Mavie NeumannAcordei sentindo meu corpo inteiro doer conforme meu cérebro despertava. Franzi a testa sentindo meus olhos lutarem para se abrir. Eu não queria acordar, mas precisava saber onde estava. Meu corpo ainda estava cansado o suficiente para dormir mais um pouco, mas eu não queria. Preciso saber o que de fato aconteceu. Se era apenas um sonho, uma falha tentativa de ter um final que iria me deixar aliviada e feliz.O que houve?Será que Vincent realmente veio me buscar?Ele está vivo?Abri meus olhos devagar, na velocidade em que minhas pálpebras pesadas permitiam, e me deparei com um quarto familiar. Estava um pouco escuro, mas nada que me deixasse à beira de um ataque de pânico para temer o local em que eu estava.Engolindo em seco, forcei meus braços a me apoiarem e foi então que senti dedos pegarem em meus braços. Fechando os olhos, me encolhi com medo do que poderia vir a seguir.— Mavie, sou eu. Lian.Ouvi a voz da pessoa que me resgatou e então abri meus olhos devagar,
Vincent BlakeDe onde estou, consigo ver o verdadeiro Cleveland. O maldito que estava enfernizando a vida da Mavie esse tempo todo.Está amarrado de cabeça para baixo, suspenso no ar com correntes de 10 cm de expessura, e a cada 5 minutos, seu corpo desce em um sistema mecânico que o deixa por segundos a fio com a cabeça dentro da água, o peso das correntes só piora a tortura o que deixa tudo ainda mais divertido, pois ele se debate com força e por causa do peso das correntes, ele logo para de se mexer e então é puxado para cima mais uma vez.Ele está cheio de feridas abertas pelo corpo e rosto, fiz questão de deixar meus soldados espanca-lo a vontade antes de eu dar meu golpe final, enquanto isso, as duchas de água quente que são direcionadas em suas feridas o fazem suplicar por misericórdia.E com certeza ele esqueceu que misericórdia é algo que não existe em mim, principalmente para quem ousou tocar em alguém que é intocável. Ela é proibida para todos. — Vincent…Ouvi meu nome s
Vincent BlakeVoltando para o centro da sala, o velho Cleveland arregalou seus olhos e conseguiu sentar depois de muito se esforçar e pedir.— Por favor, Vincent, não me mate.Eu o analisei enquanto voltava a atenção para ele e, abaixando-me à sua altura, ergui minha mão, e o velho se encolheu com medo e me fez sorrir quando dei alguns tapinhas em seu rosto.— Não vou matar você.Ele pareceu estremecer quando eu disse isso e, pegando em minha mão, ele fez menção de beijá-la, mas puxei rapidamente enquanto fazia careta e disse.— Vou apenas queimar você.Me levantando, peguei o galão de gasolina e prossegui enquanto despejava o líquido inflamável por todo o local, tomando o devido cuidado para não me molhar também.— Se sair vivo, considere como uma segunda chance e nunca mais se atreva a mexer comigo.Jogando o líquido por cima do velho, ele se apavorou enquanto estava sendo molhado, e arrisco dizer que até bebeu um pouco da gasolina, e em meio às suas lágrimas, continuei a distribuir
Vincent BlakeVoltando para a minha cadeira, fiz questão de mostrar a ele a obra de arte que estava em minha mão, e por um momento seus olhos se arregalaram, sua expressão vacilou e seu pomo de adão subiu e desceu lentamente.Ele sabe que vou enterrar essa faca até o fundo da sua carne, só não sabe onde.— Sabe o que seu pai disse antes de morrer queimado?Puxei a cadeira e fiquei a pouco menos de um metro de distância, e prossegui enquanto depositava meus braços em cima do descanso de costas na cadeira. — Que eu não precisava matá-lo pois ele não havia tocado na minha mulher.O homem que até então parecia calmo, arregalou seus olhos e eu prossegui. — Você acredita que ele colocou toda a culpa em você?Ele pareceu se encolher, mas de repente se pôs de joelho e estufou o peito quando disse. — Eu vou morrer de qualquer jeito, então fique sabendo, Blake, eu estava rindo enquanto espancava a sua mulher.Esse foi o momento que meu limite foi ultrapassado, e num rompante, me levantei da
Vincent BlakeTenho certeza que se ele tivesse um pau, ele iria se mijar ainda mais pela dor, pois só pela expressão em seu rosto, sem dúvidas alguma ele está sofrendo para um cacete. — Por favor, para.Ele implorou, em meio a falta de ar, seus olhos já estavam fechados enquanto as cordas o mantinham parado e firme no encosto da cadeira. — Só vou parar quando seu último suspiro for meu.Naquele momento, comecei a cortar pedaços da sua pele sem parar, enquanto eu me lembrava de cada momento que Mavie ficou aterrorizada com as invasões, pesadelos e dores que sentia em seu corpo. O desgraçado quase acabou com a vida da minha mulher e não iria sair barato, a conta dele estava sendo paga com sangue. Eu iria derramar sangue por cada lágrima da minha mulher.O corpo dele cedeu, o pescoço pendeu para trás enquanto seus olhos se reviraram. O último suspiro veio e ele morreu.O algoz da família Neumann foi aniquilado e me sinto livre por finalmente ter vingado o sofrimento da minha mulher e
Vincent Blake Apertando minhas mãos em torno do seu corpo, aproximei minha boca do seu pescoço e deixei uma mordida leve em sua pele. Pude ver os olhos da minha mulher se fechando conforme seu corpo se arrepiava inteiro para mim. Se entregando à aproximação, envolvi a fina cintura em um braço enquanto a outra mão descia por sua bunda e a apalpava com as mãos espalmadas. Sua bunda é redonda e firme, cabe perfeitamente em minha mão, e sentindo meu coração acelerar forte em meu peito, a levantei do chão e a levei para a cama. — Sinto que você precisa ser venerada e amada lentamente, Florzinha. Murmuro enquanto começo a depositar beijos leves por todo o seu pescoço, e me dando passagem, Mavie suspira enquanto se arrepia, e logo prossegui. — É o que quer? Eu me afastei enquanto encaixei seu rosto em minhas mãos e tomei seus lábios num beijo faminto, sentindo um gemido escapar do fundo da minha garganta. A saudade que sinto dessa boca é surreal, o cheiro, o calor, e até os pequenos gemi
Mavie NeumannDepois de perder a pessoa que mais amava na vida, acabei conhecendo outra pessoa que seria capaz de virar tudo o que eu conhecia de cabeça para baixo por completo em pouco tempo. Posso dizer que em meses passei por situações que levaria uma vida inteira para acreditar que existiam.Um vilão sanguinário, tão vingativo quanto debochado, está carregando em seus braços uma doce senhora que ele mesmo contratou para cuidar de mim.Quem diria?Assim que a Dona Martha chegou em seu quarto, ele a acomodou na cama e se dirigiu a mim e disse.— Eu espero você no quarto, Florzinha.Se despedindo, Ghost depositou um beijo em minha bochecha e se afastou, e o observei fechar a porta para nos dar privacidade.— Como a senhora se sente?Perguntei enquanto me dirigia à cama, e estendendo a mão para mim, Dona Martha apertou minha mão e sorriu.— Estou muito feliz, querida.Ela fez uma pausa e disse enquanto apertava a aliança que brilhava em meu dedo da mão esquerda e prosseguiu.— Estou m
Mavie NeumannHoras haviam se passado desde que Ghost tinha ido trabalhar, e quando digo trabalhar, é resolver tudo o que precisa no calabouço. Isso já soa normal para mim.Apesar de eu não querer ver nada diante dos meus olhos, nada mais soa tão estranho mas sim assustador.Eu estava sentada na cama de um jeito que me deixava desconfortável, porém, sem vontade alguma de me levantar.Lembrar do que aconteceu na casa do Cleveland me deixou em choque. As palavras ditas com raiva e revelações ainda me chocam quando começo a pensar a respeito, especialmente a parte onde encaixa Saymon.O homem que me criou a vida inteira era apaixonado pela minha mãe, conheceu meu pai e ainda assim, suportava tudo para ficar perto dela. Depois da sua morte, ele me salvou de ser maltratada pelo Cleveland, que, por incrível que pareça, era sangue do meu sangue, mesmo que em grau diferente.Será que a Ghost Máfia era inimiga da máfia russa antes de eu e Vincent termos nascido?Por que será?Passando a língua