ela. — Kiah disse correndo para fora— MEU DEUS! NÃO CORRE KIAH. — Bruno gritou correndo atrás dela.— Bruno vai sobreviver até o fim da gravidez? Ele é tão superprotetor com Kiah. — Hwyl brincou com a mãe— Vou comprar uns calmantes para ele — Kiah já estava de volta com a água — Aqui, Madrinha, beba isso. Vai se sentir melhor. Respira fundo.— Alguém pode segurar ela? Porque ela tem que correr tanto? Quer me matar. Só pode — Bruno disse arfando. Não tinha pique para correr atrás da esposa.— Acho que a minha irmã está bem fisicamente. Bruno que tem que trabalhar mais a parte física. Daqui a alguns meses terá que
Thalia terminou de se limpar, olha para Kiah que estava chorando desesperadamente, era esperado, viveu toda vida com o idealismo de um pai perfeito e uma mãe defeituosa. A realidade batia na porta de Kiah desorientando ela. Sua mãe percebendo que sua filha estava quebrando com as verdades, se aproximou, abraça Kiah forte, enxuga suas lágrimas e beijando a sua cabeça.— Não vamos embora. Dessa vez, vamos descobrir toda a história. Precisamos saber tudo. Ainda não podemos condenar alguém sem compreender o que aconteceu. Eu tive que te abandonar e eu tinha um motivo real, que colocava você em risco. Não será correto fazer isso, por minha escolha perdi muita coisa e muita gente se feriu, Precisamos saber de tudo, antes condenar alguém. Então não fique assim. Se ele fosse uma pessoa tão ruim, como teria criado uma filha tão maravilhosa como você? — Thalia falou acalmando a filha— Você vai perdoar o que ele fez, mãe? — Kiah perguntou preocupada. Achava que não era certo perdoar dessa forma
Enquanto em um cômodo acontecia um momento sentimental e cômico entre Marly e Thalia, com Hwyl para variar, quebrando o clima. Kiah estava no escritório da mansão, onde tinha o cofre do George, que sempre esteve trancando. Ela sempre perguntou dele para o avô, sobre o seu conteúdo, mas nunca teve uma resposta do que realmente havia dentro. Era um grande mistério.— O que viemos fazer no escritório do seu avô? — Bruno perguntou a Kiah sem entender o que ela pretendi com o cofre.— Tentar descobrir a verdade. E algo me diz que está nesse cofre. Sempre foi o mistério dessa casa. A única parte dessa mansão que eu não tinha acesso — Kiah explicou tirando um quadro do lugar, expondo um cofre.— Você sabe a senha? — Bruno perguntou olhando para o cofre.— Não faço ideia. Porém temos que descobrir urgente. O meu avô era péssimo de memória, ele colocaria algo que jamais esqueceria. – Kiah encarava o cofre imaginando o que poderia ser.— Tenta o aniversário dele. — Bruno sugeriu— É tão idiota