Capítulo 11 - Teimosa

Sorri educadamente para o senhorzinho atrás do balcão assim que nos aproximamos, mas, como era de se esperar, Dona Gertrudes tomou a frente antes que eu dissesse qualquer coisa.

— E aí, seu Evaldo, como vão as coisas?

— Melhor agora, Dona Gertrudes! E essa moça aí? — ele apontou para mim com um sorriso simpático. — Deu certo o chuveiro que levou?

Assenti, cruzando os braços.

— Deu sim! Agora só falta consertar o resto da casa. Coisa pouca, só umas paredes que precisam de reforço, um telhado meio duvidoso, umas portas que não fecham direito…

Seu Evaldo riu.

— Ah, então cê tá praticamente morando numa casa de papelão.

— Olha, não queria admitir, mas às vezes parece mesmo.

Dona Gertrudes deu um tapinha no meu braço.

— Eu falei que cê não ia dar conta sozinha! Mas vamos lá, seu Evaldo, vê aí umas ferramentas boas pra essa menina não derrubar o teto na cabeça.

Ele coçou o queixo, me analisando como quem tentava decidir se eu era uma cliente determinada ou apenas uma maluca com uma marreta.
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