- "Deve ter um carro à direita também, Alex. Eles vão me forçar a entrar na rodovia" Ethan concluiu.E enquanto a Lamborghini deslizava em alta velocidade pelas ruas de Las Vegas, Blair não podia deixar de pensar no quanto aquela situação era amedrontadora. Talvez tudo tivesse ligação com os arranjos de lírios, com as mensagens misteriosas, com a ligação de Banks com a máfia...- "O senhor pode perder o sinal na rodovia"- "Este não é o problema. Eu preciso de uma viela, uma ponte, qualquer lugar onde eu possa deixar a Srta. Collins"- "O que?" Blair virou-se para encarar Ethan assim que ouviu suas palavras.- "Você precisa dar o fora deste carro" ele respondeu, sem ao menos olhar para ela.- "Senhor, eu não quero causar pânico, mas e se a razão da perseguição for exatamente a Srta. Collins?"- "Porra" Ethan soprou.Naquele instante, o ponteiro do velocímetro estava entre cento e oitenta e cento e oitenta e cinco. Ethan não poderia aumentar a velocidade, não estando dentro da cidade.
- "O que você faria se estivéssemos exatamente assim, em qualquer outro lugar?"- "Eu..."Blair pensou no que deveria dizer. Ela não sabia até que ponto Ethan estava interessado na resposta, ou se apenas estava tentando lhe acalmar. Ela não sabia se, depois da conversa sobre o contrato, ele estava disposto a saber a verdade. Contudo, bastou que a mão do homem descesse de sua coluna até sua perna para que ela entendesse.- "Eu não estaria usando um vestido"- "O que você vestiria?"- "Uma lingerie"- "Como é a que está usando agora?"Por um instante, Blair olhou em direção aos carros que os perseguiam. Ela não pôde conter a rápida pulsação de seu coração, e seu maior medo era saber que não havia algo que ela pudesse fazer além de confiar no homem que dirigia, no homem que lhe pedia para descrever sua roupa íntima.- "É vermelha. Meu sutiã tem detalhes rendados, e minha calcinha é de amarração"Lentamente, Ethan deslizou a mão pela perna de Blair até encontrar o limite do vestido, onde
Não demorou muito para que o segundo orgasmo da mulher lhe atingisse, e em seguida o terceiro. O quarto sucedeu o anterior, e assim vários orgasmos aconteceram, sem pausa. Ela não saberia dizer quando um começava e o outro terminava, pois os arrepios em seu corpo eram contínuos.A única coisa que seu cérebro conseguia reproduzir eram elogios ao homem entre suas pernas. A adrenalina também era culpada, pois envenenava os pensamentos e fazia o momento perigoso parecer mais sensual.- "Meu Deus" Blair disse, uma e outra vez, não conseguindo pensar em algo mais coerente.Por fim, sentindo o corpo da ruiva apertar o seu, Ethan não conseguiu manter a sensação por mais tempo. Foi como uma descarga elétrica em seu corpo, e todos seus sentidos foram apagados quando ele mergulhou nela uma última vez, encontrando o êxtase e liberando tudo de si.Blair desabou sobre Ethan, apoiando a testa no ombro do homem. Ele, por sua vez, a abraçou com um dos braços, designando apenas uma mão para continuar s
- "Eu tenho mais de um apartamento" por fim, Ethan disse.As relações de Ethan com as mulheres funcionavam da seguinte forma; ele costumava ter um apartamento em cada uma das cidades que mais frequentava. Los Angeles, Las Vegas, Nova Iorque. Esses lugares funcionavam como abatedouros, onde tudo poderia acontecer antes do nascer do sol. Ele não costumava dormir com as mulheres com as quais saía, justamente para evitar laços.- "Então você nunca levou uma mulher para sua casa, o lugar onde realmente vive?"- "Exato"- "E não pretende mudar?"- "Não, Angel. Eu não pretendo"A expressão de Blair era cortante. Seus olhos azuis estavam opacos, como se tivessem acabado de perder metade de suas vidas. Ela pensou no que toda aquela conversa significava, e nenhuma das conclusões foi menos humilhante.- "A única coisa que você quer é sexo?"A ruiva sabia que não deveria deixar aquela conversa lhe abalar. Ela sabia que sua única missão era se aproximar daquele homem e explorar seus segredos. Um r
- "Bem, eu falei com um amigo detetive sobre as flores que você recebeu. Ele pediu para reforçar a segurança e mantê-lo informado. Eu enviei o número de telefone dele para seu celular"- "Tudo bem. Obrigada"Jean abriu o paletó, e retirou o que parecia ser um pequeno envelope do bolso interno. Tinha o tamanho de uma carta, e estava um tanto quanto amarelada. Ele pensou, por um instante, em não entregar o envelope. Entretanto, Jean sabia que as mentiras assombravam seu relacionamento com a filha, e que estava na hora de mudar as coisas.- "Eu recebi esta carta, mas tem seu nome"Blair estendeu a mão e pegou a carta, abrindo o envelope sem preâmbulos. Ela sabia que o remetente era o mesmo que lhe enviara lírios. Não tinha motivos para ser outra pessoa. E então Blair começou a ler:Eu posso ser luz para seu caminho,mas preciso que me deixe ser.Não confie nele.Guarde nossos segredos,e eu lhe farei revelações.Quando estiver longe de casa,não confie em estranhos que dizemsaber o cami
- "Não é sobre precisar, é sobre querer. Eu quero algo que não venha de outras pessoas"- "Eu sei, eu sei. Me desculpe por ser insensível. Eu passei a semana pensando em muitas coisas"- "No que esteve pensando?"- "Primeiro, fiquei preocupado com você. Depois, acho que aquela noite na boate não foi boa para meu coração"Blair se lembrou da noite do último sábado. Ela estava dançando, sentindo a música contagiar sua mente e aflorar seus sentidos. Todo seu corpo estava entregue ao som. Ela mal teve tempo de notar o homem que tentou se aproximar, pois Ethan foi bem mais rápido ao impedir. Parecia que ele já estava pronto.- "Por que?"- "Porque eu dancei com Daliah, e depois sonhei com ela. Nós trocamos mensagens, e agora eu estou sentindo algo depois de quase quatro anos" Drake disse, franzindo a testa em seguida.Era estranho pensar em quanto tempo ele havia estado solteiro, sem nunca assumir uma relação realmente séria. No entanto, era reconfortante para ele saber que ainda existia u
- "Certo. Com licença" ele confirmou com um aceno.Banks estava atrás de sua mesa de comando, de onde ele coordenava grande parte da economia do Estado. Porque não era novidade que o dinheiro estava concentrado nas contas bancárias de grandes empresários. Ele voltara os olhos para o dossiê em sua mesa quando houveram batidas na porta e, com sua autorização, esta foi aberta.- "Com licença, Sr. Banks" Lana, sua assistente pessoal, adentrou o escritório.- "Sim" ele respondeu, sem retirar os olhos da papelada aberta em sua mesa.- "O carregamento de tequila chegou na Califórnia" ela anunciou.- "Carregamento de quê?" e então, só então, Ethan subiu os olhos para Lana.- "De tequila. Para seu aniversário"- "Quem solicitou?"- "Sua mãe, a Sra. Banks. Ela está organizando os preparativos à semanas, inclusive a lista de convidados"Ethan deslizou uma mão pelos seus escuros fios de cabelo, sentindo uma sensação não muito agradável de perda de poder. Sua mãe não costumava tomar providências,
- "Sim, claro" ela acenou.- "Diga que eu tenho dois convites para uma comemoração hoje, na boate de um amigo, e gostaria muito de levar a filha dele comigo"Ao ouvir aquelas palavras, que mais pareciam ser uma cantada, Blair sorriu. Sua risada foi espontânea, tanto que chamou a atenção de duas ou três pessoas no ambiente. Ela sabia que Justin não valia muito, e que provavelmente não era capaz de pensar em alguém além de si mesmo. Mas ela ficou tentada a aceitar.- "Ele receberá o recado" garantiu.- "Ótimo. Se ele concordar, ela deve estar pronta às nove"*Blair usava um vestido vermelho sanguinário, com decote generoso e abertura nas laterais. Era a personificação da sensualidade, ou da libertinagem; isso dependia da mente de quem a visse. Sobrava muito pouco para a imaginação, já que todas as linhas de seu corpo estavam à mostra.Enquanto ela caminhava por entre as pessoas, atraía tantos olhares que seria impossível dizer que não era a mulher mais atraente do local. Não tratava-se