Zayon chegou na masmorra, onde os famintos prisioneiros se assustaram ao vê-lo. Eles recuaram e se encolheram, cheios de medo.— Uma fração de segundos os separa da liberdade, porcos! Basta que lutem por mim! — Zayon declarou. Alguns prisioneiros se atreveram a negar com a cabeça, demonstrando medo.Ele abriu um frasco que a bruxa lhe entregou e, em um gesto decisivo, soprou todo o seu conteúdo dentro da masmorra. Imediatamente, pôde ver os olhos dos prisioneiros se transformarem.Agora ele acreditava ter um exército disposto a lutar e, se necessário, morrer pela sua causa. Zayon estava determinado a reivindicar Sangria como sua.Zayon abriu as celas uma a uma, e os famintos o olhavam, aguardando suas ordens.— Ataquem os invasores do meu castelo, quero que matem todos! — Zayon ordenou. Nesse ponto dos acontecimentos, ele não se importava mais com Eugênia ou as outras mulheres. Suspeitava que algumas delas estivessem escondidas na vila, em segurança. A prioridade agora era eliminar os
Thor e os outros sobreviventes eliminaram todos os inimigos em Sangria, restaurando a liberdade que haviam perdido sob o jugo de Zayon. Mesmo com a fuga de Zayon, a vitória era deles.— Vocês estão oficialmente livres! — Thor proclamou, e os sobreviventes rugiram de alegria, finalmente libertos da opressão de seu falso líder.[...]Lion estava furioso e perturbado com a situação. Delilah, Elizabeth e Dana chegaram, encontrando Eugênia ferida e uma tensa discussão.— Filha, o que aconteceu? Ela está ferida! — Elizabeth chorava ao se ajoelhar ao lado de Eugênia e Lion.— Retomamos Sangria, mas Eugênia foi mordida! — Anthony respondeu.Elizabeth, tomada pela raiva e preocupação, culpou Lion:— A culpa é sua, você permitiu que usassem nossa filha grávida como isca!Ela confrontou Lion, que avançou furioso para cima de Jane. Gustave rapidamente interveio, segurando a mão dele.— Está me dizendo que a alma de Eugênia era o sacrifício que você dizia o tempo inteiro que faríamos? — Lion pergu
Eles voltaram para a vila, enquanto Delilah, Jane e Eugênia permaneceram no castelo. Lion e Eugênia ocupariam o quarto de Lion, e ela mal podia acreditar que o pesadelo havia finalmente chegado ao fim, deixando apenas a promessa da felicidade.— Ainda acho que estou sonhando ou presa em mais uma das minhas visões. — Delilah disse, e Eugênia a convidou a entrar no quarto para conversarem.— É uma feliz realidade, agora tudo o que temos que fazer é nos organizarmos.— O que fez para quebrar a maldição, Eugênia?— Lion fez, apenas o que deveria ter feito desde o início de tudo. Pedir perdão!Chegaram à vila, onde o padre e algumas poucas pessoas que tinham ficado esperavam por eles. Daniel correu para os braços de Jane.— Mamãe, a senhora está humana de novo! — Ele disse, abraçando-a.— Sim, meu amor, ficarei assim para sempre agora. Eu vim te buscar, temos agora um novo lar! — Jane respondeu, beijando-o.— Zúria não está nada bem, não sabemos o que está acontecendo com ela! — Van Marx i
Era a primeira noite de Eugênia no Novo Paraíso, e suas coisas já haviam sido trazidas. Com sua barriga enorme, ela escolheu uma camisola confortável, já que não cabia mais em qualquer roupa. Eugênia esperou por Lion, e ele logo apareceu na porta de seu quarto. Ela o puxou pela mão. — Não, princesa, não antes de nos casarmos, como deve ser! — A frase dele a deixou sem palavras. Era evidente que ele havia realmente mudado. Eugênia sorriu e deu-lhe um longo beijo nos lábios antes de ele se retirar para um dos quartos de hóspedes do castelo. Lion desejava que sua união com Eugênia fosse abençoada, para que nada pudesse separá-los neste mundo. Agora, sob a liderança de Anthony, ele tinha a esperança de finalmente encontrar a felicidade que nunca experimentara em sua existência de milênios. Ele mal conseguia se lembrar da sensação de ter fome de maneira humana ou de não controlar as pessoas quando desejava ou não ler suas mentes. Tanto dentro dele quanto ao seu redor, as coisas haviam mud
Eugênia estava envolvida na restauração do castelo, tornando-o habitável novamente. Os corpos dos falecidos foram sepultados do lado de fora da nova moradia, em uma vala que se transformou em uma grande fogueira, onde toda a maldade e dor foram consumidas pelas chamas. O padre Van Marx celebrou uma missa e todos recitaram orações, apesar do desagradável cheiro no ar, acreditavam que aquilo traria algum conforto às almas que partiram.Seu pai subiu a um púlpito e proclamou as regras que haviam sido elaboradas em conjunto com os conselheiros, conhecidos como os Quatro Pilares do Novo Paraíso: Lion, Thor, Allan e Gustave.— "Os cidadãos que violarem as leis serão aprisionados na antiga masmorra, que agora se transforma em uma prisão. Crimes como assassinato, estupro e tortura serão punidos de maneira rigorosa pelo conselho de residentes. O toque de recolher foi abolido, mas todos devem estar cientes dos perigos que esta terra selvagem apresenta, com animais ferozes à espreita. Os homens
Lion conduziu os forasteiros para uma conversa no interior do castelo, embora a maneira como foram interceptados não tenha sido a melhor das boas-vindas.— O que procuram aqui na cidade? — Ele questionou.— Primeiro de tudo, saber se realmente a maldição cessou. — Respondeu prontamente o líder dos forasteiros, Lucas.Anthony percebeu que Lucas não havia se apresentado e pediu:— Ainda não nos disse seu nome.— Sou Lucas, líder do meu povo e falo por todos eles! — Respondeu o forasteiro.O padre, tentando amenizar a situação, interveio:— Prazer em conhecê-lo, espero que se sintam acolhidos aqui em nossa cidade.No entanto, Lion trouxe a realidade das coisas:— Na verdade, não conhecemos sobre suas intenções e nem sabemos se podemos confiar em vocês!Lucas, sem medo, se colocou em frente a Lion:— Achei que iria tratar disso com humanos.Lion reforçou sua afirmação:— E é isso o que está fazendo, eu sou como você, Lucas, mesmo que não aceite ou que não queira acreditar.Thor, para resp
Jane, aliviada por ter deixado para trás os tempos de luta e incerteza, viu seu filho Daniel, ainda sofrendo pela perda de Zúria, aprender a seguir em frente. Agora cercada por ainda mais crianças, ela estava confiante de que poderia oferecer a ele uma vida feliz. Suas visões e sonhos premonitórios haviam cessado, e ela abraçava a tranquilidade e a esperança que isso trazia.Seu filho, Daniel, aproximou-se dela com um presente: um pingente que parecia ser de ouro, mais um vestígio da luta que travaram. Jane beijou sua mão pequena e o levou para a cama. A ausência de Zúria havia tornado Daniel mais carente, mas ele encontrava amor e carinho em seus braços. Jane sabia que o amor nunca mais faltaria na vida de seu filho enquanto ela e Gustave estivessem por perto.Depois de cobrirem Daniel e o desejarem boa noite, Jane e Gustave deixaram o quarto. Gustave a tranquilizou sobre a felicidade de Daniel.— Ele está feliz, nunca duvide disso, Jane. Nossos sacrifícios e tantos anos de sofriment
Sofie sentiu um misto de emoções enquanto ela e Thor se afastavam das dependências do Novo Paraíso em busca de uma imagem esquecida. O padre Van Marx tinha insistido que eles a recuperassem, e os dois partiram a cavalo, embora Thor conduzisse o animal com cuidado devido à gravidez de Sofie. Ela estava inquieta, constantemente com a sensação de que estavam sendo observados.— Você parece tão inquieta! — Thor observou.Sofie suspirou e respondeu: — Me desculpe, Thor, é que sinto uma impressão estranha. Como se alguém estivesse nos vigiando.— Fique tranquila, estamos apenas nós dois.Chegaram à antiga vila e desceram dos cavalos. Thor amarrou o cavalo a uma árvore, enquanto Sofie olhava ao redor, relembrando as memórias de tristeza e perda que aquele lugar evocava. Mas também havia felicidade ali, e ela sorriu ao pensar nisso. Enquanto Thor entrava na cabana que um dia fora sua, Sofie dirigiu-se à igreja.Dentro da igreja, o silêncio era quase palpável, como se o tempo tivesse parado al