Parte 3...Seu coração disparou. Ele já sabia.— C-como assim?Ele pegou o celular e passou o dedo na tela de forma nervosa, depois entregou a ela. Por um instante o coração dela parou. Era a foto que Anete havia tirado. Realmente, daquele ângulo parecia que os dois estavam se beijando, abraçados no sofá.— Você foi encontrar com ele?— Não - respondeu com voz fraca. Ele não iria acreditar.— Pela intimidade da foto, me parece que sim.— Não - sua voz fraquejou e ela olhou para baixo — Eu fui ver Anete - engoliu em seco, nervosa — Ela me disse que meus pais estavam com um problema grave. Fiquei preocupada.Ele se abaixou em sua frente e segurou suas pernas.— E o que houve?— E-eu... Eu não sabia que Gutto estava lá - começou a chorar e cobriu o rosto com as mãos — Anete mentiu para mim.Ele esperou até que o choro ficasse mais fraco. Deu tempo a ela, ainda que estivesse nervoso. Sentou no chão e se encostou na porta de vidro.— Amore... Preciso saber o que aconteceu - ele torceu a bo
Parte 4...— Você me ama mesmo? - tocou o rosto dele.A resposta dele foi lhe dar um abraço bem apertado.— É claro que eu te amo. Inventei um monte de desculpas para manter você ao meu lado.— E vai me matar se não me soltar... Não consigo respirar.Ele a soltou e os dois riram.— Eu te amo, Lorenzo - ela se declarou — Estava morrendo de medo de você me odiar por causa disso. Quando me mostrou a foto eu desabei. Já estava planejando o que fazer, mas estou com tanta dor de cabeça que não consigo pensar direito.— Dor de cabeça? - ele se preocupou e tocou sua testa, mas não estava quente — Vou pegar um remédio para você. Na cozinha tem uma caixa de primeiros-socorros.— Ok.. Mas na verdade quero ir a um médico.— Por que? - se assustou.— Esses dias eu me senti um pouco tonta e também tive náuseas. Acho que estou para pegar uma gripe ou algo assim.Ele levantou e a puxou, colocando-a na cadeira.— Volto já - lhe deu um beijo na testa.Ele desceu rápido e pegou um comprimido para dor d
Parte 1...A médica fez algumas perguntas e depois um rápido exame, mas disse que ela deveria procurar uma ginecologista também, porque poderia ser algo mais.Quando ela saiu da sala da médica, ele lhe perguntou com olhos de preocupação o que ela tinha dito.— Fiz um exame e o resultado sai amanhã.— Só isso? - ele não gostou.— E baseada em minhas respostas, ela disse que eu deveria procurar uma ginecologista. De repente tenho que mudar meu anticoncepcional - pegou a mão dele — Pode ser que eu tenha alergia a algum componente do comprimido. Se for isso tenho que trocar a marca ou talvez você tenha que usar camisinha.Ele fez uma cara de quem não gostou. Saíram do consultório rindo e foram comer em um restaurante. Infelizmente, após fazerem o pedido, Lívia apareceu e parou ao lado dele.— Lorenzo, eu quero falar com você - ela disse fazendo um bico e chamando atenção das pessoas em volta.— Não temos nada a falar, Lívia. Por favor, não se envergonhe mais - ele limpou a boca com
Parte 2...Ela pensou no gênio difícil que Lorenzo tinha e suas mudanças de humor. Comentou com Loreta.— Não tem que se preocupar com isso também - alisou seu braço — Seu marido tem um gênio forte, isso é verdade, mas ele tem um coração enorme. Já fez muita coisa para ajudar os funcionários aqui da propriedade e também pelos moradores locais. Acha que ele não vai saber criar um filho? - ela abanou a mão.Juliana suspirou. Estava se preocupando à toa.— Espere para ver. Ele pode te surpreender.Ela riu e Loreta não entendeu. E Lorenzo não vivia a surpreendendo sempre?— Sabe, acho que agora me deu fome - ela levantou.— Ótimo. Eu tenho uma comida quentinha lá embaixo.Ela desceu um pouco mais aliviada.** ** ** ** ** ** ** **Lorenzo chegou já na hora do almoço. Ela estava se distraindo, ajudando Loreta a arrumar as coisas para o almoço. Não queria comer na sala de refeições, preferiu que fosse na cozinha mesmo. Ele entrou e lhe deu um beijo.— Tudo bem? - ele perguntou.Loreta sorriu
Parte 3...— Nem vem mais - o parou com a mão no peito — Está todo molhado.— E como foi a consulta, amore?— Foi ótima - ela suspirou e torceu a boca — E de novo você ganhou uma aposta.Ele sorriu muito. Depois que tiveram trigêmeos, ele disse que a próxima gestação seria de gêmeos, para completar os cindo filhos que ele disse que queria ter.— São gêmeos. Mas dessa vez eu vou ter uma menina também. É um casal.— Sério, bela? - ele ficou muito feliz. Amava muito seus meninos, mas queria ter uma menina que fosse parecida com ela.— Quando vocês entrarem eu conto a novidade para todos. — Obrigado! - a abraçou mesmo molhado — Você me faz muito feliz, todos os dias - comentou carinhoso.— Mesmo quando brigo com você.— Quando briga comigo é até melhor - ela ergueu uma sobrancelha — Porque eu sei que depois vai fazer amor comigo para me pedir desculpas.— Ei! - deu um tapa em seu braço — Você também me pede desculpas.— Eu te amo muito - ele se declarou.— Eu te amo muito - ela repetiu.
Parte 1...O dia até estava fresco e ventava lá fora. Pela grande parede de vidro dava para ver a rua lá embaixo, onde os galhos das árvores balançavam de um lado para outro. Ali dentro da sala o ar-condicionado deixava a sala na temperatura ideal.Mas o cabeça de tudo, o chefe maior, Lorenzo Salvattore, deixava as pessoas em volta da grande mesa de madeira mogno com um arrepio de frio. Seu olhar gélido passou de um por um, aguardando por explicações que justificassem os erros que ele havia encontrado na planilha mensal de lucros da empresa.Sentado em sua cadeira alta e confortável, ele fingia estar calmo. Mantinha no rosto um leve sorriso, quase que relaxado, enquanto ouvia as explicações sobre os últimos eventos que haviam chegado até ele.Para os presentes em volta, aqueles minutos esperando enquanto ele lia os documentos abertos à sua frente, estava se tornando quase que uma tortura. Cada um ali sabia que ia levar sua parte de culpa nesse processo.Lorenzo cuidava dos negócios da
Parte 2...E pelo jeito ele ainda achava que podia enfiar os dedos lisos e compridos em mais dinheiro para si, além do alto salário que recebia para não fazer nada.— E por acaso alguém o viu hoje de manhã?— Eu o vi entrando na sala dele - o funcionário do recursos humanos respondeu — E... Estava acompanhado.Lorenzo puxou o ar fundo, cheio de irritação e segurando seu gênio para não soltar tudo de vez. Sabia pelas caras ali em volta, que cada um deles esperava que ele desse a punição exata ao culpado de tudo o que eles foram obrigados a ouvir e do estresse que sentiam agora, na esperança de não levarem nenhuma punição também, já que apenas recebiam ordens.Aquelas pessoas ali trabalham muito e seguiam as normas da empresa diariamente, coisa que seu irmão não fazia. Todos ou a maioria deles pelo menos, sabiam que deviam obrigações a ele como chefe de tudo e suas responsabilidades eram grandes.— Eu posso ir chamá-lo novamente - a secretária fez o gesto para levantar.— Não! - disse f
Parte 3...E até por isso mesmo ele não entendia como uma garota tão bonita, capaz e inteligente como Juliana Moratti estava noiva de seu irmão. Não fazia muito sentido para ele.Ela era toda certinha, competente em sua função e sempre organizada. Todo mundo que a conhecia só tinha elogios para seu comportamento e sua personalidade ali dentro da empresa.Fora do trabalho ele não sabia como ela era, não tinha nenhum contato que lhe passasse informações, a não ser seu irmão, que da noite para o dia surgiu com a novidade de que iria se casar e quando soube o nome da criatura que teria coragem de fazer isso, ficou muito surpreso ao saber que seria Juliana.Lorenzo imaginava o irmão com qualquer garota fútil, burra e sem caráter, assim como ele gostava de se envolver, mas, ao contrário disso, ele escolheu uma totalmente o oposto.Não conseguia encaixar o perfil dos dois como um casal.O modo tão diferente dos dois o levava a muitos questionamentos e agora ainda mais. O que ela diria se sou