“Zelda realmente sabe como fazer, hein? Até o Bento caiu na sua, defendendo você a todo custo! ” Vicente pensou, enquanto sua raiva aumentava ao ver Bento.Ele lançou um sorriso cínico e provocou: — O Sr. Bento não só é apaixonado, como também é persistente. Ficar obcecado por uma mulher com quem teve só um envolvimento ambíguo? Mas não se esqueça, ela é minha!Bento, com um brilho divertido nos olhos, respondeu com calma: — Eu nunca maltrato minhas mulheres. Tenho meus princípios, nunca forço nada. Mas naquela noite, foi a primeira vez que uma mulher me rejeitou... Ele fez uma pausa, lembrando-se da cena, e riu enquanto balançava a cabeça: — Ela disse que faria qualquer coisa, menos ser minha mulher. Com uma mulher tão interessante, fica difícil querer abrir mão. Sr. Vicente, cuide bem dela! Com um olhar rápido para Vicente, cujo semblante havia mudado, Bento sorriu e foi embora com um ar de diversão. Vicente ficou paralisado, as palavras de Bento ecoando em sua mente. —
Vicente entrou na mansão com o rosto sombrio, seus olhos frios vasculharam o ambiente enquanto perguntava: — Onde ela está? — Sra. Zelda foi direto para o quarto assim que chegou. — Respondeu a empregada. Vicente soltou um riso seco, irritado. Pensou consigo: — Então, ela está chateada porque foi mal interpretada? Por isso tá me ignorando agora? Com um gesto irritado, ele arrancou a gravata, encheu uma taça de vinho e se jogou no sofá, relembrando os eventos do dia. A tentativa de Ester de drogar e incriminar Zelda não era difícil de entender. Como amiga de Ada, ela obviamente odiava Zelda e queria vingança. Mas foi burra. Ele jamais permitiria que alguém brincasse com o trabalho dessa forma. A imagem de Zelda, com seu olhar teimoso e ferido, passou pela sua mente, uma expressão cheia de acusações silenciosas de desconfiança. Vicente bufou e subiu as escadas com passos firmes. O quarto estava vazio, mas ele ouviu um som vindo do banheiro. Seu rosto ficou ainda mais s
Vicente colocou Zelda cuidadosamente na cama, agarrou a gola do médico e rugiu, sem perceber o tremor em suas mãos e a urgência misturada com medo em sua voz:— Salve-a! Faça alguma coisa! — Senhor, por favor, acalme-se. Faremos o nosso melhor. — Respondeu o médico, tentando tranquilizá-lo antes de sair apressado. Do lado de fora da sala de emergência, as luzes se acenderam. Vicente ficou parado na porta, com a expressão sombria e os pensamentos confusos. Jonas chegou correndo e, ao ver Vicente coberto de sangue, seu coração disparou. "Será que a Zelda teve uma crise? " pensou ele, chocado. A surpresa logo se transformou em raiva, e ele, sem hesitar, desferiu um soco direto no rosto de Vicente. Completamente desprevenido, Vicente soltou um gemido de dor. Ele bloqueou o segundo ataque e, com os olhos brilhando de fúria, contra-atacou com força. Os óculos de Jonas ficaram tortos, e uma marca de soco apareceu em seu rosto pálido enquanto ele cambaleava para trás. — Vicente,
No quarto do hospital.Zelda estava deitada na cama, seu rosto pálido sem um traço de cor, e sua fragilidade causada pela doença a tornava ainda mais encantadora e digna de compaixão. Vicente estava sentado no sofá ao lado, observando-a. Ele nunca a tinha visto tão vulnerável, e, na verdade, nunca tinha prestado atenção real em sua aparência. Ela era realmente linda, com um rosto fino em formato de coração, olhos profundos e brilhantes como um lago, um nariz delicado e lábios rosados como cerejas. Quando sorria, dois encantadores furinhos surgiam em suas bochechas. Deitada ali, Zelda parecia uma boneca de porcelana, frágil, mas irresistivelmente digna de carinho. Mesmo dormindo, suas sobrancelhas estavam franzidas, como se carregasse uma tristeza infinita, despertando o desejo de alguém suavizar suas preocupações. Sem perceber, Vicente já havia estendido a mão. Os cílios de Zelda tremularam levemente, como asas de borboleta, despertando o homem distraído, e sua mão parou n
Pouco depois da saída de Vicente, Jonas entrou.— Zelda, por que você faz isso? Por que até agora não contou para ele? — Ele se aproximou com um olhar cheio de compaixão e suspirou. — Não, nunca vou contar para ele. Por favor, Jonas, você tem que me prometer que vai manter isso em segredo. — Zelda respondeu, com o olhar vazio fixo no teto branco, mas sua voz era firme. — Eu prometo. Mas você também precisa prometer que vai se internar e começar o tratamento o quanto antes. Não dá mais para adiar! — Jonas suspirou profundamente, toda a raiva que sentia se dissipando ao encontrar os olhos suplicantes de Zelda. — Será que ainda tenho alguma chance? Eu nem sei por quanto tempo mais vou aguentar. Zelda soltou um sorriso amargo e perguntou. — Zelda, não fala assim... Antes que Jonas pudesse terminar, Vanessa entrou correndo no quarto, agarrando a mão de Zelda com o rosto aflito e corado. — Eu ouvi tudo que vocês disseram! Que doença você tem? Por que não me contou? Jonas, ao ver
No quarto, Zelda franziu levemente as sobrancelhas, forçando-se a engolir a comida, apesar do desconforto. Logo sentiu o estômago se revoltar e correu para o banheiro, vomitando o pouco que havia conseguido ingerir. No espelho, viu o reflexo de seu rosto pálido, os lábios sem cor, e um sorriso irônico apareceu. Murmurou para si mesma: — Zelda, você está quase morrendo, e ele nem sabe disso... Mal havia voltado para a cama quando ouviu passos do lado de fora. Ada, com sua aparência impecável e o semblante de uma vencedora, entrou no quarto. — O que você está encenando agora? Tentando se matar para ganhar a piedade dos outros? Ela não sabia o verdadeiro motivo da internação de Zelda, achando que tudo não passava de uma tentativa de chamar atenção. Zelda, indiferente às provocações, respondeu friamente: — O que você quer aqui? — Vim visitar minha querida irmã, claro. Afinal, se você morrer, não poderei ver a cena de tirarem o seu rim, e você não vai poder descansar em paz.
— Zelda, hoje você vai ver o quanto Vicente me ama. — Ada, após desligar o telefone, olhou para Zelda com um sorriso de triunfo, provocando-a.Em seguida, rasgou sua roupa cara, de milhares de reais, bagunçou seus longos cachos perfeitamente arrumados, e pegou uma faca de frutas que estava na mesa, pressionando-a contra o próprio pulso.— Ada, solta essa faca... — Zelda arregalou os olhos, sentindo um arrepio profundo. O que estava diante dela era uma mulher disposta a fazer qualquer coisa para destruí-la.Tentou avançar para impedir, mas uma dor forte no estômago a fez cair ao lado da cama.— Soltar? E por que eu ouviria você? Mas, se você se ajoelhar e implorar agora, talvez eu seja menos cruel. Afinal, sua mãe idiota me salvou uma vez... Essas palavras enfureceram Zelda. O acidente em que sua mãe se feriu para salvar Ada sempre foi uma cicatriz dolorosa. Agora, Ada havia arrancado essa ferida com uma faca quente.— Cala a boca! Você não tem o direito de falar da minha mãe! — Zelda
Após a confusão, Zelda, exausta, deitou-se na cama, seus pensamentos vagando até adormecer. Quando acordou, a lua já estava alta no céu. O quarto estava escuro, com a luz prateada da lua entrando pela janela. As estrelas brilhavam no céu claro. Sem sono, Zelda caminhou até a janela, e a luz da lua iluminava o amplo pijama do hospital, destacando sua silhueta delicada.Quando Vicente abriu a porta, viu exatamente essa cena. Ele percebeu o perfil puro da mulher, o leve sorriso nos lábios, e ficou surpreso com o quão encantadora ela parecia. Seus olhos ficaram perdidos por um momento, até que notou que ela estava de pé ao lado da janela. Seu coração quase parou por um instante. “Será que ela estava pensando em pular?”— Zelda, venha aqui! A voz de Vicente fez Zelda se sobressaltar, ela não esperava que ele viesse. Virou-se para encará-lo, com uma expressão de surpresa. Vicente prendeu a respiração e, com passos largos, aproximou-se dela. Ele a pegou pela cintura, afastando-a da