Vincent BlakeEstamos voando para a Rússia, depois de ter concluído a minha última missão. Olhando pela janela da aeronave, lembrei-me do momento em que Mavie aceitou o meu pedido de casamento. Mesmo que tenha sido tão repentino é necessário, ainda assim, foi um momento que será eternizado em minhas memórias.Um momento só nosso. Os olhos de Mavie brilhavam para mim, um brilho tão lindo quanto seu sorriso. Um calor tão aconchegante quanto o sol da primavera. Era isso que Mavie significava para mim. Um sol quente de primavera.Meu raio de luz.Jogando seus cabelos para trás, Mavie sorriu quando repetimos os votos diante do juiz. Fizemos uma cerimônia somente para nós dois, trocamos alianças e selamos nosso casamento. Algo tão íntimo mas que teve um significado tão grande, que nunca poderia ser descrito em palavras.— Então eu realmente me casei com o vilão.Lembro de Mavie murmurar enquanto me olhava, e assentindo, entrelacei nossos dedos e a provoquei.— Eu avisei que o vilão faz be
Mavie NeumannNão consigo ter a percepção se é dia ou noite. Há muito tempo perdi o senso de tempo. O lugar em que estou é isolado, frio e muito escuro. Escuro o suficiente para me dar a impressão de que o tempo não passa. A única sensação que sinto é física; meu corpo todo dói depois de ter recebido uma punição daquele homem. Uma punição que nunca recebi na vida. Nem mesmo o meu pai Saymon, nunca ergueu a mão para mim, nem mesmo quando eu o desobedecia.As lágrimas fazem meu corpo tremer, aumentando ainda mais a minha dor. Quem dera se fosse apenas dor emocional, mas também física.Minha costela dói até mesmo para respirar; meus braços parecem estar inchados e pesados. Por onde consigo tocar com meus dedos, sinto calombos e tenho certeza de que estão roxos de tanto que apanhei. Meu olho direito quase não abre de tão inchado que está pelos socos que levei. Meus lábios estão cortados, e se fossem para falar algo, eu não iria conseguir, pois ainda sinto os dedos daquele homem em volta
Mavie NeumannAcordei sentindo meu corpo inteiro doer conforme meu cérebro despertava. Franzi a testa sentindo meus olhos lutarem para se abrir. Eu não queria acordar, mas precisava saber onde estava. Meu corpo ainda estava cansado o suficiente para dormir mais um pouco, mas eu não queria. Preciso saber o que de fato aconteceu. Se era apenas um sonho, uma falha tentativa de ter um final que iria me deixar aliviada e feliz.O que houve?Será que Vincent realmente veio me buscar?Ele está vivo?Abri meus olhos devagar, na velocidade em que minhas pálpebras pesadas permitiam, e me deparei com um quarto familiar. Estava um pouco escuro, mas nada que me deixasse à beira de um ataque de pânico para temer o local em que eu estava.Engolindo em seco, forcei meus braços a me apoiarem e foi então que senti dedos pegarem em meus braços. Fechando os olhos, me encolhi com medo do que poderia vir a seguir.— Mavie, sou eu. Lian.Ouvi a voz da pessoa que me resgatou e então abri meus olhos devagar,
Vincent BlakeDe onde estou, consigo ver o verdadeiro Cleveland. O maldito que estava enfernizando a vida da Mavie esse tempo todo.Está amarrado de cabeça para baixo, suspenso no ar com correntes de 10 cm de expessura, e a cada 5 minutos, seu corpo desce em um sistema mecânico que o deixa por segundos a fio com a cabeça dentro da água, o peso das correntes só piora a tortura o que deixa tudo ainda mais divertido, pois ele se debate com força e por causa do peso das correntes, ele logo para de se mexer e então é puxado para cima mais uma vez.Ele está cheio de feridas abertas pelo corpo e rosto, fiz questão de deixar meus soldados espanca-lo a vontade antes de eu dar meu golpe final, enquanto isso, as duchas de água quente que são direcionadas em suas feridas o fazem suplicar por misericórdia.E com certeza ele esqueceu que misericórdia é algo que não existe em mim, principalmente para quem ousou tocar em alguém que é intocável. Ela é proibida para todos. — Vincent…Ouvi meu nome s
Vincent BlakeVoltando para o centro da sala, o velho Cleveland arregalou seus olhos e conseguiu sentar depois de muito se esforçar e pedir.— Por favor, Vincent, não me mate.Eu o analisei enquanto voltava a atenção para ele e, abaixando-me à sua altura, ergui minha mão, e o velho se encolheu com medo e me fez sorrir quando dei alguns tapinhas em seu rosto.— Não vou matar você.Ele pareceu estremecer quando eu disse isso e, pegando em minha mão, ele fez menção de beijá-la, mas puxei rapidamente enquanto fazia careta e disse.— Vou apenas queimar você.Me levantando, peguei o galão de gasolina e prossegui enquanto despejava o líquido inflamável por todo o local, tomando o devido cuidado para não me molhar também.— Se sair vivo, considere como uma segunda chance e nunca mais se atreva a mexer comigo.Jogando o líquido por cima do velho, ele se apavorou enquanto estava sendo molhado, e arrisco dizer que até bebeu um pouco da gasolina, e em meio às suas lágrimas, continuei a distribuir
Vincent BlakeVoltando para a minha cadeira, fiz questão de mostrar a ele a obra de arte que estava em minha mão, e por um momento seus olhos se arregalaram, sua expressão vacilou e seu pomo de adão subiu e desceu lentamente.Ele sabe que vou enterrar essa faca até o fundo da sua carne, só não sabe onde.— Sabe o que seu pai disse antes de morrer queimado?Puxei a cadeira e fiquei a pouco menos de um metro de distância, e prossegui enquanto depositava meus braços em cima do descanso de costas na cadeira. — Que eu não precisava matá-lo pois ele não havia tocado na minha mulher.O homem que até então parecia calmo, arregalou seus olhos e eu prossegui. — Você acredita que ele colocou toda a culpa em você?Ele pareceu se encolher, mas de repente se pôs de joelho e estufou o peito quando disse. — Eu vou morrer de qualquer jeito, então fique sabendo, Blake, eu estava rindo enquanto espancava a sua mulher.Esse foi o momento que meu limite foi ultrapassado, e num rompante, me levantei da
Vincent BlakeTenho certeza que se ele tivesse um pau, ele iria se mijar ainda mais pela dor, pois só pela expressão em seu rosto, sem dúvidas alguma ele está sofrendo para um cacete. — Por favor, para.Ele implorou, em meio a falta de ar, seus olhos já estavam fechados enquanto as cordas o mantinham parado e firme no encosto da cadeira. — Só vou parar quando seu último suspiro for meu.Naquele momento, comecei a cortar pedaços da sua pele sem parar, enquanto eu me lembrava de cada momento que Mavie ficou aterrorizada com as invasões, pesadelos e dores que sentia em seu corpo. O desgraçado quase acabou com a vida da minha mulher e não iria sair barato, a conta dele estava sendo paga com sangue. Eu iria derramar sangue por cada lágrima da minha mulher.O corpo dele cedeu, o pescoço pendeu para trás enquanto seus olhos se reviraram. O último suspiro veio e ele morreu.O algoz da família Neumann foi aniquilado e me sinto livre por finalmente ter vingado o sofrimento da minha mulher e
Vincent Blake Apertando minhas mãos em torno do seu corpo, aproximei minha boca do seu pescoço e deixei uma mordida leve em sua pele. Pude ver os olhos da minha mulher se fechando conforme seu corpo se arrepiava inteiro para mim. Se entregando à aproximação, envolvi a fina cintura em um braço enquanto a outra mão descia por sua bunda e a apalpava com as mãos espalmadas. Sua bunda é redonda e firme, cabe perfeitamente em minha mão, e sentindo meu coração acelerar forte em meu peito, a levantei do chão e a levei para a cama. — Sinto que você precisa ser venerada e amada lentamente, Florzinha. Murmuro enquanto começo a depositar beijos leves por todo o seu pescoço, e me dando passagem, Mavie suspira enquanto se arrepia, e logo prossegui. — É o que quer? Eu me afastei enquanto encaixei seu rosto em minhas mãos e tomei seus lábios num beijo faminto, sentindo um gemido escapar do fundo da minha garganta. A saudade que sinto dessa boca é surreal, o cheiro, o calor, e até os pequenos gemi