Capítulo 0004
Alaric ainda estava abraçando Thea quando ela acordou.

— Está pronta para o treino matinal? — A voz de Alaric, rouca de sono, ressoou pelo corpo dela, acordando-a da maneira mais doce.

Ela desejava poder acordar daquela maneira todas as manhãs. Então ela percebeu o que ele disse.

— Não quero ir hoje. Não posso. — Ela precisava de um dia de folga. Talvez uma semana. Um ano. O tempo que fosse necessário para entender o que estava acontecendo com ela.

— Thea, você pode, e não há motivo para não ir.

— Por favor, não me obrigue...

— Thea, você vai. Te vejo lá fora em quinze minutos, ok?

Ela sabia que tinha que obedecer a ele.

— Sim, Alfa.

— Ei, não é isso... Eu não quis dizer isso. — Disse Alaric. — Você sabe que pode dizer não para nós, certo? Thea, por favor. Não quero que você sinta que tem que fazer algo que não queira.

— Então por que está me obrigando a ir treinar?

— Porque você ama treinar. Não vou deixar você jogar isso fora por causa de um mal-entendido. Você não é assim. Onde está minha destemida Thea?

— De volta ao campo de treinamento onde morreu de vergonha?

Alaric a apertou contra o peito dele e beijou o topo da cabeça dela.

— Vamos encontrar o corpo dela e ressuscitá-la então.

— Certo. — Ela resmungou.

Ele saiu da cama e deixou o quarto dela. Ela se arrumou e foi para o campo de treinamento onde os trigêmeos a esperavam. Ela esperava que seu corpo se comportasse hoje. Não teve tempo de fazer o chá para mascarar seu cheiro.

Eles correram ao redor do campo, e antes que terminassem, Kai agarrou Thea por trás. Os instintos entraram em ação. Thea se esquivou e o jogou sobre seu quadril. Kai caiu na grama com um baque, rolou e ficou de pé, encarando-a. Conri e Alaric os alcançaram e cada um agarrou um dos braços de Thea.

— De novo? — Ela disse. — Porque isso deu muito certo ontem.

Kai caminhou em direção a ela.

— Hoje é diferente. — Kai disse. Ele colocou as mãos na cintura dela. — Hoje, não estamos lutando.

— O quê?

Os apertos de Conri e Alaric mudaram, e os três a cercaram, prendendo-a.

— Hoje, vamos ver se podemos excitá-la. — Kai disse.

Ele se inclinou e passou o nariz para cima e para baixo no pescoço dela. Suas mãos percorriam o corpo dela. Ela tentou ignorar os estímulos sensuais que ele provocava. Quanto mais ela tentava pensar em outras coisas, mais difícil ficava.

— Por que estão fazendo isso comigo? — Thea disse. — Vocês já sabem que podem. Por favor, não. Por favor. Parem.

— Por que pararíamos? — Kai disse.

— Vocês já provaram seu ponto de vista. Vocês me excitam. Desculpe! Não sei o que há de errado comigo!

— Não há nada de errado com você. Você deve ficar excitada conosco. — Conri disse.

Ela gemeu:

— Nunca fui tão humilhada na minha vida. — Ela disse, olhos estavam fechados e a cabeça baixa.

— Por que está envergonhada? — Alaric perguntou.

— Vocês sempre foram como meus irmãos. Irmãs não devem gemer descontroladamente quando seus irmãos fazem cócegas nelas.

— Não pensamos em você como uma irmã há muito tempo. Não desde que os seus seios cresceram e você diz que são desnecessários. — Kai disse. — Deveríamos ver o quão inúteis eles são?

Ele observou o rosto dela enquanto suas mãos passavam por baixo da camisa e acariciavam seus seios. Ela ofegou. Ele apertou, e a boca dela se abriu. Ele puxou o sutiã para baixo, libertando seus seios, então encontrou os mamilos e os rolou entre os dedos. Ela gemeu e arqueou as costas, inclinando-se para o toque dele.

— Por favor. — Ela implorou, não sabendo se estava implorando para ele parar ou continuar. Ela queria tanto isso. — Isso não é justo.

— Mas você gosta? — Alaric provocou.

Ela não respondeu. Sua respiração estava ficando superficial e rápida.

— E isso?

Alaric tirou o cabelo castanho dela para o lado e beijou seu pescoço por trás. Seus olhos se fecharam, ela gemeu, sua cabeça caiu para trás no ombro dele.

— Acho que ela gosta. — Conri disse. Ele pressionou o rosto no outro lado do pescoço dela e respirou fundo. Seus lábios desceram, beijando-a, prestando atenção extra ao ponto sensível de marcação onde ela não conseguia conter seus gemidos.

Alaric encontrou o mesmo ponto do outro lado, e ela gemeu mais alto.

— Não. Não. Parem. Por favor. Vou encontrar uma maneira de parar.

— Você vai encontrar uma maneira de parar o quê? — Kai disse, confuso.

Thea sempre lutava até vencer. Por que ela estava desistindo tão facilmente? Implorando. Não era como ela.

— Ficar excitada. — Thea disse.

— Por que iríamos querer isso? — Kai disse.

— Por tanto tempo, pensamos que você não gostava de nós dessa forma. — Conri disse. Ele começou a sugar aquele ponto no pescoço dela.

— Ou talvez você não estivesse pronta. — Alaric falou e mordiscou o ponto do seu lado.

— Não posso dizer o quão felizes ficamos ao sentir o cheiro da sua excitação ontem. Esperando que fôssemos a causa daquele aroma doce e delicioso. — Kai disse.

Todos olharam para ela, esperançosos. Ela ergueu seus olhos turquesa e encontrou os deles.

— Vocês querem que eu fique excitada por vocês? — Ela disse.

— Não pareça tão surpresa. — Kai disse.

— Não entendo.

— Percebemos que não é justo que possamos sentir o cheiro da sua excitação, e você não possa sentir a nossa. — Alaric disse.

— Mas você pode senti-la. — Kai disse. Ele começou a mover as mãos para baixo, puxando os mamilos até que escapassem de seus dedos e voltassem ao lugar. — Então, vamos deixar claro o quanto você nos excita.

Ele deslizou as mãos ao redor e para baixo até as nádegas dela, apertou e a puxou contra sua frente. Ela sentiu claramente a protuberância dele contra a barriga.

— Você não tem ideia de como tem sido difícil nos controlar enquanto treinamos com você e nem de quanto nós queríamos fazer isso.

Ele se inclinou, com os olhos desafiando-a a pará-lo, e pressionou seus lábios contra os dela. O corpo dela pegou fogo. As mãos de Kai amassavam suas bochechas. Uma das mãos de Alaric deslizou até seu seio. Uma de Conri encontrou o outro seio. Ela gemeu de prazer.

Depois de um momento, as mãos de Alaric foram para a cintura dela, apertaram com força e a viraram para encará-lo. Ele a puxou contra sua frente para que ela pudesse sentir sua ereção. Então ele moveu as mãos para cima e gentilmente segurou o rosto dela. Ele olhou profundamente em seus olhos.

— Nós queremos você. — Alaric disse.

Ele a trouxe para um beijo. Suas mãos deslizaram para o cabelo dela, e ele inclinou a cabeça dela para aprofundar o beijo. Outras quatro mãos percorreram seu corpo.

— É a minha vez. — Conri rosnou.

Ele a virou para ele, uma mão na parte inferior das costas dela. Ele a pressionou contra seu comprimento duro. Sua outra mão amassava o seio dela. Ela gemeu novamente, sua boca se abriu, e ele a beijou, explorando sua boca com a língua. Alaric e Kai pressionavam contra a lateral e as costas dela, beijando e mordiscando seu pescoço e ombros. Depois de um momento, Conri se afastou.

— Você não precisa ficar envergonhada, amor. — Conri disse. Ele esfregou o nariz no dela, então encostou sua testa na dela. — Queremos sentir seu cheiro. Queremos excitar você. Queremos que você nos queira. Estávamos esperando por isso para sempre. Mal posso esperar para provar sua excitação.

Kai e Alaric rosnaram:

— NÓS mal podemos esperar para provar sua excitação. — Disseram juntos.

Respirando com dificuldade, ela começou a ganhar confiança.

— Vocês me querem?

— Sim. Você nos quer?

Thea assentiu. Ela estava apertando as pernas para esconder seu cheiro. Ela relaxou e abriu as pernas para deixar a brisa levar seu aroma até o nariz deles. Ela estava encharcada. Os trigêmeos gemeram.

— Deusa, você cheira tão bem. — Kai disse. Sua mão deslizou por baixo da camisa dela, seus dedos roçando sob o cós da calça. Ele fez uma pausa, sua boca contra o pescoço dela, sob a orelha. — Você já se tocou pensando em nós?

— Sim. — Ela nunca tinha ouvido sua voz soar assim antes — ofegante, fraca, praticamente um gemido — tudo por causa do quanto excitada ela estava. Isso fez com que os três futuros Alfas rosnassem. — Vocês já se tocaram pensando em mim?

— Sempre você, só você. — Disseram em uníssono.

— Oh, deusa. Isso é sexy. — Thea se inclinou para frente e beijou Conri. Ela agarrou a nuca de Alaric e guiou os lábios dele para o pescoço dela. Então ela alcançou atrás dela, entrelaçou seus dedos no cabelo de Kai e o puxou para o outro lado de seu pescoço.

— Não acredito que você estava nos socando na virilha ontem. Isso é melhor. — Alaric disse. Ele mordiscou o ombro dela, respirando fundo.

— Muito melhor. — Conri disse.

Thea riu.

— Isso é bom.

— É muito bom, querida. — Kai disse.

Eles continuaram, trocando de lugar, pressionando-se contra ela, com as mãos e os lábios passeando, até que chegou a hora de se prepararem para a escola.

— Não quero parar. — Thea disse contra os lábios de Conri. — Mas devemos ir nos limpar.

— Poderíamos tomar banho juntos? — Conri disse.

Thea parecia um cervo assustado.

— Temos que ir devagar, Con. — Alaric disse. — Não a apresse. Acabamos de conquistá-la. Não a assuste.

Thea se inclinou para Alaric e lhe deu um beijo rápido, então se afastou, corando. Ele ergueu o queixo dela para olhar para ele.

— Gosto do seu visual. — Alaric disse.
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