Marly não conseguiu segurar a risada, ao percebera reação de todo mundo assustado com sua entrada. Não era a ideia, mas ela achou divertido a cena. Ainda mais pelo simples e cômico fato, que a parte do cardiologista da equipe que não acertava o coração. O Hwyl não parava de brincar com a cara do cunhado. Bruno tava morto de vergonha já com a sua gafe.— Gente, deixem o meu marido. Ele não funciona muito bem sob pressão. Meu filho ainda precisa de pai. Assim vocês vão explodir ele — Kiah disse se aproximando dele e movendo sua mão para o outro lado do peito — Amor, o coração é aqui, tá? Palavra de profissional. Anotada e fica treinando.— Até minha esposa está tirando com minha cara. Eu mereço mesmo. — Bruno disse se jogando no sofá e Kiah se aproxima dele abraçando, sentando no seu colo.— Como o meu menino está hoje? — Marly pergunta se aproximando do Hwyl— Melhor do que eu esperava. Não tem como ficar de mal humor com vocês por perto. Obrigado — Hywl respondeu sorrindo, estava rea
Mesmo que Marly tentasse evitar o assunto, Thalia não iria permitiria, sabia que alguma informação importante estava com ela. Não poderia deixar essa informação, por mais dolorosa que fosse, era necessário saber.— O quê você descobriu? — Thalia perguntou, Marly não conseguia controlar o choro– Mãe, tenha calma. Deixe ela se acalmar um pouco. Vou pegar um copo de água para ela. — Kiah disse correndo para fora— MEU DEUS! NÃO CORRE KIAH. — Bruno gritou correndo atrás dela.— Bruno vai sobreviver até o fim da gravidez? Ele é tão superprotetor com Kiah. — Hwyl brincou com a mãe— Vou comprar uns calmantes para ele — Kiah já estava de volta com a água — Aqui, Madrinha, beba isso. Vai se sentir melhor. Respira fundo.— Alguém pode segurar ela? Porque ela tem que correr tanto? Quer me matar. Só pode — Bruno disse arfando. Não tinha pique para correr atrás da esposa.— Acho que a minha irmã está bem fisicamente. Bruno que tem que trabalhar mais a parte física. Daqui a alguns meses terá que
Thalia terminou de se limpar, olha para Kiah que estava chorando desesperadamente, era esperado, viveu toda vida com o idealismo de um pai perfeito e uma mãe defeituosa. A realidade batia na porta de Kiah desorientando ela. Sua mãe percebendo que sua filha estava quebrando com as verdades, se aproximou, abraça Kiah forte, enxuga suas lágrimas e beijando a sua cabeça.— Não vamos embora. Dessa vez, vamos descobrir toda a história. Precisamos saber tudo. Ainda não podemos condenar alguém sem compreender o que aconteceu. Eu tive que te abandonar e eu tinha um motivo real, que colocava você em risco. Não será correto fazer isso, por minha escolha perdi muita coisa e muita gente se feriu, Precisamos saber de tudo, antes condenar alguém. Então não fique assim. Se ele fosse uma pessoa tão ruim, como teria criado uma filha tão maravilhosa como você? — Thalia falou acalmando a filha— Você vai perdoar o que ele fez, mãe? — Kiah perguntou preocupada. Achava que não era certo perdoar dessa forma
Enquanto em um cômodo acontecia um momento sentimental e cômico entre Marly e Thalia, com Hwyl para variar, quebrando o clima. Kiah estava no escritório da mansão, onde tinha o cofre do George, que sempre esteve trancando. Ela sempre perguntou dele para o avô, sobre o seu conteúdo, mas nunca teve uma resposta do que realmente havia dentro. Era um grande mistério.— O que viemos fazer no escritório do seu avô? — Bruno perguntou a Kiah sem entender o que ela pretendi com o cofre.— Tentar descobrir a verdade. E algo me diz que está nesse cofre. Sempre foi o mistério dessa casa. A única parte dessa mansão que eu não tinha acesso — Kiah explicou tirando um quadro do lugar, expondo um cofre.— Você sabe a senha? — Bruno perguntou olhando para o cofre.— Não faço ideia. Porém temos que descobrir urgente. O meu avô era péssimo de memória, ele colocaria algo que jamais esqueceria. – Kiah encarava o cofre imaginando o que poderia ser.— Tenta o aniversário dele. — Bruno sugeriu— É tão idiota
— Pickles, geléia de morango e mostarda, talvez seja um pouco exótico e te faça mal, não? Não estou querendo julgar, mas preocupado — Bruno estava preocupado com a mistura excêntrica que a esposa queria fazer.— Bruno, o meu filho vai nascer com cara de pickles, azedo como a geleia e pequeno como uma mostarda se você não realizar os meus desejos. Sabe disso, né? — Kiah disse olhando seria para o esposo.— Tá brincando comigo! Você está me ameaçando. Cadê a racionalidade da minha esposa? Aquela médica tão focada na ciência. — Bruno questionou rindo— Está junto com a minha noção. Bem, bem longe. Agora faz logo o meu sanduíche sem drama. O senhor sabe que na gravidez é super normal desejos excêntricos. E enquanto eu não tiver querendo comer tijolo, sabão ou terra, estamos bem. Ainda está no limiar seguro. — Kiah falou alisando a barriga— Minha maior preocupação é você e o atleta aí. Só vivem correndo os dois. Vou preparar o seu sanduíche exótico. — bruno se aproxima da barriga dela —
Chegando finalmente ao escritório, Kiah vai em direção à pintura e a remove, deixando o cofre amostra, como ela havia feito antes. Nem ela sabia porque colocou novamente sabendo que iria voltar, mas ao tirar, assim como na primeira vez, o cofre surgi surpreendendo a todos que estavam no quarto.— O que tem dentro dele, Kiah? — Hwyl perguntou curioso.— Se eu te disser que não faço a mínima ideia, tu acredita? — Kiah respondeu rindo— Você quer abrir um cofre sem nem saber o que tem dentro? — Thalia perguntou surpresa com tudo, não conseguia compreender o que sua filha queria.— Sim! Esse é um dos motivos principais para abrir. O meu avô sempre soube de muito coisa e manteve-se calado. Ele é como esse cofre. Totalmente lacrado esperando pela hora certa de se revelar. Tenho certeza que nele haverá as respostas. — Kiah estava confiante sobre o conteúdo do cofre.— E porque acha que eu saberei a senha? — Kiah queria entender o raciocínio de sua filha, ainda estava bastante confuso para el
Kiah se ajeita no sofá, respira fundo, antes de abrir o envelope com seu nome, que estava totalmente lacrado com o emblema do seu avó. Ela sabia o conteúdo da carta, quer dizer ela imaginava o que seria. Sempre conversou muito com o seu avô e o fato da sua mãe abrir o cofre fazia ter uma leve suspeita do que seu avô deixou para ela.— Bem, sem mais delongas, vamos a minha carta primeiro — Kiah disse antes de começar a ler em voz alta —" Minha querida neta, se esse cofre foi aberto, você está lendo essa carta, ou não aguentou de curiosidade e explodiu tudo, o que é uma possibilidade enorme, pensando nisso agora, acho que foi uma péssima ideia esse cofre, você e Santiago vão ficar obcecados por dias até perderem a paciência e kabum! Ou, se Deus for bom e minha casa tiver inteira nesse momento (espero mesmo que esteja), você conseguiu fazer as pazes e compreender sua mãe. E isso, me trará uma paz, apagando totalmente amargou os dias da minha vida. Pior do que ver a Thalia partir, foi
Todos ficaram bem emocionados com a carta da Kiah, não era apenas ela que tinha o hábito de julgar as pessoas antes de conhecer toda a verdade ou ouvir o lado do próximo. Naquele momento, aquelas palavras tinham sido uma grande tapa em todos da sala, exceto, para Kiah, que estava se sentindo mais amada do que nunca. Mesmo depois de partir, sentia o seu avô cuidando dela, era uma sensação boa. Ele que tinha sido o grande exemplo da sua vida, estava olhando por ela, isso fazia sentir uma segurança imensa, ainda mais, nessa nova etapa que entrava.Thalia pega em meio aos envelopes aquele que levava seu nome, olha com atenção para ele, o seu coração estava acelerado. Ela estava realmente com medo de saber o que tinha ali. Várias vezes George havia ligado, mas ela nunca retornou as ligações ou atendeu, com o tempo, as ligações simplesmente pararam. Apenas fotos da Kiah eram enviadas periodicamente por e-mail, com nada escrito, apenas imagens de sua filha. O que me deixava aliviada, por sab