Lúcius Calmon
Olhei pela última vez o brilho alaranjado do sol no horizonte pela sacada do meu quarto, sentado na cama. Minha espada com a bainha dourada e o símbolo da Tribo Calmon esculpido nela estava na mesa à minha frente. Minhas mãos suavam um pouco com a tensão do que poderei enfrentar daqui nas próximas horas, mesmo assim, levantei, peguei a espada e a coloquei atrás das costas, saindo do quarto com passos largos.

– Não se esqueça de sempre ficar em alerta e só usar a violência como último recurso. – Elena dava instruções para Natanael, e ele como um bom obediente escutava tudo confirmando com a cabeça.

– Tome conta do nosso palácio, em breve, estarei de volta.

Elena fez uma cara chorosa e logo se beijaram.

Revirei os olhos com tédio daquilo.

– Lúcius. – Ela me chamou a atenção. – Trouxe algo para você. – Peguei da sua mão uma garrafa média de água.

– Obrigada.

Elena sorriu para mim enquanto Natanael se afastava para pegar sua espada.

– A propósito... – Abri a boca para falar, mas vacilei na
Augusta Andrade

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