"Temes a mim?" Belladonna só desejava finalmente ter seu diploma e se mudar para bem longe daquela cidade, viver apenas ela e alguns gatos. Porém, sorte não era muito amiga da garota. Em uma noite luminosa, Donna é atacada por um ser desconhecido, que a arrastou para o meio de uma tempestade em que a garota precisará encontrar o próprio caminho. Tentando entender quem ela é de verdade e porquê tudo aquilo aconteceu, Belladonna acaba entrando em um mundo que só parecia possível em seus sonhos.
Ler maisDonna havia chego no quarto já fazia algumas horas, o sono parecia querer puxar ela para a cama, mas algo a impedia de relaxar. Talvez fosse o receio de ser acordada por gemidos, ou, como da última vez, ter um casal quase transando em cima dela. Só o pensamento fez com que a garota levantasse rapidamente e fosse verificar a porta novamente. Seria humilhante cometer o mesmo erro duas vezes.Se jogando na cama e virando o rosto para a janela, a platinada olhou para as luzes que estavam ao longe, piscando em azul, vermelho e amarelo, talvez Jackson estivesse lá dançando ou bebendo, ela não costumava acreditar muito nas palavras do punk. Normalmente ele dizia que estava cansado, mas, milagrosamente, o mesmo aparecia nas fotos dos eventos. A garota poderia se vestir e tentar socializar junto do amigo, dançar e beber um pouco para esquecer como o bimestre havia sido um saco, entretanto, da última vez em que Belladonna e Jackson estiveram sozinhos com uma garrafa, uma desgraça aconteceu. De
Belladonna odiava as aulas de quinta-feira, principalmente quando o professor fazia questão que de a sala do último andar era perfeita para a aula. Ela estava quase no último lace de escadas quando Rochelle, uma das garotas de seu grupo do trabalho, mandou mensagem dizendo que “acidentalmente” esqueceu metade do projeto na biblioteca, fazendo a platinada ter que descer todos os onze lances de escadas e andar até a maldita sala. Donna poderia facilmente dar um soco em que planejou a escola, onde já se viu a biblioteca ficar do outro lado da universidade? A jovem andava, praticamente quase correndo, pelos corredores enquanto olhava a lista de livros que ela esqueceu e que provavelmente o bibliotecário teria guardado nas prateleiras. Ela queria morrer e ainda não era nem 08:30 da manhã. «Se não for pedir muito, pega um latte na cafeteria para mim.»«Foi muito cansativo planejar sua parte ontem a noite.»Donna provavelmente queria mais matar alguém do que se matar. Ela não tinha culpa
“São três horas da manhã e eu sonhei com ele novamente. Perigosamente lindo usando sua máscara de morcego e o terno tão escuro quanto uma noite sem Lua. O rapaz olhava para mim no sonho, sorria com seus dentes perfeitamente brancos e afiados e estendia a mão para mim, me convidando para uma dança. Eu sentia as borboletas em meu estômago voarem em círculos e o desejo em seus olhos era tão poderoso que puxava-me para perto dele. Os morcegos voavam sobre nós, cantando a mais bela melodia. Não havia luzes e muito menos medo, estava tudo tão mórbido e perfeito que de forma alguma eu deveria negar a dança com ele, se o fizesse sentia que poderia morrer. Definhar lentamente no poço de saudade que seu toque me traria, perder a luz mortífera e amorosa, não poderia me deixar cometer esse erro. Jamais perdoar-me-ia por erro tão grotesco. As mãos frias dele em contato com meu corpo tão quente que parecia febril, dava-me a impressão de que a morte iria me dar o mais delicioso dos beijos. Iria to