Blair caminhou pelo salão do cassino com displicência. Não que não tivesse atrações suficientes para cativar sua atenção, mas a ruiva estava pensativa demais. Ela cumprimentou algumas pessoas, apenas para não parecer mal-educada, e então continuou perambulando, nunca ficando em uma conversa por mais de cinco minutos.O trabalho de Blair, naquela noite, era garantir que todos os convidados tivessem um momento agradável no coquetel. E seguindo o comando de sua chefe, a ruiva caminhou pelo cassino com graciosidade. Ela parava, esporadicamente, em algumas mesas de jogos, e desejava sorte aos jogadores milionários.Blair parou na mesa de roleta, onde um grupo misto de homens jovens e vividos apostava. A roleta americana contava com o duplo zero, ou seja, tinha um número a mais do que as outras roletas. Sendo assim, aumentava também a vantagem estatística do cassino.Ela parou ao lado de um homem e sorriu gentilmente. O gesto não chegou perto de passar desapercebido pelo jogador. O homem ti
- "Sr. Banks, o senhor não vai querer se envolver nos meus negócios" a voz do jogador não estava mais tão confiante.- "Seus negócios?" Ethan questionou, olhando para a mão do homem que segurava o pulso de Blair até que a soltasse.- "Sim. Essa moça me fez perder bons dólares na roleta"- "A roleta é traiçoeira" Banks desconversou.- "Ela me deve, e pode apostar o que quiser que ela vai me pagar. Se não tiver o dinheiro..." o jogador insinuou, olhando para o corpo de Blair com uma sugestão que ela considerou ser nojenta.- "Sr. Palazzo, eu não gosto da forma como você olha para minha mulher. E se tiver algum problema com ela, pode se dirigir à mim para resolvê-lo. Caso contrário, eu não serei paciente" Ethan afirmou, e sua voz era firme como uma rocha.- "Eu não quis..." Palazzo tentou argumentar, porém foi interrompido de uma forma pouco educada.- "Eu fui claro?"- "Sim"Blair apenas observava aquela conversa, que parecia mais ser uma batalha verbal. Ela via o ego e dignidade de Pal
De fato, ela mal conseguia desviar os olhos para o rosto dele. O peitoral perfeitamente definido era uma visão satisfatória por si só.- "Oi, Angel" a voz rouca trovoou, como se estivessem em meio ao temporal. Blair ficou fraca no mesmo segundo, e suas pernas precisaram de muito esforço para não falharem.Ethan recostou-se no batente da porta e cruzou os braços. Ele tinha experiências suficientes com mulheres para saber que seu corpo era um charme difícil de aplacar. O homem observou a ruiva em sua porta. Uma mulher de estatura mediana e beleza estratosférica.- "Eu gostaria de me desculpar por mais cedo. Eu não tinha motivos para ser rude" ela recobrou a postura, apenas para não parecer completamente abalada enquanto ele estava perfeitamente bem, no centro de seu próprio universo.Ethan afastou-se do batente, dando espaço para que a ruiva entrasse em seu apartamento pouco iluminado. Ela caminhou para dentro do espaço, a sala de estar, e não olhou para o homem enquanto o fez.Blair sa
O beijo continuou como havia começado, com fome insaciável e sede implacável. O gosto adocicado dela misturava-se ao mentolado dele, deixando rastros de tesão pelos lábios inchados. As línguas se enrolavam e dançavam juntas, com a sincronia de uma orquestra.- "Se me quer, você não pode dizer o contrário" Ethan lembrou, e disse enquanto sua boca ainda estava unida à boca de Blair. As respirações já falhavam, e eles suspiravam contra a pele um do outro.- "Por que? Isso fere seu ego?"A maneira como as provocações dela o atingiam era perigosa. Ethan pressionou o corpo de Blair contra a parede mais próxima, sem muito pudor. O tecido do vestido dela já estava levemente levantado. As mãos do homem estavam nas coxas femininas, firmes, de maneira que as marcas não seriam apenas físicas.Ele a beijou, sem convite ou permissão. Blair segurou o cabelo macio de Ethan entre seus dedos, puxando para si os lábios que lhe deixavam a beira do precipício. O segredo estava no fato de que eles sentiam-
Tendo Blair da maneira que queria, da maneira que havia sonhado por vários dias, da maneira que fantasiava no banho e nas noites solitárias, Ethan inclinou-se. Seu rosto estava posicionado entre as pernas femininas, e Blair as colocou sobre os ombros largos do homem.No instante em que a língua dele encontrou a umidade da mulher, gemidos puros foram ouvidos. Aquele som foi como gasolina para a fome do homem, que era resumida em chamas.Ele não conseguia crer que alguém pudesse ser tão bela. Mas ela podia, ainda mais livre de suas roupas. Cada detalhe de Blair era importante, era memorável, era louvável. As curvas bem acentuadas, envoltas em pele de alabastro e perfumadas com requinte, eram algo que fez a mente do homem travar. Ethan estava acostumado com belezas, com formosuras e corpos perfeitos. Todavia, ao ver Blair totalmente nua, ele percebeu que nada do que viu antes seria comparável.O oposto também era verdade. Blair estava fraca enquanto era adorada pelos lábios de Banks. Sua
Lentamente, Ethan posicionou ambas as mãos acima da cabeça de Blair, sobre os lençóis da enorme cama. Naquela posição, ele pôde sentir os suspiros dela contra o próprio rosto. Blair gostou da visão, de como Ethan parecia ainda mais bonito montado sobre seu corpo, tomando todo seu campo de visão. E quando ele desceu para roçar seus lábios, uma corrente de ouro fino bateu contra o rosto da mulher.Os quadris dele a forçaram a separar mais as pernas. Enquanto Ethan contornava a boca de Blair, ele abria caminho para possuir o corpo dela. E ele a possuiu, a preencheu centímetro por centímetro. Haviam partes de seu corpo que ela não sabia estarem vazias, até sentir Banks as completar.O primeiro movimento para dentro do corpo de Blair foi intenso, pois ela o apertava como um punho fechado. A mulher suspirou ao senti-lo por inteiro, com certa dificuldade em amparar todo o comprimento em sua profundidade.Não seria possível dizer onde a anatomia de um começava e a do outro terminava. Sob a lu
Na manhã seguinte, Blair despertou ao ouvir barulhos vindos do banheiro do apartamento. Ela precisou de alguns segundos para acostumar-se com o ambiente. A luminosidade da cidade do pecado caía sobre a mulher através das grandes janelas.Blair estava nua, deitada sobre uma camada macia de edredons brancos, levemente acalorada e iluminada pela luz solar. Os sons urbanos eram comuns para ela, no entanto, naquela parte da cidade, pareciam ser mais intensos.E quando deu-se conta do que havia acontecido na noite anterior, ela esperou ser atingida pelo arrependimento. Esperou que todas as palavras de Spencer chicoteassem sua alma, e que o sentimento de culpa gritasse em seus ouvidos. Mas não aconteceu. Blair não conseguiu sentir-se mal pelo que fez.A ruiva abriu os olhos preguiçosamente, olhando ao redor de si para encontrar algo conhecido. Não demorou muito até encontrar Ethan Banks no banheiro. As paredes de vidro permitiam que ela o visse com integridade, cada parte do corpo esculpido
- "Faça uma boa viagem, Sr. Banks" pelo bem da investigação de Spencer, pelo bem da própria saúde mental, e pelo bem dos sentimentos que jamais poderiam existir, Blair murmurou.E, pela maneira como Ethan abandonou do quarto, sem nunca olhar para trás, Blair teve certeza de duas coisas. A primeira era que as manhãs com ele jamais poderiam se repetir. A segunda era que, pela forma como o homem saiu, sem levar consigo qualquer pertence, deixou claro que aquele apartamento não era sua residência em Las Vegas. Não era naquele imóvel que ele passava suas noites desacompanhado.*Cerca de duas horas depois, levando em consideração o trânsito pesado da cidade e o tempo que esperou até ter acesso às roupas limpas, Blair chegou em seu apartamento. O imóvel luxuoso estava exatamente como ela havia deixado, um dia antes, exceto por Drake jogado sobre o sofá da sala. Ele estava dormindo como um anjo, vestindo um pijama de cetim branco e parcialmente envolto em um cobertor.Blair tentou não fazer