Eu passei pela sala e fui direto para a cozinha, sem dizer nenhuma palavra, e logo em seguida ela foi atrás. Peguei os pratos, copos e talheres e coloquei na mesa, ela sentou, enquanto eu a servi, da mesma forma que ela fez comigo pela manhã.— Bom apetite.Falei depois de me sentar e antes de começar a comer.Ela deu a primeira garfada, enquanto me encarava, e eu, em nenhum momento desviei o meu olhar dela, mas então, como o esperado, o primeiro questionamento surgiu.— Um dia eu ouvi alguém dizer que três anos de casamento ainda era considerado periodo de lua de mel, no entanto, olha a gente aqui, parecendo que estamos juntos a dez anos.Eu soltei calmamente o talher, cruzei as mãos abaixo do queixo e mantive os meus olhos fixos nela, antes de responder aquilo que não parecia uma pergunta, mas que merecia muitas respostas.— É engraçado ouvir você falar assim, quando você tem pais que estão juntos a mais de 30 anos, e aparentemente vivem felizes.— Se eu tivesse o que a minha mãe te
ZOE *Havia acontecido coisas demais para uma única manhã e finalmente o Victor resolveu me ensinar.Eu mostrei para ele onde ficavam os livros de medicina, e depois dele separar alguns, fomos para a mesa.Eu não sabia se iria conseguir prestar atenção em alguma coisa, tudo o que eu conseguia pensar era que eu me tornaria uma destruidora de lares se levasse a sério os meus desejos. Eu comecei a questionar os motivos que me fizeram agir de forma tão precipitada, eu poderia ter ido com mais calma, ter escolhido uma abordagem menos agressiva, o jeito que eu agi parecia desespero. Talvez fosse realmente. Imaginar aquele homem dentro de mim fazia a minha pele inteira arrepiar. Eu sabia que ele era bem mais velho, mas o charme dele, a beleza dele superava qualquer idade.Enquanto ele abria os livros, ouvi a respiração forte dele, e foi impossível ignorar aquilo.Quando perguntei o motivo dele estar respirando tão forte, ele achou que a minha autoconfiança havia voltado.Talvez ele estives
VICTOR *Eu fui o caminho todo até o hotel pensando em como seria desgastante o momento do divórcio, em que eu teria que encarar a Brenda outra vez, definitivamente aquele não era o fim que eu havia imaginado para nós dois.— Uma suíte, por favor.— O senhor pretende ficar por quanto tempo?— Por tempo indeterminado.— Tudo bem, me passe sua identidade.Eu precisava encontrar logo um apartamento para mim, pois eu não queria gastar tanto dinheiro com o hotel.Quando finalmente entrei na suíte, a primeira coisa que fiz foi deitar na cama, a minha cabeça estava latejando, a de cima, claro.Tudo o que eu queria era esquecer por um momento aquela noite horrível, mas o meu celular começou a tocar sem parar, e eu não precisei levantar da cama para saber que era a Brenda que estava me ligando.Eu fiquei imóvel, ignorando o celular, sabendo que no momento que eu o pegasse, eu cairia na tentação de atender, e eu não queria mais ceder, eu não podia.Eu não sei em que momento eu dormi, mas o meu
Ela fechou os olhos, sentindo o movimento dos meus dedos.— Você não sabe o quanto me excita saber que sou o primeiro a te tocar dessa forma.Falei no ouvido dela, enquanto esfregava a minha ereção nela.Ela soltou o primeiro gemido, e eu fui obrigado a cobrir a boca dela com a mão.Eu aumentei os movimentos dos meus dedos no clitóris dela, enquanto ela tentava se contorcer.— Pena que eu não posso enfiar os meus dedos em você, Zoe, não ainda. Mas não vai faltar oportunidades.A respiração dela ficou descompassada, ela tentou fechar as pernas, e isso foi um sinal avisando que o orgasmo dela estava vindo, o gemido dela foi abafado, enquanto ela perdia a força das pernas.Eu tirei a mão de dentro da calcinha dela, e esperei que ela abrisse os olhos, e quando ela o fez, eu lambi os meus dedos.— Vá se lavar, e depois volte, temos algumas horas de aula pela frente.Falei, dando as costas e voltando para a mesa.— Então é isso? Você me encurrala, mete a mão na minha calcinha, me faz gozar
Eu não costumava ser um homem grosseiro, eu sempre tratei as mulheres com o máximo de respeito, mas com a Zoe era diferente, o meu desejo por ela estava me afetando de uma forma negativa, a forma que ela usava para me confrontar estava tirando o pior de mim.— Eu é quem decido se já "chega" ou não, professor.Ela falou se levantando também e ficando em posição de confronto, com o olhar fixo nos meus.— Não é uma boa ideia você tentar me confrontar, Zoe.— Por que não?— Porque raiva acumulada uma hora explode, e a minha vai explodir a qualquer momento, e você vai acabar em cima dessa mesa sendo fodida fortemente por mim.Ela ficou tensa, e eu percebi que ela teve dificuldades de engolir a saliva.— Agora sente-se, e vamos estudar.Eu não sei por qual motivo ela não debateu a minha fala, talvez estivesse com medo de perder a virgindade de uma forma nada romântica e sentir mais dor do que o necessário.— Antes de você decorar nomes difíceis e doenças raras, você precisa entender o corpo
Quando eu cheguei no hotel, tomei banho, pedi algo para comer e enquanto me alimentava eu fiz uma pesquisa rápida por advogados na região. Resolvi então ligar para um com ótimas recomendações e ele agendou a reunião no período da tarde.Eu dormi por duas horas e depois me arrumei para ir até o escritório dele.— Bom dia, Victor. Pode ficar à vontade. Quer um café, uma água?— Água, por favor. Minha cabeça tá quente demais pra café hoje.— Claro.Então, você mencionou por telefone que quer dar entrada no divórcio. Quer me contar com calma o que tá acontecendo?— Olha, eu aguentei por mais tempo do que devia. A Brenda virou outra pessoa, doutor. Toda a renda que entra, minha parte, a dela, some em compras. A gente mora de aluguel, não tem casa própria, não tem reserva, nada. E ela, vive como se fosse rica.— Entendo, e você chegou a conversar com ela sobre isso?— Inúmeras vezes, mas nada adiantou. Depois passou a me tratar como se eu fosse o chato da história. A última briga foi pesada
ZOE * Dinheiro nunca foi um problema pra minha família, exceto pra mim, afinal os meus pais usavam o dinheiro pra me impedir de ter uma vida normal. Eu sempre soube que filhos precisavam de limites, porém os limites que eles estabeleceram pra mim era um verdadeiro tormento. Eu sempre fiquei me perguntando como surgiu a ideia na cabeça da minha mãe que meninas precisavam fazer balé? Ela usava a desculpa de que era elegante e que me ajudaria com a minha postura, mas postura era tudo o que eu não queria ter. Ir pra escola? Jamais... Na cabeça dos meus pais, as más influências poderiam prejudicar o meu futuro, então durante toda a minha vida, eu estudei em casa. Eu sentia inveja ao ver garotas da minha idade felizes indo estudar com as amigas. Quando eu estava no último ano do ensino médio, meu pai começou a procurar professores pra me preparar pra entrar nas universidades, eu queria fazer artes, mas ele disse que medicina seria o ideal pra mim, e por isso eu teria que e
VICTOR*Eu havia acabado de ter uma discussão com a minha esposa quando o celular tocou, precisei respirar fundo para não deixar transparecer na voz a raiva que eu estava sentindo.— Bom dia, Reitor Diniz.— Bom dia professor Victor, o senhor deve estar estranhando a minha ligação.— Sim, estou bastante curioso.— Eu recebi a ligação do Luciano, um amigo de longa data, ele perguntou se eu conhecia um professor capacitado pra preparar sua filha pra engressar em uma universidade, no mesmo minuto eu lembrei de você, eu não conheço ninguém mais qualificado.— Me sinto honrado por isso Reitor.— Vou passar o contato dele, e assim vocês poderão conversar e combinar os detalhes.— Tudo bem, fico muito grato por isso.— Apareça qualquer dia desses por aqui.— Irei em breve. Até mais.Quando eu encerrei a ligação, uma onda de alivio tomou conta de mim, aquela era exatamente a oportunidade que eu estava precisando. Já fazia alguns meses que eu e a Brenda estávamos nos desentendendo, o motivo