Eu não sei exatamente quanto tempo eu fiquei no escritório, mas já era noite quando ouvi batidas na porta.
— Posso entrar? — Agora não, Brenda. Mesmo contra a minha vontade, ela entrou. — Droga, eu deveria ter trancado a porta. Ela estava muito sexy, o vestido que ela estava usando era o meu preferido, e claramente ele estava disposta a me fazer mudar de ideia. Quando ela se aproximou de mim, o cheiro doce do perfume dela impregnou no meu nariz, e eu amava aquele cheiro. Ela sentou no meu colo, e eu não tive reação nenhuma de impedi-la. Seus braços envolveram o meu pescoço, e ela ficou com os lábios bem próximos dos meus, enquanto me encarava com aqueles olhos profundos que foi o maior motivo da minha perdição. — O que você pretende, Brenda? — Preciso que você me dê apenas 15 dias, eu vou mostrar para você que o nosso casamento tem conserto. — Você teve três anos. — Por favor, eu só te peço mais 15 dias. Ela encostou os lábios nos meus e iniciou um beijo que eu fui incapaz de resistir, aquele era exatamente o efeito que ela causava em mim, o poder de sedução da Brenda estava acima do que eu considerava comum. O beijo foi se intensificando, e foi inevitável ficar duro. Ela percebeu, se levantou do meu colo, sentou em cima da minha mesa, abriu as pernas e me encarou com aquela cara de safada selvagem que somente ela sabia fazer. Meu instinto não permitiu que eu ficasse só olhando, então eu me levantei, tirei a calcinha dela, abri a calça, coloquei o meu pau pra fora e a penetrei, sem preliminares, sem o romantismo de sempre, ali só havia o desejo. Eu fechei os meus olhos, e a imagem da Zoe apareceu na minha mente, mais fui impedido de aprofundar meus pensamentos pelos gemidos da Brenda, que tomaram de conta do ambiente. Enquanto eu entrava e saía da buceta da Brenda, eu a encarei, ela também estava com os olhos fechados, eu prestei atenção nos detalhes do rosto dela, e por um breve momento eu pensei que ainda existia amor da minha parte, pois imaginar outro homem fazendo aquilo que eu estava fazendo me deixava com raiva. — Olhe pra mim, Brenda. Ela abriu os olhos, e eu a segurei pelo pescoço, enquanto fodia ela ainda mais forte. — Você me ama? Aquela pergunta a pegou de surpresa, era incomum um homem perguntar aquele tipo de coisa na hora do sexo, mas eu precisava saber. — Amo. — Então prove. Eu soltei o pescoço dela e em seguida saí de dentro dela, e simplesmente me afastei. — O que foi? Porque se afastou? Eu coloquei o pau para dentro da calça, e caminhei em direção a porta. — Então é isso? Você não termina o serviço, e me abandona como se eu fosse uma prostituta? — Mas é exatamente como uma que você age, Brenda. Eu comi você por três anos e te paguei com objetos caros, você sempre tratou sexo como uma troca, e somente agora eu percebi isso. Vou te dar os 15 dias apenas por desencargo de consciência, mas duvido muito que esses dias demonstrem algo diferente do que eu vi durante esses três anos. Eu saí do escritório e fui tomar banho, eu precisava me desprender de todo o desejo que eu estava sentindo de passar a noite toda trepando com a minha esposa, e a água fria me ajudou com isso. Eu deitei na cama após o banho e ignorei a minha fome, eu não queria mais correr o risco de ser novamente influenciado pelos golpes muito bem calculados da Brenda, eu não vi a hora que ela deitou na cama, eu simplesmente apaguei e acordei no dia seguinte. Quando eu vi a hora, eu praticamente pulei da cama, se eu tivesse dormido só mais um pouco, eu teria perdido a hora. — O que deu em você? Que pressa é essa? A Brenda perguntou ao acordar com a minha agitação, eu não a respondi, eu queria não dar abertura para ela entrar de novo no assunto do trabalho ou da suposta bolsa. — Não vai me responder? — Não. Falei indo direto para o banheiro. Quando eu saí do banho, ela já não estava mais no quarto, então eu tive paz ao me vestir. Eu me apressei ainda mais pois queria que desse tempo de eu fazer um café e tomar, mas ao chegar na cozinha, a Brenda já havia preparado, e aquilo era raro. — Obrigado, você me ajudou muito fazendo isso por mim hoje. — Por nada. Eu tomei o café em silêncio, eu sabia que aquele comportamento era somente uma forma de me manipular, mas eu queria ver até onde ela iria, eu queria pagar para ver.Eu esperei algum tipo de pergunta referente ao trabalho ou sobre a maldita bolsa, até mesmo sobre o fato de eu ter fugido dela na hora do sexo, mas nada saiu da boca dela, o que era estranho.Depois que terminei o café, me levantei e esperei pelo menos uma pergunta sobre o horário que eu iria chegar, mas nem isso ela perguntou, fiquei tentado a passar essa informação para ela, mas o meu orgulho não deixou.— Tenha um bom dia.— Obrigado.Essa foi a única troca de palavras que tivemos antes de eu finalmente sair.Durante todo o caminho até a mansão, eu fiquei imaginando se eu conseguiria me comportar durante os 15 dias que a Brenda pediu, eu sabia que era errado imaginar um possível envolvimento entre eu e a Zoe, afinal, o fato de eu ter ficado fascinado pela beleza dela, não significava que eu fosse conseguir ter ela para mim, e ainda havia o risco de eu perder o meu emprego se os pais da Zoe desconfiassem de algo. O melhor que eu poderia fazer naquele momento, era tentar respeitar o
ZOE*Eu entrei no meu quarto de rainha, deitei na minha cama king e chorei nos meus travesseiros de pena de ganso. Um luxo que eu mesma poderia patrocinar no futuro.Aquela era a primeira vez que eu batia de frente com os meus pais, e eu não sabia de onde havia surgido tanta coragem. Eu tinha consciência que os pais queriam o melhor para seus filhos, mas querer o melhor não dava para eles o direito de escolher com quem eles iriam passar a vida, levando isso para a minha realidade, já estava na hora dos meus pais entenderem isso.Para mim, não importava se o meu futuro marido fosse um catador de latinhas, ou o homem mais rico do mundo, desde que ele me amasse, me respeitasse, e fizesse eu me sentir mulher.Eu não precisava de alguém que me desse o mesmo padrão de vida que os meus pais, pois eu mesma iria me dar esse padrão, sem viver na dependência do meu marido, eu queria uma relação que somasse, e não subtraisse. Se eu fosse seguir pela lógica deles, qual o sentindo de eu estudar me
VICTOR * Eu fiquei em silêncio, sentindo a pressão daquela pergunta, mas ela deu outro passo, e ficamos tão próximos que pude sentir a respiração dela no meu rosto, os olhos dela pareciam me enfeitiçar, aquela garota era o próprio diabo. — Você não vai me responder? Eu teria que dizer alguma coisa, eu não poderia ficar em desvantagem diante de uma garota que nem havia beijado na boca ainda. — Para alguém tão inexperiente, você tem atitudes de alguém que sabe exatamente o que está fazendo. Quantos filmes você assistiu até chegar nesse grau de segurança? O rosto dela endureceu, parecia que eu tinha agredido ela sem usar as mãos, e rapidamente ela se afastou. — Falei alguma coisa de errado, Zoe? — Não, eu só preciso de um momento, eu volto já. Ela saiu da biblioteca apressada, como se tudo o que ela quisesse fazer naquele momento fosse se esconder, e eu finalmente pude soltar o ar que estava preso em meus pulmões. Talvez eu tivesse perdido uma chance de ouro, obviamente
ZOE*Ultimamente eu estava provando ultrapassar limites, e eu não recuei ao tentar ultrapassar aquele limite de aluna e professor, não até o momento dele me dar um corte, como se eu fosse apenas uma garota carente de atenção, sem nenhum tipo de experiência, que buscava ajuda e segurança em filmes. Eu não sabia em quantos pedaços ele havia me partido naquele momento, a única coisa que eu sabia era que eu precisava sair dali o mais rápido possível.Toda a minha autoconfiança havia ido para o ralo, afinal o que eu estava pensando? Eu pedi um momento e me retirei da biblioteca, sentindo uma bagunça dentro de mim, como se eu fosse explodir a qualquer momento.Eu caminhei rápido até o quarto, deitei na cama, e gritei com a cara virada para o travesseiro, falando repetidas vezes o quanto eu era idiota de imaginar que conseguiria seduzir um homem como aquele, afinal eu era somente uma garota inexperiênte.Eu levei um tempo até recuperar o equilíbrio, não havia como fugir daquela vergonha, o
VICTOR * Voltamos para a biblioteca, onde finalmente eu fui apresentado a seção de medicina, ela se manteve calada, enquanto eu separava alguns livros. — Vamos sentar para estudar? Já perdemos bastante tempo hoje. Ela apenas balançou a cabeça e fomos para a mesa. Eu gostaria de saber o que ela estava pensando, mas, qualquer coisa que eu fizesse ou perguntasse, tornaria o restante do do dia ainda mais difícil. Sentei ao lado dela, comecei a abrir os livros, e tentei me concentrar no conteúdo, mas o cheiro dela, e os seios dela estavam me deixando completamente desconcentrado. — Porque você está com a respiração tão forte? Eu não achei que ela fosse perceber, mas ela percebeu, e não escondeu isso. — Pelo visto, a sua autoconfiança voltou com tudo, Zoe. — E você tirou essa conclusão só por conta de uma simples pergunta? Ela me encarou, e para mim era quase insuportável manter o olhar fixo nos dela, tudo nela me atraía como um ímã. — Eu acho melhor eu ficar em pé,
Havia uma mala média em cima da cama, de início, achei que eram roupas sujas que seriam levadas para a lavanderia, mas quando abri, havia muito dinheiro dentro. Fiquei uns segundos encarando aquilo, com mil pensamentos na cabeça sobre a procedência dele.Eu senti vontade de ligar para a Brenda e perguntar que dinheiro era aquele, mas não queria atrapalhar ela, então peguei a mala para guardar em um lugar seguro, mas quando eu a levantei da cama, havia um papel debaixo dela.Eu peguei o papel e li o que estava escrito com a letra da Brenda, e quase não acreditei.“ Aqui está o dinheiro de todas as bolsas e calçados que compramos ao longo desses três anos, é o suficiente para comprar um carro novo ou dar a entrada em um apartamento”.Imediatamente eu fui até o nosso closet, e as centenas de bolsas, carteiras, calçados havia sumido, havia um enorme buraco nele.Eu não sabia o que pensar, não sabia o que dizer, eu realmente não estava esperando por aquilo. Eu fiquei andando de um lado par
Eu não sabia o que pensar, eu estava me sentindo em um jogo do qual o placar havia virado no último tempo. Eu não estava esperando por uma mudança tão repentina, nem que eu iria realmente precisar sair do apartamento. Quando pensei no fim, eu imaginei que a Brenda fosse optar por um apartamento menor, que fosse de acordo com o orçamento dela, e eu não entendi como ela iria manter o mesmo padrão de vida que até aquele momento eu estava dando para ela. Não se comparava com o padrão dos pais dela, mais ainda sim, era alto pra ela bancar sozinha.Eu também não imaginei que ela desistiria tão facilmente dos 15 dias que ela pediu, e por mais que eu tentasse encontrar a lógica daquilo tudo, não havia nenhuma, eu não acreditava que tudo aquilo foi por conta das bolsas, e do padrão de vida que eu estava oferecendo. Se fosse por isso, porque ela iria esperar longos três anos para reclamar? Para jogar na minha cara o que eu havia prometido quando a pedi em casamento?Naquele momento, era eu que
Eu passei pela sala e fui direto para a cozinha, sem dizer nenhuma palavra, e logo em seguida ela foi atrás. Peguei os pratos, copos e talheres e coloquei na mesa, ela sentou, enquanto eu a servi, da mesma forma que ela fez comigo pela manhã.— Bom apetite.Falei depois de me sentar e antes de começar a comer.Ela deu a primeira garfada, enquanto me encarava, e eu, em nenhum momento desviei o meu olhar dela, mas então, como o esperado, o primeiro questionamento surgiu.— Um dia eu ouvi alguém dizer que três anos de casamento ainda era considerado periodo de lua de mel, no entanto, olha a gente aqui, parecendo que estamos juntos a dez anos.Eu soltei calmamente o talher, cruzei as mãos abaixo do queixo e mantive os meus olhos fixos nela, antes de responder aquilo que não parecia uma pergunta, mas que merecia muitas respostas.— É engraçado ouvir você falar assim, quando você tem pais que estão juntos a mais de 30 anos, e aparentemente vivem felizes.— Se eu tivesse o que a minha mãe te